Top 100 MilkPoint: veja o novo estudo sobre os grandes produtores de leite do Brasil
O site MilkPoint finalizou o levantamento Top 100 - base 2006, que reúne os 100 maiores produtores de leite no ano passado. A pesquisa desse ano contou com o apoio da Nutron Alimentos, da JF Máquinas e da Elanco Saúde Animal.
O site MilkPoint finalizou o levantamento Top 100 - base 2006, que reúne os 100 maiores produtores de leite no ano passado. A pesquisa desse ano contou com o apoio da Nutron Alimentos, da JF Máquinas e da Elanco Saúde Animal.
O Top 100 desse ano trouxe algumas novidades, como o ranking dos 10 melhores produtores em produtividade por área e por vaca/dia, cujo intuito é procurar agregar, além do volume, índices que indiretamente possam contribuir para que se conheça a eficiência dos produtores.
"Nota-se uma variação muito grande em produtividade por vaca e por área, refletindo diferentes sistemas de produção, raças exploradas e níveis de intensificação", comentou Marcelo Pereira de Carvalho, coordenador do levantamento. Segundo ele, nas áreas mais sujeitas à concorrência com outras atividades agropecuárias, os índices de produção por área são substancialmente maiores, como é o caso de São Paulo. Na produção por vaca (e também por área) o destaque ficou por conta da região de Castro, no Paraná, que colocou 7 entre as 10 melhores médias de leite do levantamento.
O Top 100 desse ano captou também uma elevação da indicação da raça Jersey (pura ou em cruzamento com holandês), provavelmente associado ao estímulo de programas de pagamento por sólidos que se estabeleceram.
A maior parte dos produtores (74%) pretende aumentar a produção nesse ano, o que é um indicativo da atratividade da atividade para esse grupo, que tende a receber melhores preços em função do maior volume de leite. Outro aspecto verificado pelo levantamento é que o número de laticínios compradores do leite dos 100 maiores têm aumentado, ao passo que os laticínios próprios (produção verticalizada) têm reduzido em importância.
Abaixo, as principais conclusões do levantamento. Para ler o relatório completo, clique aqui.
Os 100 maiores produtores em 2006 produziram, em média, 3,8% a mais do que os 100 maiores de 2005. O aumento foi inferior ao resultado do ano passado (4,5% sobre 2004).
Em 2007, 74% dos produtores do Top 100 pretendem aumentar a produção, número próximo ao obtido no ano passado, 71%, e nos anos anteriores. Entre os 100 maiores, 22% pretendem manter, número próximo ao obtido em 2006 (19%), ao passo que 2% dos produtores pretendem diminuir a produção, número menor que o verificado no ano passado, quando 5% dos produtores escolheram essa opção.
Um dado interessante é que, pela primeira vez desde que o levantamento passou a ser realizado, em 2001, nenhum produtor reportou a intenção de parar com a atividade.
O sistema de produção de maior ocorrência entre as 100 maiores é o semi-confinamento, com 49%. Em segundo lugar, com 39% dos produtores, vem o confinamento total dos animais. O uso de sistemas baseados em pastagens é citado por 12% das propriedades.
A média de produção dos rebanhos confinados foi de 28,0 kg/dia. No semi-confinamento foi de 21,3 kg/dia e em sistemas de pastagens, 15,9 kg/dia.
Das 19 novas fazendas que entraram no Top 100 2006, 12 utilizam o sistema semi-confinado, 4 possuem o sistema confinado e 3 utilizam pastagem.
A raça holandesa, com 53,9% das indicações, continua sendo a principal raça utilizada, seguido do girolando e mestiços, com 32,8%. Jersey, Gir, Guzerá e Pardo-Suíço também foram citadas. Dentre os 100 maiores produtores, 18,6% utilizam mais de uma raça em sua propriedade, considerando a utilização tanto de raças puras quanto cruzadas.
A raça Jersey, pura ou em cruzamento com holandês, apareceu em quase 10% das propriedades, representando uma mudança em relação aos anos anteriores.
Minas Gerais é o principal estado produtor de leite e continua líder no número de fazendas, tendo aumentado a sua participação em comparação ao ano de 2006, passando de 39% para 44%. São Paulo verificou nova queda em 2006, ficando com 12,7%. O Paraná mantém firme a segunda posição, com 27,4%. Poucas modificações ocorreram nos outros estados.
Das 5 propriedades que deixaram de produzir, 3 estão em SP, 1 está em MS e 1 está em AL.
A média geral de produção por vaca (não ponderada) é de 23,8 kg/vaca/dia, variando de 7 a 36 kg/vaca, refletindo amplas variações nos sistemas de produção adotados. A região de Ponta Grossa, no Paraná, concentrou os melhores resultados, com 7 propriedades entre as 10 melhores médias.
A produtividade por área (considerando toda a área dedicada a atividade), em média, foi de 17.281 litros/ha/ano, variando de 1.102 a 62.128 litros/ha/ano, variação ainda maior do que aquela verificada com a produção por vaca. São Paulo colocou 3 fazendas entre as de maior produção por área, índice proporcionalmente mais alto do que os demais estados mais representativos, indicando, talvez, maior custo de oportunidade da terra e pressão por intensificação. Vale ressaltar que a fazenda que ficou em primeiro lugar adquire boa parte do volumoso fora da propriedade, o que evidentemente altera os dados.
