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Seis fatores que influenciarão o mercado de lácteos dos Estados Unidos em 2016

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 22/12/2015

7 MIN DE LEITURA

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 O Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC) identificou seis fatores que influenciarão a oferta, a demanda e a capacidade da indústria de lácteos dos Estados Unidos a competir no mercado internacional no próximo ano. São eles:

1. Um mundo com muito leite

Por meses, o USDEC disse que o crescimento da produção de leite pelos exportadores mundiais precisa cair para se adequar aos menores níveis de compra na China e na Rússia.

Apesar das compras muito reduzidas da China e da Rússia e do declínio nos preços ao produtor, a produção de leite para muitos permaneceu suficientemente lucrativa para baixo, mas não impediu importantes aumentos no crescimento da oferta líquida. A produção de leite dos cinco maiores fornecedores – União Europeia (UE), Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália e Argentina – aumentaram em 2% de abril de 2015 (depois da remoção das cotas de produção de leite da UE) até setembro. O USDEC estima que a produção no quarto trimestre de 2015 desses cinco países mostrará um aumento de cerca de 1%.

Os fluxos de leite estão desacelerando, mas não rápido o suficiente para dar conta do declínio na demanda. Entrando em 2016, grandes questões sobre a oferta incluem:
Qual será o impacto do El Niño (e subsequente La Niña?) na produção, particularmente na Oceania?

Os processadores da Europa continuarão pagando a seus produtores o suficiente para conter a contração?

A produção de leite na China continuará aumentando, mesmo diante da redução dos investimentos no setor, mitigando, dessa forma, a necessidade de importações?

2. Mudando o mix de produtos

Nesse ano, a Nova Zelândia mudou estrategicamente seu mix de produtos para reduzir a dependência do comércio de leite em pó integral com a China. Similarmente, a UE redirecionou o leite que era destinado às vendas de queijos à Rússia. Ambos os gigantes de exportação entraram de forma mais pesada no mercado de leite em pó desnatado e manteiga, aumentando os esforços de marketing de exportações e aumentando sua presença em importantes mercados dos Estados Unidos, incluindo Sudeste da Ásia, Coreia do Sul, Japão, Oriente Médio e até México.

A competição intensificada em queijos, leite em pó e outros produtos ocorreu rapidamente. A Nova Zelândia, de fato, exportará aproximadamente o mesmo volume de queijos nesse ano que os Estados Unidos, depois de esse país ter alcançado o papel de “maior exportador de queijos do mundo” em 2013.

Considerando que não haja mudanças no embargo russo ou nos hábitos de compra da China em 2016, para onde a UE e a Nova Zelândia direcionarão sua oferta de leite, bem como seus investimentos na capacidade de processamento?

Durante os últimos anos, importantes processadores europeus investiram centenas de milhões de dólares em plantas para secagem de leite em pó e proteínas do soro do leite. O investimento da Nova Zelândia tem mudado de leite em pó para produtos com valor agregado, como lactoferrina, leite UHT, concentrado de proteína do leite e queijos.

3. Crescimento econômico da China


O crescimento econômico direciona o consumo de lácteos. Os sinais econômicos para o ano que vem são decentes – o Fundo Monetário Internacional (FMI) projeta um ganho respeitável de 4,5% no PIB para mercados emergentes e em desenvolvimento em 2016, meio ponto a mais do que a estimativa desse ano, de 4%.

Entretanto, a agitação política, os menores preços do petróleo em seis anos e as preocupações sobre a economia da China criaram um risco significativo de queda. A economia chinesa mais fraca (o que a China está chamando de “o novo normal”) traz uma preocupação particular, não somente para seu impacto no consumo doméstico, mas também, em como isso afetará as economias (e o consumo) no Sudeste da Ásia, Japão, Coreia e o restante do mundo.

Algumas coisas para se ter em mente:

O crescimento do PIB da China está ainda expandindo a uma taxa maior do que 6% e um crescimento de 6-7% na economia do tamanho da China realmente leva a maiores ganhos gerais do que o crescimento de duplo dígito de uma década atrás, quando o PIB da China era menor.

Apesar dos sinais de perigo nos setores de bancos, processamento e outros setores, os gastos dos consumidores chineses permanecem fortes. De fato, essa é a melhor parte da economia, um sinal positivo para os esforços da administração para converter de uma economia baseada em exportação em uma baseada no consumo privado.

