Nos últimos cinco anos, a produção leiteira do Uruguai perdeu cerca de 150 mil hectares de terras produtivas. Apenas 50% do setor trabalha com método tradicional de alimentação a pasto e a tendência demonstra retrocesso desta modalidade.
"A maior pressão é exercida pela agricultura, que tem avançado sobre os campos que anteriormente se destinavam à produção leiteira ou pecuária", disse o presidente da Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL), Carlos Torterolo, ao Últimas Notícias.
Segundo a Oficina de Programação e Política Agropecuária (Opypa), nos últimos cinco anos, a produção leiteira perdeu 15% da superfície que utilizava para seu desenvolvimento, apesar de no mesmo período a produtividade ter aumentado de forma constante.
"No mesmo período, a soja passou de 30 mil hectares para 500 mil hectares de superfície, e parte deste crescimento ocorreu às custas das terras destinadas à produção leiteira".
Torterolo explicou que o setor leiteiro está processando uma mudança no modelo produtivo tradicional uruguaio. "Agora, somente 50% do gado leiteiro se alimenta diretamente no pasto, porque o resto é alimentado com forragem conservada. Essa é a tendência, até porque, atualmente os custos de produção impossibilitam que esta seja 100% intensiva".
No último ano, o setor leiteiro aumentou sua produtividade, segundo dados divulgados pelas últimas pesquisas do Departamento de Estatísticas Agropecuárias (DIEA), do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP). Na divulgação, a quantidade de fazendas que enviou leite às plantas industriais cresceu em 1,7% em 2007, e essa expansão ocorreu pelo segundo ano consecutivo.
Uruguai aumenta sistema intensivo de produção
Nos últimos cinco anos, a produção leiteira do Uruguai perdeu cerca de 150 mil hectares de terras produtivas. Apenas 50% do setor trabalha com método tradicional de alimentação a pasto e a tendência demonstra retrocesso desta modalidade.
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