Vários setores suportam câmbio atual, diz estudo

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Cálculos da MCM Consultores Associados mostram que, em 17 de 31 setores analisados, o câmbio de equilíbrio é inferior aos R$ 2,166 do fechamento da sexta-feira. Desses, setores como extração de petróleo, siderurgia, abate de animais e de açúcar mantêm o fôlego com o dólar abaixo do atual. Em contrapartida, a agropecuária necessitaria de um dólar de R$ 2,95 para voltar a ser rentável como nos últimos anos.

No estudo, o câmbio de equilíbrio é definido como o que leva a rentabilidade do segmento para o nível médio dos últimos cinco anos, dados os atuais preços em reais dos produtos. Para chegar lá, a MCM considerou as cotações dos produtos de cada setor e sua estrutura de custos, levando em conta a matriz insumo-produto. "Dessa forma, pretende-se captar o impacto da variação cambial não apenas na receita do setor, mas também em seus custos", explicam os analistas da MCM.

De acordo com a metodologia adotada, o câmbio de equilíbrio para o setor de laticínios seria de R$1,77 (Nota: não se trata do câmbio que viabiliza exportações, mas sim o que permite rentabilidade comparável à dos últimos 5 anos).

Em relação à agropecuária, o economista Genílson Santana, da MCM, diz que o grande problema é que o setor sofreu muito com o aumento de custos nos últimos anos. Os preços de fertilizantes, defensivos agrícolas e do óleo diesel subiram significativamente, ao passo que os preços dos produtos ficaram próximos da média dos últimos cinco anos. Santana explica que o segmento inclui a produção de grãos, frutas e raízes e a criação de animais, por exemplo, excluindo produtos industrializados.

O câmbio valorizado, porém, não tem impedido o forte aumento das exportações agropecuárias. Nos 12 meses terminados em março, o volume exportado do segmento cresceu 30,6%, apesar do impacto negativo do dólar barato.

O que ocorre com o setor agropecuário é atualmente mais exceção do que regra, de acordo com o estudo da MCM. Os empresários dos segmentos industriais, por exemplo, não pedem mais um câmbio na casa de R$ 2,80 a R$ 3 para rentabilizar suas atividades.

As informações são de Sérgio Lamucci para o Valor Econômico.
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