Uruguai: Governo cederá terras para aumentar produção

O Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai pretende aumentar a produção de leite em torno de 15% mediante a incorporação de 80 mil a 100 mil hectares. Segundo o jornal uruguaio <i>El País</i>, eles cederão a exploração das propriedades em troca de uma renda percentual da produtividade dos estabelecimentos, disse o sub-secretário, Ernesto Agazzi.

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O Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai pretende aumentar a produção de leite em torno de 15% mediante a incorporação de 80 mil a 100 mil hectares. Segundo o jornal uruguaio El País, o governo cederá a área em troca de uma renda percentual da produtividade dos estabelecimentos, disse o sub-secretário, Ernesto Agazzi.

Agazzi disse que a idéia é gerar fundos suficientes para a compra das terras pelo governo, mas sem passar a propriedade aos produtores, que teriam o benefício da exploração e, após um tempo, essas terras passariam às mãos do Instituto Nacional de Colonização.

Ele disse que o fator limitante do acesso à terra para o crescimento dos pequenos produtores pode ser contornado à medida que estes trabalhem em um esquema associativo, com forte complementação tecnológica, de forma que o risco da escassa produtividade nos estabelecimentos seria praticamente nulo.

Atualmente, existem cerca de um milhão de hectares destinados à produção leiteira no Uruguai, e a possibilidade de aumentar a produção no nível desejado pelo Ministério a partir de terras em propriedade do Estado é muito baixa pela escassez de terras nas mãos de instituições públicas.

"O mecanismo possível é a compra de terras a serem pagas no futuro com a produtividade leiteira". Neste esquema, o produtor pagaria um valor que lhe permitiria explorar a terra. Desta forma, o que ele tem que pagar está ligado à produtividade, o que será bem menos do que se paga pelo arrendamento tradicional, e este não terá a obrigação de comprar a terra.

Agazzi disse que já existem investidores interessados e talvez possa até haver dinheiro público através da Bolsa de Valores, no marco de um esquema que o Ministério está trabalhando e que ainda não tem data de aplicação.
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