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Uruguai: Estimativas mostram queda de 50% nas margens do setor leiteiro

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 25/04/2013

3 MIN DE LEITURA

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 A Associação Nacional de Produtores de Leite do Uruguai (ANPL) estimou que as margens do setor leiteiro do país cairão em 50% nesse exercício devido a um aumento nos custos e ao clima que, em parte da temporada, foi desfavorável. Isso teve como consequência uma desaceleração na produção, que vinha aumentando nas temporadas anteriores.

O assessor da ANPL, Daniel Zorrilla, disse que a primavera muito chuvosa levou à queda na qualidade das pastagens. Além disso, houve uma redução no fornecimento de concentrados por questões econômicas. “O resultado disso foi uma menor produção de leite”.

As captações pelas plantas industriais, por esses fatores, seriam menores no próximo inverno, com relação às obtidas no mesmo período de 2012, ainda que seja difícil estimar em quanto, disse ele.

O presidente da Câmara Uruguaia de Produtores de Leite (CUPL), Horacio Leániz, concordou com essas estimativas. “Embora o verão tenha sido muito bom em termos climáticos, deve-se considerar que viemos de uma primavera difícil pelo excesso de chuvas, que complicou logisticamente o trabalho nas fazendas leiteiras”.

O problema, segundo ele, é que quando a margem econômica diminui, os produtores de leite devem enfrentar custos que não podem deixar de pagar, como os juros das dívidas e os contratos de arrendamento (ao redor de metade dos produtores de leite trabalham em terras que não são próprias). Apenas, disse ele, têm a capacidade de reduzir o dinheiro destinado ao custo de vida de sua família.

“A consequência é que, ao ter um rendimento menor de capital, são obrigados a diminuir ou, em alguns casos, eliminar os fundos que normalmente tem como fim investir em potencializar sua produção. Isso se dá em um contexto onde os custos fixos, como energia ou as rendas, vêm em uma tendência de alta”, disse Leániz.

Isso encontra o setor em um momento complicado na parte de créditos, já que são muitos os produtores endividados em curto prazo, e com obrigações que devem enfrentar sem ter hoje as margens necessárias para isso. “Os produtores de leite recorreram a créditos em curto prazo, outorgados pelos próprios fornecedores de insumos”.

“Isso se deve ao fato de que, após o endividamento ocorrido anos atrás, não podem obter créditos bancários em muitos casos. A isso, é necessário somar o perfil de produtores de idade avançada e arrendatários, o que faz com que esses não estejam dispostos a obter créditos a longo prazo, já que não é o mesmo investir em um campo ou em um alheio”. Outra alternativa dos produtores de leite para enfrentar a “queda no caixa” tem sido a de vender animais, tanto a mega-fazendas que estão se instalando na região, como em operações de venda de animais para outras regiões. Isso impedirá, informou ele, que o rebanho cresça, condicionando o crescimento produtivo dos mesmos.

Apesar dessa baixa rentabilidade, o Uruguai vem do exercício mais alto nos últimos anos, já que, segundo estudos da Federação Uruguai de Grupos Crea, para seus produtores de leite, o rendimento anual no exercício anterior foi de US$ 605 por hectare.

De todas as maneiras, isso impacta no ânimo dos produtores, que não estão propensos a investir como em outros momentos. “A realidade do setor tem feito com que se necessite de um investimento permanente. Para que um produtor de leite que produz 3.000 litros de leite anuais por hectare e se encontra um pouco acima da média nacional possa passar a ser um produtor de ponta, chegando a 6.000 litros, ele precisa de um investimento de US$ 2.000 a US$ 2.500 por hectare”, disse Leániz.

Para a próxima estação, o panorama mostra sinais positivos. A situação climática que atualmente é boa e que, segundo estima-se, manter-se-á assim, deve ainda ser somada à baixa no preço dos grãos que está ocorrendo. Em um sistema de produção como o leiteiro, que nos últimos anos se voltou ao consumo de grãos, isso significará uma baixa nos custos. Zorrilla disse que outro fator que seria benéfico à atividade nos próximos meses é o aumento explosivo nos preços dos lácteos nos últimos leilões da Fonterra.

A reportagem é do El País Digital, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

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