A disparidade entre os valores pagos no Rio Grande do Sul chega a até R$ 0,20 nas Missões e em Ijuí e, em outros pontos do estado cai para R$ 0,08. "Alguns produtores chegam a receber R$ 0,55 pelo litro, enquanto outros recebem R$ 0,33", exemplifica o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), Elton Weber. De acordo com ele, as empresas estariam valorizando mais o item quantidade do que qualidade do produto na hora da compra.
O assunto será alvo da próxima reunião da entidade com o Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat), que deverá ocorrer na segunda quinzena de julho. O diretor executivo do Sindilat, Jones Raguzoni, explica que o preço médio é balizado pelo padrão de qualidade do leite. "Cada empresa define quais os atributos que mais valoriza na mercadoria", diz. O presidente da Associação Gaúcha dos Laticinistas (AGL), Ernesto Krug, argumenta que a precificação é baseada na conjunção da qualidade apresentada com a quantidade produzida.
Mas o diretor da Laticínios Roessler, Clóvis Roessler, afirma que muitas indústrias pagam sobre o volume adquirido. "Existem produtores que vendem de cinco a 10 litros por dia. Outros que têm 1.000 litros/dia. O custo para a indústria deslocar um caminhão é o mesmo". Ele também argumenta que alguns pequenos produtores não resfriam o leite e operam sem muita higiene, o que influencia na avaliação. Mas assegura que não há distinção da indústria entre os grandes e os pequenos produtores. "Quem investir, vai ter o retorno."
As informações são de Thaíse Teixeira para o Correio do Povo.
Sindilat-RS discute formação de preços de leite
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MÁRCIO REZENDE MAGALHÃES
BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 04/07/2006
A disparidade nos valores pagos pelo litro de leite é um problema em todo o país, que se justifica pela qualidade e quantidade fornecida por cada produtor, e não deixa de ser um critério.
Entretanto, o que mais me preocupa atualmente no preço do leite pago ao produtor é a relação com o preço praticado pelo comércio. Historicamente, o leite oferecido aos consumidores finais nas gôndolas dos supermercados sempre trabalhou com uma margem de 100% em relação ao preço médio pago ao produtor. Assim, um preço médio de R$0,50 pago ao produtor significava um preço final em torno de R$1,00 nos supermercados.
Acontece que nos últimos meses, o preço médio pago ao produtor manteve-se, no máximo, nesse patamar de R$0,50 enquanto no comércio em geral não encontramos leite a menos de R$1,30. Os 100% de margem passou para 160%! Alguém está ganhando muito, mas infelizmente, e mais uma vez, não é o produtor rural..
Entretanto, o que mais me preocupa atualmente no preço do leite pago ao produtor é a relação com o preço praticado pelo comércio. Historicamente, o leite oferecido aos consumidores finais nas gôndolas dos supermercados sempre trabalhou com uma margem de 100% em relação ao preço médio pago ao produtor. Assim, um preço médio de R$0,50 pago ao produtor significava um preço final em torno de R$1,00 nos supermercados.
Acontece que nos últimos meses, o preço médio pago ao produtor manteve-se, no máximo, nesse patamar de R$0,50 enquanto no comércio em geral não encontramos leite a menos de R$1,30. Os 100% de margem passou para 160%! Alguém está ganhando muito, mas infelizmente, e mais uma vez, não é o produtor rural..