As exportações de lácteos do Uruguai em setembro aumentaram 70% em volume com relação a agosto, totalizando 24 mil toneladas, valor que, por sua vez, representa um aumento de 22% com relação a setembro de 2014, segundo dados do Instituto Nacional do Leite (Inale).

A dinamização dos negócios soma os primeiros dois envios de leite em pó da Conaprole à Venezuela, no marco do acordo de governo a governo, que inclui também arroz e frango. O primeiro embarque de leite em pó ocorreu em 25 de setembro e o segundo em 2 de outubro, com um volume aproximado de 4.000 toneladas cada. Nesse setor, está previsto exportar a esse destino um total de 40 mil toneladas. Ainda estão pendentes os negócios de queijos.

Quanto ao valor gerado pelas exportações de produtos lácteos até setembro, a soma total é de US$ 68 milhões, o que significa que esse valor é o dobro do valor de agosto, que foi de US$ 35 milhões, ainda que seja um valor inferior comparado com setembro de 2014, quando foram exportados US$ 76 milhões. Em termos de preços globais, os lácteos exportados pelo Uruguai ficaram em US$ 2.800 a toneladas em média, o que significa um aumento de 15% com relação a agosto passado, mas menos que em setembro de 2014 (-27%).

Durante o terceiro trimestre desse ano, 32% dos embarques tiveram como destino o Brasil, 25% a Venezuela e 11% o México. Para o leite em pó integral, que é o principal produto de exportação de lácteos do Uruguai, o principal destino no terceiro trimestre foi a Venezuela, com 48% do total enviado, seguido pelo Brasil, com 40%; e Argélia, com 5%. Foram exportadas 26.108 toneladas, a uma média de US$ 3.014 a tonelada, 36% a menos que no mesmo período de 2014. A nível dos produtores, valorizou-se a boa marcha dos embarques de leite em pó com destino à Venezuela, que ajuda baixar os estoques que a Conaprole tem, se concretizando a nível de preços interessantes, disse o presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), Rodolfo Braga.

Ele explicou que este negócio de leite em pó com a Venezuela obtém preços de exportação interessantes, mas não baixa todo o estoque desse produto da Conaprole, em função de que esse mercado representa somente 30% para a cooperativa. Braga agregou também que há um negócio de queijos importante de 12 mil toneladas, que estará esperando que se defina em seus aspectos administrativos. Por outro lado, o novo aumento dos preços na licitação de ontem (14) da Fonterra na Nova Zelândia constitui um sinal positivo que em médio prazo espera-se que se reflita nos negócios.

As informações são do El Observador.