Superávit da balança de lácteos é de US$ 3,2 mi em agosto
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Em agosto, o preço médio pago ao produtor pelo leite de tipo "C" foi de R$ 0,51 por litro. Alvim destaca que é uma queda em plena entressafra, contrariando as tendências de mercado. "Tradicionalmente, seria época de recuperação de preços", diz. Em julho, o preço pago foi de R$ 0,57 por litro e em junho, R$ 0,59 por litro. Esses valores foram calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Agrícola da Universidade de São Paulo (Cepea/USP). Segundo avalia o presidente da CNPL, o setor lácteo se preparou para uma expansão, ao longo dos últimos anos, investindo em qualidade e competitividade.
Este ano, ressalta o representante da CNA, a cadeia de lácteos foi surpreendida com queda da cotação do dólar e alta dos juros internos. Para manter a capacidade de competição no mercado internacional, frente à expansão da produção, a alternativa foi reduzir os preços pagos ao produtor. "A recuperação das exportações ocorre somente devido à queda da remuneração do produtor", diz Alvim, alertando que, em médio prazo, a manutenção dessa situação pode gerar desestímulo à atividade. "O cenário de dólar baixo e juros altos é prejudicial não apenas para a pecuária de leite, mas para toda a atividade agropecuária. O quadro é negativo não apenas para os lácteos.", diz Alvim. Há expectativa de redução no volume de importações de lácteos, pois a Argentina, grande fornecedor de produtos do setor ao Brasil, passou a aplicar sobretaxas nas suas exportações. Isso vai tornar os lácteos argentinos mais caros e, portanto, menos competitivos, beneficiando a produção brasileira, avalia Alvim.
O superávit de segmento de lácteos provocado pelos baixos preços pagos ao produtor não ocorreu somente em agosto. Também em julho houve saldo positivo, de US$ 1,1 milhão. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, no entanto, o País registra déficit na balança comercial de lácteos, de US$ 13,6 milhões; resultado de US$ 88,8 milhões de importações (equivalente a 53,6 mil toneladas) e exportações de US$ 75,1 milhões (equivalente a 45,5 mil toneladas). Para discutir os desajustes do setor e buscar alternativas que evitem desestímulo à atividade, ocorre no próximo dia 14 de setembro reunião da Comissão Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados do Conselho do Agronegócio (Consagro) na sede da CNA. O Consagro é vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Fonte: CNA, adaptado por Equipe MilkPoint
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ENÉAS MARQUES - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 12/09/2005

SALVADOR - BAHIA
EM 09/09/2005
Apesar dos números animadores que a cadéia produtiva rural vêm apresentando neste último mês e até no decorrer deste ano, fico bastante preocupado com o nosso futuro, devido a uma queda de estímulo à produção em virtude da queda do dólar, ocasionando uma importação feroz de leite em pó de países do Mercusul contrariando as mais pessimistas das expectativas.
Temos um Governo que só interessa na liquidez dos bancos, que é importante, porém não são eles que geram o superávit do campo e sim os produtores que sofrem com o preço internacional da saca de soja, do preço da arroba do boi, etc..., em contrapartida, os insumos se valorizaram com o dólar de R$2,78 e na sua queda não houve uma deflação nos preços. Nossos esforços em aumentar a produtividade serviram também para o equílibrio da inflação, quebramos recordes de produtividade a cada ano.
Onde ficamos? Como podemos projetar um futuro se o presente apresenta esta realidade deste cenário? É preocupante o produtor pensar em receber R$0,57 por litro de leite produzido e quando sair o pagamento receber 17% a menos.
Esperamos que a CNA e demais entidades representativas do setor possam perceber que continuando desta forma o único segmento que apresentou rentabilidade no campo da pecúaria no 1º semestre, tem a tendência de fechar o 2º semestre com déficit, "e aí, como será o futuro?".
Sds.,
José Antonio