A China está tomando medidas para apoiar o crescimento do consumo, como remoção da política de filho único e fazendo um lobby bem sucedido para que o FMI conceda o status de moeda de reserva do yuan, uma medida que alguns analistas dizem que ajudará a direcionar mais reformas para facilitar uma economia de consumo.

4. Mudanças rápidas nas leis e regulamentações

O USDEC vem trabalhando com autoridades chinesas para implementar novos requerimentos de registro de plantas de lácteos para fornecer produtos para importação desde maio de 2014. Atualmente, a China está avaliando os resultados das auditorias de plantas conduzidas no verão passado. A situação é um exemplo perfeito do tempo e do esforço requerido para cumprir com os requerimentos reguladores externos e facilitar o contínuo crescimento das exportações de lácteos dos Estados Unidos.

As nações que representam cerca de metade da população mundial estão em processo de reescrever suas leis de segurança alimentar. Isso não inclui países que podem estar estreitando seus sistemas de indicações geográficas ou contemplando regulamentações nutricionais ou de rotulagem. Essas questões ganharão espaço em 2016, incluindo a revisão de certificado sanitário da Turquia e o sistema de registro de plantas na Coreia do Sul. Qualquer mudança nos regimes regulamentadores existentes têm potencial a afetas as exportações de lácteos dos Estados Unidos. Não há dúvidas, haverá mais em 2016.

5. Crescimento na confusão nos acordos internacionais comerciais

O USDEC ainda está analisando mais de 6.000 páginas do rascunho da Parceria Trans-Pacífico (TPP) que determinarão os impactos do acordo nas previsões comerciais da indústria de lácteos. Não importa a avaliação final, do ponto de vista dos lácteos, esse acordo não alterará o fato de que os Estados Unidos precisam continuar agressivos nas negociações de acordos comerciais que beneficiam os lácteos dos Estados Unidos para aumentar sua competitividade global.

Em 20 de dezembro, os ALCs entre Austrália/China, Nova Zelândia/Coreia do Sul deverão entrar em vigor e impulsionarão a competição da Oceania em dois importantes mercados dos Estados Unidos no ano novo.

Sem contar a TPP, Austrália, Nova Zelândia e União Europeia (UE) combinados estão atualmente negociando ALCs com mais de 40 países, incluindo outros grandes compradores dos Estados Unidos. Não somente o acesso ao mercado de lácteos é uma prioridade para todos os três, mas a UE está usando acordos comerciais para transferir seu regime restritivo e indicação geográfica para o máximo de países possível, criando barreiras de acesso a mercados para o comércio de queijos dos Estados Unidos.

ALCs bem negociados levam diretamente a ganhos em exportações dos Estados Unidos. Uma análise dos 18 ALCs dos Estados Unidos por Peter Vitaliano, da Federação Nacional de Produtores de Leite (NMPF) indica que os acordos adicionaram quase US$ 6 bilhões às exportações dos Estados Unidos em 2004-2014 (em vendas de produtos). Há muito ganhos com negociações de ALCs e muito a perder ao ficar de fora, enquanto os concorrentes fazem seus próprios acordos.

À medida que nossos competidores continuam avançando agressivamente, cabe a nós garantir que estamos fazendo isso bem – particularmente com importantes parceiros comerciais que precisam de importações de lácteos.

6. O aumento do dólar americano
O dólar dos Estados Unidos se valorizou 11-15% contra as moedas de seus três principais concorrentes – Austrália, União Europeia (UE) e Nova Zelândia – durante 2015. Um impulso iminente às taxas de juros dos Estados Unidos poderiam direcionar o dólar para cima nos próximos meses. Para as exportações de lácteos dos Estados Unidos, essas não são notícias exatamente boas, mas é importante manter as taxas de câmbio em perspectiva.

Apesar de a moeda ter um papel no comércio de lácteos, esse papel é secundário por muitos outros fatores, com a oferta e a demanda no topo da lista. A principal área de preocupação para o aumento do dólar é o potencial impacto que tem na demanda de importantes nações importadoras. Como o comércio de lácteos é denominado em dólares dos Estados Unidos, um dólar forte pode aumentar os preços de importação que eventualmente buscarão seu caminho até os consumidores e potencialmente deterão o consumo. Isso podem prejudicar o crescimento da demanda e seria ruim para os exportadores de lácteos de todos os países.

As informações são do USDEC, traduzidas pela Equipe MilkPoint

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