SanCor: produtores pedem um plano de reestruturação

Enquanto o vice-presidente da cooperativa de lácteos argentina SanCor, Ítalo Gastaldi, afirmou que o acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bandes) da Venezuela para receber um financiamento de US$ 135 milhões "vai muito bem" e tem "boas perspectivas", os produtores da cooperativa pedem maiores informações e uma reestruturação da cooperativa.

O produtor Omar Allochis disse que ainda não houve novos encontros com assessores ou diretores da empresa para conhecer a nova situação. "Não sabemos mais do que o informado pela mídia, inclusive, desconhecemos quantas toneladas de leite em pó temos que entregar, não sabemos a que preço será fornecido ou se seguirá os preços internacionais, tampouco sabemos como será a questão dos interesses".

Allochis se mostrou preocupado com a reestruturação da empresa para não voltar a entrar em crise "em 2 ou 3 anos".

"Se seguirmos com esta política, vamos trocar uma dívida pela outra, e em vez de devermos aos bancos, vamos dever à Venezuela; vamos gerar mais compromissos econômicos, porque o dinheiro que emprestam terá que ser devolvido. Queremos que se desestruture a parte administrativa".

A reestruturação política da SanCor parece para o setor produtivo como uma necessidade. A perda da confiança, disse Allochis, "não é uma questão de dinheiro". Neste sentido, ele disse que a cooperativa pode chegar a produzir 4 milhões de litros por dia, mas isso não vai pagar a dívida.

A reportagem é do La Capital, publicada no site E-campo.com.