Soro de leite pode incrementar alimentos

O professor Aloísio José Antunes, diretor do Centro de Pesquisa em Ciência e Tecnologia do Leite (Ceptel) da Universidade Norte do Paraná (Unopar) defende a utilização do soro de leite na fabricação de outros produtos alimentícios para resolver um grave problema ambiental e permitir agregar valor a alimentos comuns à dieta das pessoas.

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O professor Aloísio José Antunes, diretor do Centro de Pesquisa em Ciência e Tecnologia do Leite (Ceptel) da Universidade Norte do Paraná (Unopar) defende a utilização do soro de leite na fabricação de outros produtos alimentícios para resolver um grave problema ambiental e permitir agregar valor a alimentos comuns à dieta das pessoas. O aproveitamento desse material foi apresentado na última quarta-feira, durante a 47ª Exposição Agropecuária, informou Marta Ortega, da Folha de Londrina/PR.

''O soro tem propriedades funcionais, como proteínas e sais minerais, que podem ser incorporados a outros alimentos. Um exemplo é o concentrado proteico do soro, que pode ser utilizado em misturas de pães, bolachas, bebidas lácteas, etc'', disse o pesquisador, lembrando que o soro não altera o gosto do alimento, aumenta o valor nutritivo e diminui o teor de gordura.

O soro é resultante da fabricação de queijo. Cada 10 quilos de leite dão origem a um quilo de queijo e a nove de soro. Estimativas apontam que a produção de leite no Brasil é de 25 bilhões de litros por ano. Desse total, 30% é destinado à fabricação de queijo - que representam 7 bilhões de litros de soro. ''O soro tem 0,7% de proteína, isso significa um desperdício de 40 mil toneladas de proteínas'', alerta.

A proposta é concentrar a proteína num processo de ultrafiltração e secagem. O sistema utilizado - o Spray Dryer -, permite a obtenção do pó do soro de leite concentrado com cerca de 80% a 85% de proteína.

A transformação do soro em pó vem sendo testada há três meses, em Londrina, pela Cooperativa Central Agroindustrial (Confepar). Segundo o presidente da empresa, Renato José Beleze, a capacidade diária de produção é para 400 mil litros de soro.
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Lucas Alves Marçal
LUCAS ALVES MARÇAL

ECOPORANGA - ESPÍRITO SANTO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 23/04/2007

Bela pesquiza feita pelo professor Aloisio José Antunes. Laticínios e cooperativas que fabricam queijo devem repensar a idéia do aproveitamento do soro ao invés de poluir os rios como dejeto.
Gisele Patrícia do Couto Oliveira
GISELE PATRÍCIA DO COUTO OLIVEIRA

JOÃO PINHEIRO - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 22/04/2007

É genial saber que há pesquisadores com visão futurista, pensamento ecológico e aberto a novas opções. Parabenizo o professor Aloísio José Antunes pela iniciativa.
Marcelo Santana
MARCELO SANTANA

OUTRO - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/04/2007

Srs.

Acredito que todo este trabalho elencado pelo Professor Aloísio se refere a "soro doce", que hoje já possui um mercado e/ou utilização mais ampla.

Portanto, gostaria de saber como andam as pesquisas para o aproveitamento do "soro ácido", principalmente aquele obtido com a fabricação do requeijão cremoso, pois atualmente é utilizado como resíduo para alimentação animal - principalmente suínos.
Qual a sua dúvida hoje?