Sidilaticínios/CE: queda de preços ocorre em todo o NE

Rebatendo as críticas do presidente do Sindicato dos Produtores de Leite do Estado (Sindileite), José Sobrinho, sobre redução de preço pago ao produtor cearense, o presidente do Sindicato das empresas do setor (Sindilaticínios), Frederico Hosanan Pinto de Castro, afirmou em reportagem do Diário do Nordeste que a redução de preços não é um fenômeno do Ceará e sim de todo o Nordeste.

Segundo ele, enquanto no estado a redução no preço pago pelo litro de leite in natura pelas indústrias estaduais foi de R$ 0,03 por quinzena, uma multinacional que opera no Nordeste comunicou aos produtores que estaria reduzindo em R$ 0,10 o valor do produto comprado na primeira quinzena deste mês e em mais R$ 0,07 nos últimos 15 dias de outubro. "Nós reduzimos bem menos e ainda estamos pagando, em média, acima do estipulado pelo governo federal para abastecer seus programas sociais (R$ 0,63 sem o desconto de impostos e frete)", argumentou.

O motivo da redução em toda a região é a maior oferta do produto ao consumidor final, proveniente de indústrias dos estados do Sul. "Para competir com as indústrias de fora, que chegaram a vender, aqui, leite longa vida a até R$ 1,60 o litro, enquanto aqui comercializávamos entre R$ 2,10 e R$ 2,15 o mesmo produto, fomos forçados a fazer essa redução no valor pago aos produtores", justificou.

Castro fez questão de ressaltar também que o que está acontecendo não é uma imposição do sindicato. É a lei da oferta e da procura. "Se não baixássemos ninguém ia vender", disse, não indicando se haverá novas reduções.

Ainda de acordo com ele, o Sindilaticínios vem solicitando ao governo federal um realinhamento nos preços do leite, assim como um aumento das cotas fornecidas pelo estado.