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Vigor muda comando e conversa com rivais

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 02/03/2023

3 MIN DE LEITURA

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A Vigor, controlada pelo grupo mexicano Lala, está mexendo em posições de liderança de sua estrutura. Uma nota distribuída internamente na companhia, informa sobre uma dança das cadeiras nas áreas de marketing, comercial e planejamento estratégico.

As mudanças ocorrem após a troca recente de comando e de conversas dos controladores mexicanos com bancos de investimentos para uma possível venda da companhia, cinco anos após a entrada da Lala no negócio.

Fontes ouvidas pelo Valor Econômico afirmaram que as operações da Vigor no Brasil estão deficitárias e que a companhia conversou há dois meses com o Bradesco BBI sobre uma saída do negócio, de acordo com uma pessoa a par do assunto. “Os controladores não conseguiram se adaptar ao mercado brasileiro”, disse essa fonte.

Executivos do segmento que preferem não ser identificados afirmam que o grupo Lala quer vender a empresa brasileira desde 2021, pelo menos. Segundo uma pessoa ligada à indústria do setor, a empresa estaria sendo “ofertada” por um banco a potenciais compradores por um quarto do valor pelo qual foi comprada em 2017. O grupo adquiriu o controle da Vigor da holding J&F, da família Batista, por R$ 4,3 bilhões.

Embora ainda não haja um mandato oficial de venda, potenciais interessados já foram sondados. Os controladores têm dito que não querem sair do Brasil, mas o grupo mexicano chegou a bater na porta de líderes do segmento, como a francesa Lactalis.

A J&F estaria entre os potenciais interessados no negócio, o que seria uma recompra: a família vendeu Vigor, Eldorado e Alpargatas em 2017, quando o conglomerado passou por forte turbulência. O marco da crise foi o dia 17 de maio daquele ano, quando gravações do presidente Michel Temer feitas pelo empresário Joesley Batista vieram à tona, no episódio que ficou conhecido no mercado como “Joesley Day”.

Conforme noticiou o Valor no fim de janeiro, o brasileiro Luis Gennari deixou a presidência da Vigor, que comandava desde 2020. O motivo da saída ainda é desconhecido. No comunicado distribuído internamente sobre a troca de lideranças nas áreas citadas, o executivo Cesar de los Santos - que, segundo uma fonte, integra o grupo controlador mexicano - é citado nominalmente como o presidente da empresa.

Para empresários e altos executivos do segmento, a razão para o grupo querer livrar-se do negócio é o retorno insatisfatório. “A Vigor não é uma empresa que faça muito sentido economicamente”, diz um dos maiores produtores de leite do país, que também é industrial.

No último balanço da Vigor disponível, de 2021, a empresa teve receita de R$ 2,6 bilhões, montante 5,3% menor que o de 2020. A companhia teve Ebtida negativo de R$ 1,2 bilhão (no ano anterior, ela havia tido lucro de R$ 46,1 milhões), resultado atribuído à reavaliação de valor de ativos (“impairment)”. De um ano a outro, a receita líquida do Lala cresceu 7,4%, para US$ 4 bilhões, e o resultado líquido subiu 18,5%, para US$ 69,6 milhões, de acordo com o Valor Data.

Quatro fontes do segmento disseram ao Valor que há “desafios” para a compra de leite cru (matéria-prima) e que seria necessário fazer ajustes nas linhas de produtos para que a companhia seja mais rentável. “A Vigor não tem uma garantia de suprimento de leite cru muito boa. Com isso, ela fica mais suscetível a preços do mercado spot negociação de compra e venda de leite entre indústrias”, disse uma das fontes.

Para outro executivo, a Vigor, dissociada da Itambé, “é uma empresa pequena, que perdeu portfólio complementar e viu seu custo operacional subir”. Na época que foi comprada pelos mexicanos, a Vigor detinha 50% da Itambé - os outros 50% eram da Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR). Vigor e Itambé foram separadas, e esta hoje pertence à Lactalis.

Dados da Euromonitor mostram que, apesar de a Vigor ser uma marca “pop”, reconhecida no Brasil, sua participação total no mercado brasileiro de lácteos - incluindo iogurtes, sobremesas e outros itens - praticamente não mudou desde 2017. A fatia da Vigor saiu de 1,7% naquele ano para 1,8% em 2022, enquanto o mercado total de derivados lácteos cresceu perto de 46%, para US$ 23 bilhões no ano passado no país.

A companhia conseguiu ganhar espaço investindo na divisão de queijos, mas perdeu participação significativa em refrigerados (como iogurtes e sobremesas), diz um alto executivo do segmento.

Procuradas, Vigor e J&F não se pronunciaram. Bradesco BBI e Lactalis também não comentaram. O grupo Lala não retornou os contatos até o fechamento desta edição.

As informações são do Valor Econômico

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