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Aspectos práticos envolvendo o controle da mastite e qualidade do leite em fazendas

POR JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

COWTECH

EM 27/02/2014

11 MIN DE LEITURA

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No mundo é possível encontramos uma grande gama de trabalhos de pesquisas envolvendo a questão da qualidade do leite e controle da mastite. Podemos afirmar que, em praticamente todas as revistas e canais de informação, como internet ou mesmo informativos e periódicos, encontramos um artigo sobre o tema (tamanha a relevância do assunto). Apesar da qualidade do leite ser um assunto muito bem explorado pela comunidade láctea, a produção de leite com índices positivos em termos de contagem de células somáticas (CCS x 1000/mL), contagem bacteriana total (UFC x 1000/mL) e composição (% de gordura e proteína) é um desafio para muitos produtores e técnicos. Nos últimos anos, podemos afirmar que o mercado tem passado por mudanças significativas com a implantação e vigência das Instruções Normativas n° 51 e 62. As maiores empresas processadoras do setor possuem hoje programas de remuneração por qualidade. Dessa forma, a qualidade do leite tem sido palco para inúmeras discussões e debates no setor.

Cabe aqui ressaltarmos que debater sobre qualidade do leite, ao contrário do que muitos pensam, não implica em discutir os métodos de controle de uma doença (mastite bovina), mas sim sobre produção de leite de forma eficiente. Toda fazenda eficiente e produtiva costuma apresentar bons índices em termos de qualidade do leite porque preza por produtividade e esta, por sua vez, somente é possível com sanidade da glândula mamária. Em outras palavras, produzir leite com qualidade é consequência ou sinônimo de produzir leite profissionalmente. Sem saúde de úberes não temos eficiência em sistemas de produção. Dessa maneira, produzir leite com qualidade não é capricho nenhum, mas sim nada mais do que produzir leite de maneira eficiente, visando lucro. Quanto mais qualidade, mais leite e menores perdas. Essa realidade pode ser facilmente constada na prática ao visitarmos fazendas com bons índices de qualidade. Geralmente, são sistemas de produção eficientes e organizados.

De uma maneira geral, podemos discutir sobre qualidade do leite a partir de dois diferentes e importantes aspectos, como:

a) A questão microbiológica, ou seja, quais são os agentes infecciosos causadores dos problemas e de que forma estes atuam dentro da glândula mamária?;

b) A questão da dinâmica da infecção na fisiologia do animal, ou seja, de que forma estes agentes interagem com os animais em termos de danos ao tecido mamário, as consequências para rebanhos e para o bolso do produtor (perdas por qualidade do leite como resultado da ação destes microorganismos)?

c) A questão dos medicamentos utilizados, os protocolos de tratamento, a eficácia dos mesmos e as alternativas de controle para solução de problemas como alta contagem de CCS e CBT;No presente artigo, temos como objetivo discutir aspectos que, infelizmente, são pouco difundidos no meio técnico e muito pouco debatidos, mas que são primordiais para garantia de resultados em programas de melhoria da qualidade do leite e controle de mastite. A leitura do presente texto é direcionada àqueles que desejam avaliar a questão da qualidade do leite sob o aspecto prático e efetivo em termos de manejo de modo que a implantação de um programa de controle da qualidade do leite seja consistente e capaz de gerar resultados.

As informações a seguir resumem nosso conhecimento (COWTECH-CONSULTORIA), prático e de experiência de campo na resolução de problemas usuais como alta contagem de células somáticas (CCS/mL) e ou alta contagem bacteriana total (UFC/mL).

1-) Diagnóstico (dimensionando o problema):

Quando encontramos casos de CCS elevada e constante em rebanhos, a primeira medida efetiva que devemos tomar é o dimensionamento do problema enfrentado pela fazenda. Dessa forma, ter em mãos apenas um resultado isolado de CCS/mL do tanque com valores indesejáveis (contagem alta) não permite que venhamos a tomar atitudes inteligentes e adequadas para solucionar problemas. Na grande maioria das propriedades que assistimos, os problemas são apresentados à nossa equipe, dessa maneira. “E a qualidade do leite, como está?” Resposta: “Ah, não está muito boa não. Está meio alta. Tenho umas análises de tanque... tem subido ultimamente. Não sei o que está acontecendo. Nunca foi assim...” Diálogos como esse são bastante comuns e:

- O problema existe;

- O produtor tem conhecimento, mas não sabe: COMO e POR ONDE começar?!

