Setor pede apoio à comercialização

O presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, disse esperar que a equipe econômica do governo aprove ainda este ano a liberação de três instrumentos de apoio à comercialização, como forma de enfrentar a crise de preços baixos que vem atingindo o setor desde julho deste ano.

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O presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, disse esperar que a equipe econômica do governo aprove ainda este ano a liberação de três instrumentos de apoio à comercialização, como forma de enfrentar a crise de preços baixos que vem atingindo o setor desde julho deste ano.

Entre os instrumentos pleiteados pelo setor produtivo estão operações de Empréstimos do Governo Federal (EGFs), no valor total de R$ 300 milhões para financiar a estocagem. Além disso, esperam a aprovação do Prêmio de Risco para Aquisição de Produto Agrícola (Prop), no valor de R$ 100 milhões. O prêmio é uma subvenção econômica concedida em leilão público ao segmento consumidor, no caso a indústria, que pode adquirir (em data futura) o produto diretamente de produtores ou por meio de cooperativas, pelo preço de exercício fixado, a partir de um contrato privado de opção de venda, obtidos por meio de leilão público.

Para o Prop, a cadeia produtiva espera que o governo determine um valor mínimo de R$ 0,60 por litro para as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste e de R$ 0,55/litro para o Sul do país. Conforme Alvim, o setor também pleiteia a inclusão do leite na Linha Especial de Crédito (LEC), que se destinada ao financiamento da estocagem de produtos de produção própria para venda futura em melhores condições de mercado ou a estocagem de produtos adquiridos pelas empresas diretamente de produtores e de suas cooperativas. ''O governo tem se mostrado sensibilizado com a crise do setor'', disse Alvim.

Ontem (25), pecuaristas de leite de diversas regiões mineiras se reuniram em uma audiência pública na Assembléia Legislativa, para pedir aos deputados estaduais apoio às medidas. Durante a audiência, o superintendente da Associação Minas Leite, José Américo Simões, defendeu ainda a criação de um fundo de Marketing, que seria composto por recursos pagos por diversos segmentos da cadeia produtiva, para incentivar o consumo do produto no País. Ele também pleiteou que o leite seja incluído na merenda escolar das escolas públicas.

Segundo Rodrigo Alvim, ainda não há como prever o comportamento de preços no último bimestre do ano, já que a oferta costuma aumentar com o início do período de chuvas. Da mesma forma, de acordo com ele, ''não há como saber como a crise global irá afetar o setor no próximo ano e por isso, a orientação aos produtores é de que não façam qualquer tipo de investimento'', pondera.

Em 2008, porém, o Brasil deverá bater recordes de exportações. Até outubro o setor bateu a meta de vendas de 1 bilhão de litros para o exterior, com uma receita de US$ 453 milhões. O superávit da balança comercial de lácteos atingiu o patamar de US$ 277 milhões até outubro e praticamente atingiu o mesmo valor de todas as exportações registradas no ano passado, de US$ 295 milhões. Os preços no mercado internacional, entretanto, estão menos atrativos e vêm atingindo uma média de US$ 2,2 mil a US$ 2,5 mil/tonelada. Em setembro de 2007, o produto atingiu o pico de US$ 5,7 mil/tonelada.

A matéria é de Raquel Massote, da Agência Estado, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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