Sistema desenvolvido pela Embrapa pode antecipar semeadura da 2ª safra de milho

Responsável por mais de 70% da produção de milho no Brasil, a segunda safra vai ganhar um novo aliado para reduzir riscos de perdas por causa do clima e impulsionar a colheita do grão, em franca expansão no país com demanda forte e preços altos.

Publicado por: MilkPoint

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Responsável por mais de 70% da produção de milho no Brasil, a segunda safra vai ganhar um novo aliado para reduzir riscos de perdas por causa do clima e impulsionar a colheita do grão, em franca expansão no país com demanda forte e preços altos.

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A Embrapa criou o Sistema Antecipe, um método que viabiliza o plantio mecanizado do cereal, de forma intercalada, nas entrelinhas de lavouras de soja em fase de enchimento de grãos. O sistema pode antecipar em até 20 dias o início da semeadura do cereal na safrinha, normalmente realizado apenas após concluída a colheita da oleaginosa.

Na hora da colheita da soja, o milho cultivado nas entrelinhas é cortado junto, mas preservando um pequeno caule em cada planta. Nesse momento, toda a lavoura do cereal já está implantada, com as raízes em desenvolvimento, e continuará a crescer, sem prejuízo de produtividade, como explica Paulo César Magalhães, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo.

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Plantado na época ideal, o milho pode se desenvolver com condições mais favoráveis e ganhar rendimento. Outro benefício apontado pela Embrapa é a redução nos custos de produção da soja, já que a lavoura não precisará ser dessecada com produtos químicos para adiantar o plantio do cereal na segunda safra. “Há benefícios operacionais, econômicos e ao meio ambiente”, reforçou Décio Karam, que liderou a pesquisa na estatal.

O objetivo é possibilitar, por exemplo, o uso de variedades de soja de ciclo mais longo e mais produtivas - e, mesmo assim, garantir a implantação a tempo da safrinha de milho. Caso ganhe escala, o sistema pode viabilizar o plantio do cereal em regiões onde a segunda safra ainda não foi plenamente estabelecida, segundo Alysson Paolinelli, presidente-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).

“Plantamos pouco milho em relação à soja que colhemos. Dá para plantar mais, e essa antecipação, se convencer o produtor e der resultado melhor, pode ser um caminho”, disse Paolinelli ao Valor. Para ele, a técnica será “fenomenal” para uso no Centro-Sul e em Mato Grosso.

A Embrapa desenvolveu um aplicativo pelo qual os produtores poderão acompanhar o desenvolvimento da lavoura de soja e obter orientações sobre o momento adequado para o plantio do milho. Outra invenção é uma máquina semeadora-adubadora que faz o plantio e a adubação do milho, “sem que haja danos mecânicos, amassamento, perda de área foliar ou outro prejuízo que comprometa a produtividade da soja”, afirmam os pesquisadores. A máquina é fruto de uma parceria com a Jumil, de implementos agrícolas. O equipamento deverá começar a ser vendido em 2021/22.

As informações são do Valor Econômico.

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