Na edição desta semana, a revista Veja trouxe como matéria de capa os dados do mais extenso trabalho já realizado sobre dietas com baixo teor de gordura e saúde e seus efeitos na prevenção de doenças cardíacas e câncer. O trabalho foi elaborado pela Associação Médica Americana.
O trabalho, que consumiu US$ 415 milhões de dólares, acompanhou durante 8 anos 50.000 mulheres entre 50 e 79 anos, na pós-menopausa. Metade das mulheres alterou o cardápio para uma dieta mais pobre em gorduras e com mais grãos, frutas, legumes e verduras. A diferença na ocorrência de câncer de mama, câncer colorretal e doenças cardiovasculares foi insignificante entre os grupos. Questiona-se, porém, que o estudo não acompanhou as mulheres por tempo longo o suficiente, as mulheres que consumiram a dieta light reduziram em apenas 10% o consumo de gordura, contra os 20% previstos e que o estudo deveria ter acompanhado mulheres mais jovens também. Por fim, o estudo não diferenciou as gorduras trans, mais nocivas, das demais.
A matéria apresenta os lácteos de forma positiva. Ao comparar leite de vaca e "leite" de soja, a matéria informa que pessoas saudáveis e que não têm intolerância à lactose, o leite de vaca é a melhor opção, desde que seja desnatado, pois é uma ótima fonte de cálcio e proteínas. "O 'leite' de soja, por sua vez, mesmo enriquecido com cálcio, não parece ter a mesma eficácia".
A reportagem também recomenda iogurte e leite fermentado. O primeiro é uma fonte rica em proteínas e cálcio e o leite fermentado contém bactérias que ajudam a regular a flora intestinal. Ao comparar manteiga e margarina, diz que a manteiga contém mais gorduras saturadas do que a margarina, além de colesterol. Porém, as margarinas tradicionais são feitas com gordura trans, o tipo mais nocivo à saúde. Ao falar dos queijos branco light ricota, o artigo diz que ambos são ótimas fontes de proteína e cálcio, mas o branco light é preferível por conter menos gordura.
Ao mencionar a prevenção a osteoporose, a matéria recomenda novamente o leite, rico em cálcio, como uma das alternativas. O estudo diz que medicamentos para reposição da massa óssea associados a uma dieta rica em leite e derivados e restritiva a álcool e café, podem aumentar em 5% a massa óssea, contra apenas 1,5% em dietas sem essas características.
A matéria ainda lembra que a ANVISA determinou que até o mês de julho deste ano, todos os rótulos de produtos industrializados vendidos no Brasil informem a composição de gordura trans em sua composição.
Veja: lácteos são alternativas para dietas saudáveis
Publicado por: MilkPoint
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