A seguir enumeramos algumas dicas importantes:

a-) Ter em mãos o controle leiteiro e o estágio de lactação dos animais de uma fazenda, calculando os dias em lactação (DEL) médio de cada lote, é um bom começo.

b-) Se a CCS do tanque apresenta resultados sempre elevados é necessário sabermos “O quê?”, ou seja, qual é o motivo ou o que está promovendo isso. Quando falamos em “O quê?” significa procurar saber quantos animais estão com CCS elevada e qual é ou quais são o(s) agente(s) causador(es) dessa CCS elevada. Para tal, recomendamos a análise de CCS individual (composta, ou seja 1 amostra = 4 tetos) de todos animais da propriedade.

Para que possamos fazer um “DIAGNÓSTICO” correto é importante que o produtor realize, regularmente coletas individuais de CCS, sendo recomendado pela COWTECH, para começo de trabalho, um mínimo de 3 coletas mensais, sucessivas.

2-) Plano de Ação (medidas incisivas e imediatas):

Ao recebermos os resultados individuais de CCS, devemos confrontar estes resultados com o DEL de cada vaca, de modo que vacas em final de lactação (produzindo muito pouco) e com CCS elevada devem ser, imediatamente secas. Esta simples medida, em muitos casos, derruba rapidamente a CCS, sendo eficiente e econômica. A recomendação de pelo menos 3 coletas sucessivas (1 coleta por mês) para CCS individual tem por objetivo o diagnóstico do perfil do rebanho num quadro que chamamos de “Dinâmica da Infecção”, ou seja, de que forma a doença está presente e de que forma está evoluindo no rebanho.

Imediatamente após o primeiro resultado, devemos selecionar os animais com CCS elevada e verificar a distribuição destes sobre o total de vacas em lactação, calculando o percentual de animais acometidos pela doença: mastite (teoricamente todo animal com CCS superior a 200.000 CCS/mL é um animal infectado).

Critérios:

É importante ter uma leitura efetiva e correta do que é CCS elevada e a razão da mesma estar elevada. Em outras palavras, uma CCS de tanque alta pode ser fruto de 10 vacas com CCS muito alta, por exemplo, como pode representar um quadro de um rebanho integral de vacas com CCS elevada.

Após o levantamento dos animais infectados, é necessário descobrir quais são os agentes (microorganismos) que estão causando a infecção. Existe uma grande variedade de patógenos causadores de mastite e elevação da CCS de rebanhos e, infelizmente, muitos produtores fazem uma classificação “única” da mastite como “doença causada por infecção bacteriana na glândula mamária”. Essa leitura é muito perigosa. Existem microorganismos que podem e devem ser tratados enquanto que outros a eficácia de tratamento é muito baixa (% de cura) e outras medidas devem ser tomadas.

Classificando a doença:

Casos de mastite costumam ser divididos de acordo com a natureza e modo de ação dos agentes infecciosos. Dessa forma, separamos os casos em clínicos (vistos e diagnosticados a olho nu) e infecciosos (diagnosticado por meio de testes e/ou exames laboratoriais).

A mastite clínica, de um modo geral, está correlacionada com o ambiente em que as vacas se encontram e o grau de higiene destes locais. Por este motivo, a mastite clínica é classificada também como mastite ambiental e os causadores desta são microorganismos presentes no meio ambiente. O momento em que ocorre a contaminação desta doença, geralmente é no início da ordenha por conta de animais que chegam com tetos muito sujos na ordenha, geralmente combinados com uso de produtos (pré-dipping) ineficientes ou mal aplicados (rotina inadequada de ordenha: higienização e secagem de tetos, principalmente). Na saída da ordenha, é importante que seja realizado adequadamente o pós-dipping e os animais devem encontrar à sua disposição um ambiente seco e limpo. Os principais patógenos causadores de mastite ambiental são os coliformes.

