O uso de soja torrada na dieta das vacas é comum em muitos lugares do mundo e, agora, pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia (Penn State), dos Estados Unidos, descobriram que esse produto quando rico em ácido oleico podem oferecer benefícios para vacas leiteiras. A soja contém cerca de 20% de gordura, que normalmente é rica em ácidos graxos poli-insaturados, menos estáveis e suscetíveis de se tornarem rançosos rapidamente.
"Por muitos anos, o óleo de soja foi hidrogenado para produzir margarina, gordura e óleo de fritura, mas há mais de uma década percebemos que as gorduras trans eram muito ruins para nós e aumentavam as doenças cardíacas, entre outras coisas”, afirmou Kevin Harvatine, professor associado de Fisiologia Nutricional da Faculdade de Ciências Agrárias da Penn State. "O ácido oleico é um ácido graxo insaturado e é muito mais estável ao fritar e armazenar, o que despertou interesse em estudar o aumento da soja com alto teor de ácido oleico e baixo teor de gordura poli-insaturada", completa.
Os métodos convencionais de melhoramento de plantas tiveram muito sucesso no aumento do ácido oleico no óleo de girassol e açafrão, com algumas variedades contendo mais de 80% de ácido oleico. Porém, estes métodos plantas falharam na criação de soja com alto teor de ácido oleico. Por isso, utilizou-se abordagens de engenharia genética para criar variedades com alto teor de ácido oleico, contendo cerca de 75% deste composto e menos de 10% de gordura poli-insaturada.
"A soja com alto teor de ácido oleico é cultivada há vários anos, mas apenas recentemente tem estado disponível para crescer fora dos contratos", disse ele. "As sementes são vendidas a um preço comparável às sementes normais e não diferem no rendimento ou na concentração de proteínas e gorduras, portanto, o custo de produção é comparável", concluiu.
As informações são do Agrolink.