A região de Ponta Grossa, no Paraná, é destaque em eficiência técnica entre os maiores produtores, tendo tanto alta produção por animal como alta produção por área.
O número de laticínios que adquiriram o leite dos Top 100 tem aumentado a cada ano. Já o número de fazendas que optaram pela verticalização tem diminuído.
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
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ANDRE LUIZ
PONTA GROSSA - PARANÁ - ESTUDANTE
EM 02/06/2007
Muito bom esse trabalho, parabéns à equipe que realizou essa pequisa, muito importante para mim, que estudo essa área!!
Andre Luiz K. Rohr - estudante de zootecnia (UEPG)
ANTONIO ROBERTO R. MIRA JUNIOR
PONTE NOVA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO
EM 13/04/2007
Gostaria de parabenizar toda equipe idealizadora deste trabalho, que mostra o potencial dos produtores de leite brasileiros e uma estimativa para o mercado do leite em 2007. Um trabalho muito bem planejado.... Abraços
CARLOS ALBERTO T. PETIZ
OUTRO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 10/03/2007
Panorama interessante e importante dos Top 100, mostrando a grande potencialidade do produtor brasileiro e que o leite ainda é o produto agropecuário que mais rende por ha\ano. Pena que o produtor continua escravo das empresas lacteas, como disse Fabio Rebello Filho.
Parabéns pelo trabalho, e a nós jersistas pelo crescimento e a propriedade de Sueli Alves Nogueira pela melhor produtividade por ha\ano.
FABIO LAFETA REBELLO FILHO
MONTES CLAROS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 08/03/2007
Somente com levantamentos do setor poderemos determinar qual o caminho a ser percorrido. O produtor de leite precisa estar atento às mudanças e deixar de ser escravo das grandes empresas lacteas, inclusive cooperativas que só querem o lucro pelo lucro.
O setor leiteiro vem se adaptando às novas realidades brasileiras mesmo com as constantes crises, o produtor vem procurando pelo seu caminho, mas as margens continuam pequenas. Muito boa a reportagem, Parabéns.
ANTONIO NUNES FERREIRA
NOVA FRIBURGO - RIO DE JANEIRO
EM 06/03/2007
Parabéns a toda a equipe pelo excelente trabalho realizado!
Antonio Nunes Ferreira - Genética Sueca.
ANA LUCIA RANDOW SILVA
VITÓRIA - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 05/03/2007
Quem compra volumoso fora tem que ser adicionado em sua área o equivalente da produção deste volumoso para efeito estatístico.
A visão de um todo facilita a sua própria avaliação e colabora com o planejamento. Muito boa a pesquisa.
VASCO A. BASSOTTO
OUTRO - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 28/02/2007
Excelente artigo. Parabéns.
OLIVINO DOS SANTOS FILHO
CAMPINA DO MONTE ALEGRE - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 28/02/2007
Achei muito boa esta informação, porque assim teremos idéia de como será o mercado de leite para 2007. Gostei mesmo.
MALU MAIA - MARIA LUZINEUZA ALVES
MARABÁ - PARÁ - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS
EM 27/02/2007
A equipe que diagnosticou estas informações está de parabéns. Os produtores, tendo conhecimento destas informações, poderão adaptar seus rebanhos e diversificar suas pastagens.
Os grupos que recebem capacitações, voltadas para nutrição, recuperação de áreas degradas, manejos, etc, e que aplicam em suas propriedades, mudam o sistema de alimentação dos seus rebanhos leiteiros, e conseqüentemente terão um aumento siginificativo de produção, mesmo no periodo sazonal.
ROBERTO MANSO LEITE
PINDAMONHANGABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 23/02/2007
Parabéns, somente com estudos conheceremos nossa atividade leiteira, e assim melhorá-la a cada dia tornando-a mais lucrativa e competitiva!
JOSÉ GERALDO PEREIRA PINTO
CAXAMBU - MINAS GERAIS
EM 22/02/2007
Parabéns, Marcelo, pelo brilhante trabalho apresentado neste estudo. Para nós, que vivemos e dependemos em grande parte dessa atividade, é imprescindível conhecer a situação atual, compará-la com o ano anterior, para ter idéia da tendência para o ano seguinte.
Abraços,
Pereira.
EDUARDO VALIAS VARGAS
SÃO GONÇALO DO SAPUCAÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 21/02/2007
Parabéns mais uma vez pelo trabalho. A pecuaria de leite brasileira precisa se conhecer melhor, para que possamos construir um caminho mais seguro para este importante setor da economia do Brasil.
FABIANO GODOI
OUTRO - PARANÁ - ESTUDANTE
EM 21/02/2007
Parabéns aos idealizadores deste levantamento, pois quem está ciente do que está ocorrendo ao seu redor se programa melhor e ainda proporciona crescimento à cadeia produtiva.
Números fazem as empresas observar onde podem investir e mesmo estimular os produtores a intensificar e melhorar cada vez mais para estarem entre os melhores, acontecendo assim uma competição sadia que toda a cadeia produtiva do leite ganha pelo volume de produção. Parabéns.
JOSÉ LUIZ NELSON COSTAGUTA
SANT'ANA DO LIVRAMENTO - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 19/02/2007
Especial artigo, com todas as informações que interessam aos que estão envolvidos nesta atividade.
Gostaria que seguissem dando este tipo de informação, pois nos mantém atualizados das ocorrências do setor. Muito obrigado.
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