A contagem de CCS elevada e constante em rebanhos geralmente está correlacionada com a presença de agentes infecciosos. A mastite contagiosa é transmitida de vaca para vaca, ou seja, durante a ordenha, e tem como vetor as mãos dos ordenhadores e o próprio equipamento de ordenha. Logo, cada animal contaminado com mastite contagiosa, também conhecida como mastite subclínica (sintomas nem sempre aparentes), é um vetor da doença que costuma se multiplicar rapidamente no rebanho. A identificação destes animais é fundamental para solução e controle de problemas de mastite em fazendas.

Tratar ou não a doença?

A decisão de tratar ou não um caso de mastite depende de uma somatória de fatores.

Vacas acometidas por mastite ambiental devem ser tratadas por conta da reação por parte do animal (febre alta) contra as toxinas eliminadas pelos coliformes no processo infeccioso, sendo mais importante tratar tais sintomas (como febre) do que propriamente a infecção (que ao contrário do que muitos pensam, é controlada pelo próprio animal e suas células de defesa).

Casos subclínicos são diferentes. Sintomas da doença nem sempre são evidentes e, em muitos casos, diagnosticamos a doença somente por meio indireto, ou seja, pelo teste de CMT ou análise de CCS. Os principais agentes infecciosos são as bactérias Streptococcus agalactiae e Staphylococcus aureus. A % de cura de casos de S. agalactiae é bastante elevada e uma grande quantidade de princípios ativos debelam a infecção enquanto que casos de S. aureus são graves, geralmente tornando-se crônicos pela baixíssima % de cura. De uma maneira geral, recomendamos sempre o tratamento de mastites contagiosas por S. agalactiae e, nos casos de S. aureus, recomendamos o descarte do animal ou tratamento incisivo no momento da secagem.

3-) Execução (do plano de ação):

Muito produtores acreditam que o problema de mastite pode ser solucionado através da realização de tratamentos, ou seja, aplicação de medicamentos, principalmente os intramamários (famosas bisnagas). A ansiedade para tratar e/ou troca constantemente os princípios ativos (medicamentos) é um aspecto negativo e muito enraizado em fazendas. Sob a visão da COWTECH, o tratamento de mastite somente é eficaz e possível de ser empregado se houver:

a-) segregação de animais

b-) implantação de linha de ordenha

c-) controle efetivo da segregação de animais

d-) correta higienização e manutenção de equipamentos de ordenha

e-) identificação correta dos agentes infecciosos

f-) controle e tratamento dos animais aptos a serem tratados: cultivo e antibiograma

g-) controle de novas infecções (entrada de animais em lactação: critérios)

De todas as medidas acima descritas, a mais importante e fundamental é a SEGREGAÇÃO e implantação da LINHA DE ORDENHA. Muitas fazendas realizam o correto diagnóstico, elegem os corretos medicamentos, mas não realizam medidas práticas de manejo capazes de gerar resultados. Sem linha de ordenha podemos, seguramente, afirmar que não é possível a promover de forma perene a redução da CCS de um rebanho.

A linha de ordenha:

Recomendamos a seguinte sequência de ordenha para controle de mastite:

1-) Vacas Sadias
2-) Vacas Recém-Paridas (colostro)
3-) Vacas em Tratamento (retenção de placenta, metrite e/ou outras infecções)
4-) Vacas contaminadas por S. agalactiae (em tratamento)
5-) Vacas contaminadas por S. aureus

Com a implantação da linha de ordenha, impedimos imediatamente que a contaminação do rebanho aumente. Paralelamente à segregação, devemos promover a identificação dos animais. Uma recomendação usual é o uso de colares coloridos, como exemplo, vermelho para vacas contaminadas por S. aureus, azul para vacas contaminadas por S. agalactiae, amarelo para vacas recém-paridas e assim por diante. As cores pouco importam (critério de cada fazenda), mas identificá-las é fundamental para evitarmos erros.

