O diretor geral da Conaprole, José Noel Alpuín, considerou que, até 2020, a empresa terá um crescimento entre 30% e 40% nas exportações para a China, um ritmo que poderá ser maior se um acordo de livre comércio for feito no futuro.
Em uma entrevista com a agência chinesa Xinhua, Alpuin disse que desde a incorporação do Uruguai em 2018 à Faixa e à Rota da Seda, os empresários chineses têm uma maior certeza da qualidade e segurança dos produtos uruguaios.
"Estamos convencidos de que a Franja y la Ruta foi muito positiva porque gerou um clima espetacular", disse o diretor, fora da XIII edição da China e América Latina e Caribe Business Summit (China-ALC), que ocorreu em 11 de dezembro na Cidade do Panamá. "Recebemos grandes empresas chinesas interessadas em avançar com os acordos e tudo indica que vamos multiplicar nossas exportações", acrescentou Alpuín.
O diretor da Conaprole considerou que existe uma espécie de "comunhão" entre Brasil, Uruguai e Paraguai para realizar um pacto de livre comércio com a China no Mercosul e só precisa conhecer as intenções do novo governo na Argentina. No entanto, o Paraguai não tem relações diplomáticas com a China, mas com Taiwan.
"Estamos em um período de adaptação, o Uruguai está dentro do Mercosul, houve mudanças políticas e esperamos que essas mudanças avancem para um acordo de livre comércio com a China, que é o resultado final", afirmou. "No caso de laticínios, as tarifas continuam nos impactando e queremos melhorar os termos", acrescentou.
As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint.