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Estratégias para Aumentar a Eficiência Reprodutiva de Novilhas Leiteiras.

POR RICARDA MARIA DOS SANTOS

E JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

JOSÉ LUIZ M.VASCONCELOS E RICARDA MARIA DOS SANTOS

EM 18/01/2007

4 MIN DE LEITURA

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Sincronização do estro

Prostaglandina F2α (PGF2α)


A primeira estratégia para melhorar a taxa de prenhez é a sincronização do estro. Métodos para sincronizar o estro têm sido desenvolvidos e utilizados em muitos rebanhos leiteiros visando facilitar e tornar mais eficiente o manejo reprodutivo. Com o uso de protocolos de sincronização, o manejo da IA fica mais eficiente, reduzindo o intervalo para a primeira e subseqüentes inseminações. Os protocolos mais comumente usados em novilhas e vacas leiteiras tem como base a utilização de PGF2α.

Estudos têm mostrado que a PGF2α pode reduzir o intervalo entre ciclos estrais e aumentar a taxa de detecção de estro. Entretanto, a PGF2α não regride corpos lúteos com menos de cinco dias após o estro, tornando necessárias duas aplicações de PGF2α com intervalo de 14 dias, para efetivamente sincronizar o estro de novilhas. A PGF2α também não sincroniza novilhas em anestro, sendo que a proporção destas no rebanho depende, principalmente, do nível nutricional e da genética dos animais.

A sincronização do estro com PGF2α vem sendo utilizada com sucesso em novilhas, pois a taxa de detecção de estro aumenta, tornando o manejo da IA mais eficiente, quando comparado à detecção diária de estro. Entretanto, o estro não é precisamente sincronizado com a utilização de PGF2α, uma vez que a PGF2α regula somente a regressão do corpo lúteo, não sincronizando a onda de crescimento folicular, o que torna necessária a observação de estro por sete dias após a administração de duas doses PGF2α com intervalo de 14 dias.

O intervalo para o estro após uma aplicação de PGF2α dependente da fase de desenvolvimento do folículo ovulatório no momento da aplicação de PGF2α e não do decréscimo da concentração de progesterona. Como a aplicação de PGF2α não altera o desenvolvimento folicular, não é possível fazer IATF, pois não haverá sincronia entre o momento da ovulação e a IA, tornando indispensável a observação do estro após a aplicação de PGF2α.

Como pode ser observado, aplicação de PGF2α visando sincronização do estro só se mostra eficiente se houver realmente boa detecção de estro e os animais estiverem ciclando. Como em novilhas a detecção de estro é mais fácil do em vacas em lactação, a sincronização do estro com PGF2α é uma estratégia que pode ser utilizada para aumentar a eficiência reprodutiva.

Prostaglandina (PGF2α) associado à progesterona

A PGF2α pode ser utilizada em combinação com progesterona a fim de promover maior taxa de regressão do CL e alcançar melhores taxas de prenhez.

Sabe-se que a aplicação de PGF2α não regride CL que estejam presentes no ovário durante os 5 primeiros dias do ciclo estral. A administração de progesterona por 6 a 7 dias antes da aplicação de PGF2α garante que o CL irá regredir em resposta à aplicação de PGF2α, pois terá no mínimo 6 a 7 dias. Portanto, potencialmente todas as fêmeas tratadas com o protocolo progesterona por 7 dias seguido da aplicação de PGF2α devem exibir estro dentro de 2 a 5 dias após a retirada do dispositivo e aplicação de PGF2α. A administração de progesterona também evita a manifestação de cio neste período, nos animais que tenham tido regressão natural do CL.

Lima et al. (2003) realizaram um experimento com vacas Nelore solteiras (n = 245) distribuídas, aleatoriamente, em 3 grupos: G1 (n = 84) controle; G2 (n = 84) aplicação de PGF2α no dia 0 (Lutalyse®;, 25mg, I.M.); e G3 (n = 77) dispositivo intravaginal de P4 (CIDR®) por 7 dias (d-7) e no dia 0 retirada do CIDR e aplicação de PGF2α. No dia 0, iniciou-se a observação de cio e inseminação 12 horas depois, em todos os grupos.

Tabela 1. Efeito do tratamento na taxa de detecção de cio em 5 dias, no número de horas para o cio, na taxa de concepção e na taxa de prenhez (LIMA et al., 2003).


Valores com diferentes sobrescritos na mesma coluna diferem (P<0,01).

Houve diferença (P<0,01) na taxa de detecção de cio entre os tratamentos, sendo que no G3 houve observação de maior número de animais em cio num período de tempo mais concentrado. Isto ocorreu, provavelmente, devido ao fato de no dia da aplicação da PGF2α maior número de animais, deste grupo, apresentar folículo dominante, que foram mantidos pelas baixas concentrações de P4 (dispositivo intravaginal de P4), além da maior taxa de regressão do CL.

A concepção no G3 foi menor que no G2 e semelhante ao G1, que não foi diferente de G2. Mesmo assim a taxa de prenhez do G3, em 5 dias de estação de monta (EM), foi maior, pois foi detectado maior número de animais em cio, ou seja, ocorreu maior taxa de sincronização de cio em relação aos demais tratamentos.
Estes dados mostram a possibilidade de se utilizar protocolos de sincronização de cio que permitem altas taxas de detecção, num curto intervalo de tempo e com boas taxas de concepção.

O tratamento com dispositivo intravaginal de progesterona + PGF2α pode ser uma boa alternativa para o tratamento de novilhas leiterias, devido a sua alta taxa de sincronização (alta taxa de concentração e manifestação de cios).

Figura 1. Porcentagem de vacas que demonstram cio por tratamento (LIMA et al., 2003).

RICARDA MARIA DOS SANTOS

Professora da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia.
Médica veterinária formada pela FMVZ-UNESP de Botucatu em 1995, com doutorado em Medicina Veterinária pela FCAV-UNESP de Jaboticabal em 2005.

JOSÉ LUIZ MORAES VASCONCELOS

Médico Veterinário e professor da FMVZ/UNESP, campus de Botucatu

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RONALD DIAS TROCCOLI

GUARANI - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 11/02/2007

Eu trabalho com genética bovina, mais precisamente sou consultor de vendas da Lagoa da Serra.

Tenho visto e apostado muito nesses tratamentos, principalmente porque vários clientes não inseminavam suas novilhas pela distância que elas ficam dos currais, nas invernadas.

Com a sincronização, muitos estão aproveitando a primeira geração com o uso de sêmen de ótimos touros, dispensando a monta natural na primeira gestação. Outro detalhe com o uso da IA no primeiro parto é que diminuem os problemas de parto, porque são escolhidos touros com facilidade de parto.

Na monta natural não saberemos na maioria das vezes o peso e tamanho dos bezerros ao nascimento, causando muitas mortes, tanto das mães quanto das crias.

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