Cultivo e Antibiograma:

Além da linha de ordenha é fundamental sabermos quais são os agentes e quais drogas são capazes de eliminá-los. Como dissemos, anteriormente, a S. agalactiae é uma bactéria sensível a muitos princípios ativos, sendo a mesma passível de eliminação de rebanhos (100%), como constatado em muitas fazendas/referência nos EUA, por exemplo. O antibiograma é uma ferramenta importante para criação de um protocolo de tratamento (principal e alternativo).

A recomendação da COWTECH para implantação de um programa de qualidade total do leite é de que todo animal tenha o seu leite coletado (amostra composta) para avaliação de presença de patógeno antes de ser liberado na linha do leite. Enquanto o resultado não chega à propriedade, a linha do leite deve ser mantida para assegurar que não haja disseminação de bactérias contagiosas no rebanho caso tenhamos animais contaminados.

4-) Conclusão:

A fase conclusiva de trabalhos consiste em análise da evolução e da dinâmica da infecção do rebanho, com redução da CCS média do rebanho. O foco do tratamento e controle da CCS de rebanho tem sido veiculado e direcionado para a escolha de drogas eficientes no controle dos microorganismos. Como dito no início do artigo, o controle do principal agente causador de mastite contagiosa (S. agalactiae) tem como desafio não “a escolha” do medicamento (princípio ativo), mas sim no conjunto de medidas práticas no manejo de uma fazenda que impeça que haja aumento do número de novos casos, neste caso, a linha de ordenha.

Muitas fazendas passam anos tentando corrigir problemas de CCS elevada sem sucesso. O último caso grave enfrentado pela COWTECH envolveu contaminação de mais de 70% do rebanho por S.agalactiae e elevação de CCS média de 600.000 para 3.000.000/mL de maneira crescente por 4 meses consecutivos. Com a implantação de trabalho sério de controle de linha de leite e, principalmente, de cultivo (isolamento) microbiológico, em 9 meses de trabalho a CCS foi reduzida para níveis inferiores a 400.000 CCS/mL e tem se mantido desde o surto em níveis controlados. Os dados e análises foram processados no Laboratório Vida Vet (Botucatu-SP), para cultivo e antibiograma e Clínica do Leite/ESALQ-USP (CCS). A base de dados e evolução do trabalho está disponível nos arquivos da nossa empresa.

A COWTECH está disponível para discussão e implantação de programas de qualidade à todos interessados através do contato abaixo.

Autor:
João Paulo V. Alves dos Santos
Eng° Agrônomo/COWTECH – CONSULTORIA
CREA-SP 5061306833
(14) 99703-9606
jpvasantos@hotmail.com
 

JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

Espaço para artigos e debates técnicos expostos por especialistas e equipe de consultores.

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JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/03/2014

José Augusto Schimidt,

Ainda completando: muitas infecções da glândula mamária são controladas pelas vacas, sem sombra de dúvida. No entanto tudo depende muito da condição imunológica do animal no momento em que é infectado, do tipo de patógeno envolvido, da frequência com que o animal é exposto à agentes causadores da doença (ambiente ou transmissão/casos contagiosos), dentre outros.

O correto é tratar, sempre, desde que com consciência e sabedoria do que está acontecendo e o que está causando a doença ou mesmo se é possível e viável tratá-la (casos de aureus, recomenda-se descarte ou tratamento na secagem, por exemplo e não durante a lactação/caso clássico).

Um abraço!

(João Paulo/COWTECH)
JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/03/2014

Prezado José Augusto Schimdit,

Muitas vacas apresentam este comportamento e nestes casos, a ordenha é procedida, normalmente. No entanto, o correto e ideal é sempre trabalhar sem dúvidas. Para tal recomendamos a coleta individual de CCS com frequência mínima mensal para avalição da evolução de cada vaca. Animais com CCS mais elevada devem ser selecionados para coleta de leite a ser enviado para cultivo e isolamento de eventual agente infeccioso.

Recomendo que você elimine estes grumos e no "leite limpo" faça um CMT. Você resolve essa dúvida dessa forma, facilmente. Reagiu, sem sombra de dúvida há mastite subclínica.

