Sadia reduz exposição a derivativos cambiais

A exposição da Sadia a operações de derivativos cambiais foi reduzida a US$ 966 milhões, informou a companhia. Em setembro, a conta dessa exposição estava em US$ 2,3 bilhões. De acordo com o diretor de Relações com Investidores da Sadia, Welson Teixeira Junior, a redução da exposição aconteceu com o vencimento natural dos contratos.

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A exposição da Sadia a operações de derivativos cambiais foi reduzida a US$ 966 milhões, informou a companhia. Em setembro, a conta dessa exposição estava em US$ 2,3 bilhões. O resultado líquido da redução dessa exposição só será conhecido com a divulgação do balanço do quarto trimestre, no início do ano que vem. De acordo com o diretor de Relações com Investidores da Sadia, Welson Teixeira Junior, a redução da exposição aconteceu com o vencimento natural dos contratos.

No trimestre passado, a maior produtora de frangos e suínos do País amargou um prejuízo financeiro de R$ 653 milhões depois de liquidar, antecipadamente, diversos contratos futuros em dólar. A liquidação aconteceu em setembro, quando, após a disparada do dólar, o conselho de administração tomou conhecimento do tamanho da exposição da companhia aos derivativos. Pelas regras da Sadia, a exposição com operações de proteção cambial (hedge) não pode passar do equivalente a seis meses de faturamento com exportações (US$ 1,7 bilhão).

Além de liquidar alguns contratos, a Sadia realizou novas operações para se proteger das operações em aberto, uma espécie de hedge do hedge. A empresa estava, no jargão do mercado, vendida em dólar futuro, e realizou operações de compra. Ao final de setembro, com a liquidação de alguns contratos, a exposição vendida foi reduzida para US$ 6,3 bilhões. Entretanto, com operações no sentido contrário no valor de US$ 4 bilhões, a exposição líquida caiu para US$ 2,3 bilhões. Nos últimos dois meses, com o vencimento natural de alguns contratos, a exposição vendida caiu para US$ 4,9 bilhões, resultando na exposição líquida de US$ 966 milhões.

Os contratos remanescentes de venda de dólar vencem até setembro de 2009. Dos contratos de compra de dólar, a metade (US$ 2 bilhões) vence até setembro de 2009. "No mês de outubro, as operações resultaram em um saldo positivo para a companhia", afirmou Teixeira. Ou seja, os ganhos com as opções de compra superaram as perdas com as opções de venda de dólar. O executivo não quis revelar o tamanho do ganho nem o saldo de novembro.

De acordo com o diretor da Sadia, a empresa já reservou recursos para eventuais perdas futuras com essas operações. "Temos R$ 1 bilhão livre em caixa", disse Teixeira. Ele não confirma, mas fontes do mercado revelam que a empresa está em contato com fundos de investimentos para se capitalizar. Conforme revelou a reportagem do Estado na semana passada, a empresa quer levantar algo como R$ 700 milhões a R$ 800 milhões com a venda de 15% a 20% de seu capital. "Temos vários estudos em andamento, mas não temos nada firmado", afirmou.

A matéria é de Mariana Barbosa, publicada no jornal O Estado de SP, adaptada pela Equipe MilkPoint.
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