Reportagem de José Bordón para o jornal argentino La Nación informou que, apesar dos anúncios realizados em Caracas no dia 11 de dezembro, a cooperativa de lácteos argentina SanCor ainda não recebeu nem uma parte do crédito de US$ 135 milhões que o Governo da Venezuela se comprometeu a efetuar através do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (Bandes) do país para sanar o déficit financeiro e operacional da cooperativa.
A situação obrigou os assessores financeiros da empresa a convocar reuniões de urgência com os credores bancários para re-financiar capital e juros da dívida que venceram no final do ano passado.
Somente foi informado que a primeira remessa será de US$ 3 milhões, que será desembolsado entre janeiro e março, e que possibilitará abonar em cotas os furos de créditos pendentes de cancelamento. Este foi o argumento usado pela SanCor ante aos representantes dos bancos credores (CFI - Corporação Financeira Internacional, do Banco Mundial), Rabobank, Citibank, HSBC, e os nacionais Nación, Credicoop, Supervielle e Santa Fé).
Devido ao fato de ainda existirem pontos não resolvidos no acordo entre a SanCor e o Governo de Hugo Chávez, a cooperativa poderá atrasar o envio das primeiras 3000 toneladas de leite em pó que se comprometeu a enviar durante o ano de 2007. Porém, este volume aumentará até chegar a 8000 toneladas no final do acordo, em 2022. O preço pelo qual o produto será vendido ainda não foi resolvido.
A dívida da SanCor é de US$ 210 milhões, dos quais US$ 167 milhões estão re-financiados a oito anos e os outros US$ 40 milhões são empréstimos de curto prazo. Em setembro passado, após um exercício anual em que tinha registrado perdas de US$ 35 milhões, a SanCor deixou de pagar um vencimento de US$ 10 milhões de uma obrigação negociável, assim como um vencimento de capital anterior, de março, e outro posterior, de dezembro.
SanCor ainda aguarda dinheiro da Venezuela
Apesar dos anúncios realizados em Caracas no dia 11 de dezembro, a cooperativa de lácteos argentina SanCor ainda não recebeu nem uma parte do crédito de US$ 135 milhões que o Governo da Venezuela se comprometeu a efetuar através do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (Bandes).
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