Um abraço,

(João Paulo/COWTECH)
JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/03/2014

Prezado Alberto Duque Portugal,

Agradeço suas considerações, lembrando que estamos sempre prontos e disponíveis para atender aos mais diferentes desafios, em todo Brasil.

Um abraço!
JOSÉ AUGUSTO SCHMIDT

PIRES DO RIO - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/03/2014

Gostaria de saber sua opinião, sobre o manejo, quando, durante o teste de caneca, se constata a presença de poucos grumos no leite, no primeiro e segundo jatos, e se observando que a partir daí se obtém um leite limpos, se é necessário o tratamento desse quarto ou não.
Se caso não o tratar e observar o recuo do problema ou a não piora do quadro, oque se deve fazer?
Existe a possibilidade da auto cura?
ALBERTO DUQUE PORTUGAL

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/03/2014

Prezado João Paulo,

Parabéns pela objetividade com que você trata o problema. A questão de laboratórios e técnicos capacitados é realmente um grande desafio. Pena que você esteja em São Manuel.- SP.
JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 15/03/2014

Prezados Roberto e Nemuel,

Não temos como fugir dos 7 dias de cultura e antibiograma. Além disso a coleta somente pode ser realizada após o período de colostro, que varia de animal para animal, mas que na prática dura entre 5 a 8 dias. Logo, somos obrigados a aguardar 7 dias de colostro e por exemplo 7 dias a 10 para termos o resultado em mãos... no caso do Nemuel, 21 dias para o resultado em mãos.

Nemuel, qual seria a outra opção? Vamos mandar os animais para lote de sadias? Eu mantenho a linha até a liberação de resultados. É um protocolo. Além de consultor, sou produtor de leite. Em casa, seguro. É um ritual. Um protocolo. Vaca está livre de S. agalactie e de S. aureus. Ok, liberada. Caso contrário, permanece no lote que eu classifico como "aguardando liberação".

O interessante desse programa é a dificuldade de controle do mesmo. Muitos técnicos e gerentes de fazendas criticam esse programa por acharem muito complicado. No entanto quem trabalha com essa cabeça/mentalidade, terá mais dias, menos dias dificuldades em se enquadrar numa nova realidade de mercado: a que visa produzir leite com qualidade. De fato, não é brincadeira e é necessário muita atenção e, especialmente, muita disciplina. Uma simples troca de lote, ou a permanência de um animal infectado em lote errado pode comprometer todo um trabalho.

Enfim. Acompanhamento constante e rigor.

Abraços,

(João Paulo/COWTECH)
ROBERTO DE ANDRADE BORDIN

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 15/03/2014

Olá amigos...boa a discussão.

Tenho um Laboratório em SP e sou responsável por uma cooperativa de leite que estamos entrando no passo 2 do programa de qualidade que se refere ao produtor. Em relação a logística - enviar o material para o LAB. se tiver sedex 10...chega no outro dia...no caso cultura e antibiograma - 7 dias...uma média para esta análise 10 dias com resultado. No nosso programa tentamos mandar amostras fracionadas mesmo...no seu caso de Goiás vc junta amostras para enviar?
No caso do técnico mandamos ele treinado e ele vai coletando e enviando.

João Paulo...qual seria o período máximo para as recém paridas...10 dias de intervalo pode ser praticado?...já é bem menos que 21. Não esquecendo que o tempo de demora se baseia na técnica do exame.

abs
JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 15/03/2014

Prezados Roberto e Nemuel,

Agradeço pela participação e comentários. É muito importante divulgarmos e debatermos o tema sobre este aspecto: linha de ordenha.

Nemuel, você abordou uma questão fundamental para o desenvolvimento do setor e que muito poucos agentes atentam: a quantidade de laboratórios e a qualidade dos mesmos para realização dos trabalhos. Conheço muito o VIdaVet, é uma excelente empresa, parceira da indústria e de muitos produtores. No entanto a logística é um fator complicador em termos de Brasil.

Vamos imaginar que tenhamos programas como o Maxileite ou trabalhos visando melhoria da qualidade do leite desenvolvidos pela COWTECH em larga escala e com eficiência (o que não é uma realidade porque falta qualificação e treinamento técnico no setor, também) em andamento em diversas regiões do país. Teríamos sucesso absoluto? Parcialmente sim, mas esbarraríamos na questão apresentada por você.

