Vigor PN dispara com prêmio para fechamento de capital

As ações preferenciais da Vigor dispararam ontem (09) na Bovespa, depois que sua controladora, a Bertin S.A, informou que fechará o capital da companhia e que dará também às ações preferenciais (PN) o direito de receber 80% do que foi oferecido aos controladores.

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As ações preferenciais da Vigor dispararam ontem (09) na Bovespa, depois que sua controladora, a Bertin S.A, informou que fechará o capital da companhia e que dará também às ações preferenciais (PN) o direito de receber 80% do que foi oferecido aos controladores.

A Bertin fechou acordo com os acionistas minoritários e pagará R$ 5,53 por ação PN para quem entregar os papéis na oferta pública para o fechamento de capital da empresa. Dois terços dos preferencialistas concordaram, e a adesão à operação nessa proporção é a garantia de seu sucesso. O valor acordado representa 80% do preço que a Bertin pagou pelo controle da Vigor, em novembro do ano passado.

A Lei das Sociedades por Ações prevê que 80% do prêmio pago pelo controle de uma empresa seja estendido aos minoritários detentores de ações ordinárias (ON, com direito a voto). A Bertin optou por conceder o prêmio também àqueles que possuem PNs, papéis sem direito a voto. "Adotamos como premissa tratar bem os nossos sócios indiretos da Vigor. Os valores acordados são melhores do que eles poderiam esperar", disse João Pinheiro Nogueira Batista, presidente da Bertin.

A empresa já informou que tem plano de abrir seu capital e, com essa medida, sinaliza o alinhamento com práticas de governança - item sempre criticado no histórico de empresas desse setor. Nogueira Batista assumiu o comando da Bertin em julho, com a missão de aprofundar a governança e introduzir um modelo novo de gestão. O fechamento de capital da Vigor e de sua controlada, a Leco, é parte do processo que resultará, futuramente, no lançamento de ações da Bertin na bolsa.

Hoje, 23,7% das preferenciais da Vigor, ou 16,5 milhões de ações, estão em circulação no mercado. Para comprar a totalidade dos papéis, a Bertin desembolsará cerca de R$ 91 milhões. O gasto mínimo será de cerca de R$ 60 milhões, equivalentes à adesão de dois terços, condição para o sucesso da oferta.

A Bertin pagou R$ 400 milhões por 56% das ações da Goult Participações, que detinha 74,69% do capital da Vigor, em novembro do ano passado. A negociação já previa que a Bertin teria a opção, que foi exercida anteontem, de comprar os 44% restantes e ficar sozinha no controle. Pagará os mesmos R$ 400 milhões que pagou pela fatia maior, de 56%.

Ontem, as preferenciais da Vigor subiram 71% e fecharam em R$ 4,70 - aproximando-se do valor acordado para a operação. Quando foi anunciada a compra do controle da empresa, em novembro de 2007, o papel estava cotado na casa dos R$ 2,70. O pedido de registro da oferta de fechamento de capital será encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários em 30 dias. A compra da Vigor pela Bertin marcou o ingresso da empresa, que tem carne bovina como carro-chefe, no setor de lácteos.

A matéria é de Ana Paula Ragazzi e Alda do Amaral Rocha, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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