UE proíbe lácteos de empresa britânica

As relações entre os órgãos de segurança alimentar da Comissão Européia e do Reino Unido estão abaladas, em virtude dos membros da União Européia (UE) terem concordado em proibir produtos de uma empresa de lácteos britânica.

Segundo reportagem de Chris Mercer para o site Dairy Reporter, os estados membros da UE proibiram a entrada do queijo coalho produzido pela Bowland Dairies, no norte da Inglaterra, devido a sérios problemas de higiene e segurança alimentar, anunciou a comissão.

Oposição à medida surgiu imediatamente pela Agência de Padrões de Alimentos (Food Standards Agency FSA) do Reino Unido, que começou uma briga pública com a Comissão sobre os testes de segurança alimentar.

Os erros encontrados pelos inspetores de alimentos da Comissão na Bowland há três meses incluem leite contaminado com resíduos de antibióticos, detergentes e tinta usado para fazer queijo coalho. As inspeções feitas há duas semanas mostraram pouca melhora, disse a Comissão, acusando as autoridades britânicas de falhar em agir.

A FSA, por sua vez, disse que não teve acesso ao relatório, e que suas investigações não mostraram erro nenhum. A FSA afirmou que não pode fechar nada somente porque a Comissão disse para fazê-lo, dizendo que precisam de evidências para agir.

A agência disse que tomou várias medidas corretivas contra a Bowland desde a primeira inspeção da Comissão, feita em junho, mas ainda discorda com a interpretação dos resultados dos testes de antibióticos da Comissão.

A Bowland ganhou recentemente uma ação contra a Comissão na Corte Européia de Primeira Instância sobre a questão de resíduos de antibióticos em seu leite. A Corte ordenou que a Comissão em 12 de setembro retirasse um alerta dizendo que o produto da Bowland era inseguro. O leite contendo resíduos de antibióticos dentro do limite especificado pela UE pode ser usado na produção de queijos. A empresa pretende entrar com outra ação judicial contra a Comissão.

O embargo ao queijo da Bowland continuará até que a FSA mostre que tomou medidas para garantir que não há risco para a saúde humana, disse a Comissão.