Muito bem observado

Abraços!

(João Paulo/COWTECH)
NEMUEL DE AGUIAR BRITO

MORRINHOS - GOIÁS - MÉDICO VETERINÁRIO

EM 15/03/2014

Olá João Paulo, tudo bem!!!! Excelente postagem. Infelizmente como bem dito por você, ainda são poucos os técnicos e produtores que se preocupam de verdade com o tema, não conhecendo o grande impacto econômico causado pelas Mastites. Sou médico veterinário, consultor do programa Maxileite da MSD Saúde Animal e desenvolvemos o nosso trabalho na mesma linha de pensamento indicada por você nas fazendas atendidas pelo Maxileite. Um grande problema que encontramos para melhorar a eficiência do nosso trabalho é falta de infra-estrutura de mais laboratórios de qualidade do leite. Por exemplo a logística minha que estou em Goiás para envio das amostras para o Vidavet por exemplo é horrível!!! Leva-se aproximadamente 21 dias entre a coleta, envio, processamento das amostras e o resultado por parte do laboratório ( Vidavet ). Pensando nas vacas Recém Paridas, qual o seu posicionamento em relação a isso? Deixa as mesmas na linha de ordenha indicada por você, mesmo demorando todo este tempo para termos o resultado?
ROBERTO DE ANDRADE BORDIN

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 15/03/2014

Olá André tudo bem?...espero uqe sim.

Antes quero agradecer ao João Paulo - COWTECH pelo excelente texto...e claro opinião.

No caos vc já comparou de forma mais detalhada o que estas duas vacas tem de diferente do resto do rebanho (manejo, alimentação, cuidados, ordenha etc...pois como vc falou, vc sempre observou alterações de CMT nestas vacas...tente fazer isto e depois nos informe.

abs para todos
JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/03/2014

Prezado André Luiz Merchan,

Agradecemos pela sua participação!

Sua CCS está excelente, sobre nosso ponto de vista e, para um rebanho pequeno (14 animais) o ideal seria buscar indicadores de excelência, mesmo. No entanto, sua CBT está muito alta. Você deve reavaliar sua rotina e de higienização de equipamentos e lavagem de ordenha.

Faça análise de cultivo microbiológico para isolar o agente infeccioso.

Isole estes 2 animais, ordenhando separadamente, no final da ordenha.

Conseguirá trabalhar com níveis melhores de CBT (abaixo de 10.000), certamente, se realizar ordenha com higiene, utilizar produtos adequados e atentar para tempo de lavagem e temperatura da água de lavagem dos equipamentos (canalizada).

Inicialmente, seria esse o caminho. Posteriormente, persistindo o problema, contacte um profissional capacitado.

Um abraço!

(João Paulo/Cowtech)
ANDRE LUIZ MERCHAN

MATUPÁ - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/03/2014

ótima postagem
tenho um peq rebanho, já coloquei orenhadeira canalizada, meu nívei de tanque estão assim:
CCS média 3 meses= 110.000
CBT média 3 meses= 230.000
Tenho duas vacas que sempre apresentam CMT em uma teta...
atualmente ordenho 14 animais
a partir de que patamar de CCS, preciso ficar alerta?
obrigado
JOÃO PAULO V. ALVES DOS SANTOS

LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/03/2014

Oi Bia, tudo bem?!

Será uma excelente oportunidade para maiores informações e aprofundamento sobre o tema. O Prof° Marcos é um grande conhecedor do assunto e um dos maiores especialistas do país, no assunto, certamente.

Um abraço!

(João Paulo/Cowtech)
MARIA BEATRIZ TASSINARI ORTOLANI

PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/03/2014

João Paulo, se me permite gostaria de divulgar que estão abertas as inscrições para o curso online AgriPoint de Qualidade do Leite e Manejo de ordenha. Começa no dia 31/03. O instrutor será o professor: Marcos Veiga dos Santos. Para mais informações acesse: https://www.agripoint.com.br/curso/qualidade-leite/

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