Rubez: toda a cadeia está pagando pela adulteração
O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Leite Brasil), Jorge Rubez, afirmou que as cooperativas que fraudaram o leite respondem por 0,5% do total produzido no Brasil e toda a cadeia do leite está pagando pela adulteração. Segundo ele, existe uma tempestade em copo d´água, pois as cooperativas vinham fraudando o leite há dois 2 e não houve notícias de problemas de saúde decorrentes do consumo do produto no Triângulo Mineiro.
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Na opinião de Rubez, "a crise é passageira e não deve afetar o consumo de leite". Ele disse que ninguém deixa de abastecer o carro com gasolina quando surge uma denúncia de adulteração do combustível.
Segundo ele, a extensão do problema poderá se dimensionada dentro de 20 ou 30 dias, quando forem concluídas as análises das diversas marcas de leite existentes no mercado.
Rubez disse que há dez anos os produtores vêm cobrando do governo mudanças na fiscalização do setor leiteiro, com a implantação do sistema itinerante de inspeção. Ele afirmou que a associação inclusive doou recursos ao governo para compra de equipamentos para testes sobre adição de soro ao leite fluido e "todas atuações feitas pelos fiscais não deram em nada". Segundo Rubez, a questão deve ser analisada como um problema localizado. "Se o leite brasileiro tivesse problema de qualidade não estaríamos exportando para 80 países."
De acordo com ele, a queda do preço do leite não está associada à fraude, e sim ao aumento da produção nos últimos meses, após terem subido 20%. Ele acredita que os preços devem se manter pressionados até o final do ano, em função do aumento da oferta por conta da entrada da safra, mas no próximo ano devem se manter na faixa dos R$ 0,67 por litro, que remunera o custo de produção. As informações são de Venilson Ferreira para a Agencia Estado.
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RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 19/11/2007
Para realizar este sonho um industrial precisa de duas coisas, um mercado consumidor constante, e uma rede de fornecedores dependentes de sua indústria. Obviamente o primeiro elemento é um sonho impossível, já o segundo... nunca foi tão fácil de alcançar.
Primeiro cria-se insentivos para aumentar a produção, é um empréstimo para compra de matrizes aqui, a venda de um tourinho subsidiada alí, e o produtor fica tão feliz e cativado, que nem percebe a faca que se aproxima do pescoço na forma da IN51. Agora ele terá que se endividar ainda mais para continuar no negócio, e novamente as indústrias aparecem como as salvadoras da pátria, oferecendo o famigerado tanquinho resfriador em troca de leitinho. E quando o produtor começa vêr a luz no fim de tantos refinanciamentos, percebe que seu "benfeitor" era na verdade seu maior concorrente, quando o flagram diluindo o UHT com soro, e otras cositas mais.
Desta forma, as industrias seguem tratando os produtores como "cavalo de inglês". Voces conhecem a estória do cavalo do inglês, não? Então vou contar:
Reza a lenda que um inglês muito mesquinho ganhou um cavalo, e logo percebeu que o custo de alimentar o bicho estabulado não era pouco. Então resolveu estudar uma forma científica de reduzir o custo de alimentação do cavalo. Observou que sempre sobrava um resto de ração desperdiçado nos cantos do coxo, e começou a recolher e pesar este resto, para reduzir da próxima refeição do animal. Assim, foi obtendo seguidos exitos na redução do volume de ração, até que o animal, quando já estava se acostumando a sobreviver com quase um nada de alimento, faleceu de inanição.
Pois bem, os produtores que ainda não faliram, ou venderam suas terras e foram trabalhar de empregado para os outros, estão como o cavalo do inglês. Já venderam a F-1000, e estão andando de Uno Mile. O trator não sabe mais o que é manutenção preventiva, só quando quebra sem jeito de fazer gambiarra, e de quebra as oficinas tambem estão fechando. Roupa nova nem pensar, ajeita a velha e esconde o remendo quando for na cidade fazer compra do indispensável, e colocar no pendura.
Infelizmente, nosso país tão rico em economistas e doutores, que superlotam as secretarias, agências reguladoras, ministérios e autarquias em geral, é ao mesmo tempo muito pobre. Principalmente no tocante a pessoas com experiência prática no dia-a-dia da produção leitera, capazes de produzir normas mais adequadas ao país que a IN51.
ITABERAÍ - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 11/11/2007
É muito lamentaável a situação momentânea pela qual passa a cadeia qual pertencemos, mas, tudo que se planta colhe, diz o dito popular.
Gostaria de acrescentar alguns pontos de vista ao assunto. Amigo Roberto Carlos de Castro, cobrar mais fiscalização e rigor não vai resolver o nosso problema, pois, até no início do ano, exercia a função de médico verterinário do S.I.F. de um frigorífico, portanto, prestador de serviços ao Ministério da Agricultura, o qual, pela fala do ministro, estaria aumentando a fiscalização e diminuindo o número de estabelecimentos inspecionados pelos colegas fiscais federais agropecuários.
Pois bem, balela do Sr. ministro, uma vez que conheço de perto a escassez de profissionais para executarem as funções de inspeção dentro da cadeia da carne e do leite.
O concurso realizado recentemente não deu nem para refrescar os que estão saindo, quanto mais para os estabelecimentos que estão iniciando sua operação. Não existe a condição que foi declarada e ponto final. E a I.N. 51? Está deverá ser cumprida por necessidade de adequação ao mercado.
José Sampaio Filho, ao ler o final da sua opinião, senti um grande aperto no peito, uma vez que suas palavras vieram muito carregadas de uma verdade cada vez mais comercial e marketerizada, usando os produtores rurais, apaixonados pelo que fazem, de meros instrumentos para se atingirem o objetivo capitalista e totalmente selvagem, com os produtores e consumidores.
Apesar de tudo e de estar iniciando a minha produção na atividade, não pela onda, mas pela paixão, também acredito que vale a pena acreditar, não pelo mercado, mas pela imensa população que merece um produto digno, oriunda de pessoas dignas como cada um que produz com suor e honestidade.

SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 08/11/2007

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 06/11/2007

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 06/11/2007
Alguns, os que sempre manobram os preços, quando decidiam estocar o leite com a soda caustica, acrescido do soro/água (é o que se lê na imprensa), desovavam os estoques quando conveniente.
No meio desse processo, não tanto como o consumidor, sofrem os produtores: que quando acham que os preços, por falta de produção nacional, secas, etc, vão subir, aí parecem, ou melhor apareciam as "importações" para justificar o aumento nas prateleiras dos consumidores. E o preço caiam.
Pois não é que eram água, soro, etc.! E só foi desmascarado o processo porque não tinham mais importações para servir de bode expiatório, uma vez que do Mercosul não vinham. Triangulações, também não tinham de onde vir. E aí a casa caiu.
Perguntas que se fazem no momento: Nós, produtores vamos investir, tornar a produção nacional uma coisa real e quem sabe talvez até lucrativa? Ou ainda vamos fornecer matéria-prima, produzida com dedicação, prejuízo, paixão, e vê-la transformada em coisa nociva pela falta de escrúpulos de alguns, que não são os produtores? Acho que ainda é de se acreditar. Vamos tentar.
MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 03/11/2007

SANTA VITÓRIA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 01/11/2007

SÃO CARLOS - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 01/11/2007
Sr. Jorge, na comparação com gasolina, lembre-se que o nível de preocupação dos consumidores com seus filhos é infinitamente maior que com seus carros.
Todos já sentiram a queda no consumo do leite longa-vida, e o pasteurizado teve aumento de vendas, mas não conseguirá absorver nem 10% do volume perdido pelo UHT. Portanto, os preços do leite cru no spot nos próximos 15 dias nos mostrarão qual era realmente a dimensão do volume de leite adulterado.
Se com toda essa queda de consumo e início das chuvas o preço spot não cair, será a prova de que o volume adulterado era muito maior do que todos imaginavam...

NOVA GRANADA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 01/11/2007
A produção pode até ter aumentado, mas todos sabemos que se não mais houver soro vendido como leite e tentativa de recuperação de leite de má qualidade teremos reflexos positivos nos preços pagos aos produtores.
O estrago já está feito e por isso devemos encarar os problemas de frente e defender com unhas e dentes que o leite se mantenha íntegro e com qualidade até chegar ao mercado consumidor.