RS: região está na rota mundial do leite

As favoráveis condições climáticas, de pastagens e alternativas logísticas colocam o Rio Grande do Sul ao lado dos mercados mais competitivos no mundo. Para aproveitar esse potencial gaúcho, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) investiu em uma fábrica de leite em pó em Cruz Alta e quer inserir o maior número de produtores, de 350 municípios, na cadeia produtiva. Para isso, todo suporte técnico será oferecido pelas cooperativas associadas de forma a aumentar o rendimento e tornar o negócio lucrativo também aos produtores.

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As favoráveis condições climáticas, de pastagens e alternativas logísticas colocam o Rio Grande do Sul ao lado dos mercados mais competitivos no mundo. Para aproveitar esse potencial gaúcho, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) investiu em uma fábrica de leite em pó em Cruz Alta e quer inserir o maior número de produtores, de 350 municípios, na cadeia produtiva. Para isso, todo suporte técnico será oferecido pelas cooperativas associadas de forma a aumentar o rendimento e tornar o negócio lucrativo também aos produtores.

Diferente do consumo mundial atualmente maior do que a oferta, o Rio Grande do Sul já produz acima da necessidade e abre espaço à exportação. Apenas cinco países, além do Brasil, possuem potencial para aumentar a produção sem prejudicar o mercado interno: Estados Unidos, França, Alemanha, Índia e Nova Zelândia. Destes, apenas os dois últimos possuem crescimento na produção acima de 2,5% ao ano e condições de competir no mercado externo junto aos produtores brasileiros. O Brasil e a Índia, porém, ainda não conseguiram atingir produtividade acima de três mil toneladas de leite por vaca. As brasileiras estão na média de 1,7, enquanto as indianas em 2,5.

De acordo com o presidente da CCGL, Caio Vianna, falta principalmente assistência técnica aos produtores para aumentar a produtividade, de forma a atingir cerca de 30 litros por animal por dia ou cerca de 15 mil litros por hectare de terra por ano. "Temos de ver as oportunidades e buscar aprimoramento. Com o crescimento da população mundial, aumento da renda per capita e principalmente de consumo de leite no sudoeste da Ásia e leste e norte da África, o negócio se tornou muito atrativo e temos de buscar esse mercado. O Brasil tem terras disponíveis e não é preciso comprar mais vacas. É só dar comida para elas."

Vianna ressalta que, diferente do hemisfério norte, o Brasil pode garantir qualidade na produção de leite mesmo ao manter o gado na pastagem durante as 24 horas do dia e oferecer suplementação alimentar apenas no momento da ordenha. Estudos do Conselho técnico da CCGL demonstram que é possível atingir a produção de 15 mil litros de leite por hectare, com cerca de três a quatro animais. O objetivo, no entanto, é alcançar os 33 mil litros por hectare. "Com potencial para produção, a grande diferença do Brasil para outros países é que aqui os técnicos podem gerar mudanças na atividade. Temos a melhor região do mundo para produzir leite com custo viável e o projeto da CCGL é da porteira da fábrica para o campo. Nosso objetivo é pensar também no produtor", afirmou.

O Rio Grande do Sul, junto com as regiões oeste catarinense e paranaense, possui, segundo o presidente da CCGL, o melhor potencial logístico e de produção do mundo. Em segundo lugar estão o Uruguai e Argentina. Com território menor que o Estado, a Nova Zelândia é o maior exportador de leite do mundo, com produção de 15 bilhões de litros por ano e abastecimento de 33% do mercado.

As informações são do Jornal A Razão/RS, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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Luciano Fernandes
LUCIANO FERNANDES

CANOAS - RIO GRANDE DO SUL - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 28/11/2008

Realmente. Hoje, com a competitividade que temos no RS, a CCGL está no rumo certo, crescendo a produção por hectare e agregando cada vez mais produtores com potencial de crescimento. Só assim, com este espírito, que o RS se tornará o berço leiteiro do país.
Ricardo Eirea
RICARDO EIREA

MONTEVIDEO - MONTEVIDEO - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 27/11/2008

Seria muito interessante que o Sr. Caio Vianna autorizasse o Conselho Técnico que o assessora, a postar em marcha de "um modelo" produtivo com esses objetivos. Sugiro-lhe selecionar 4 ou 5 produtores "a convencer e que se disponham". Sugiro-lhe além que pelo efeito posterior ou melhor dizendo para melhor impacto na extensão para o futuro, este programa alinhado para protótipos de médios e pequenos produtores, sempre com o objetivo "perfeitamente possível", de 33.000 litros de leite por hectare/ano.

Desde já, tenha previsto que das próprias instalações as granjas leiteiras, serão outras completamente diferentes às atuais e que deverão estar sujeitas a um tipo de organização e manejo "completamente diferente às atuais" e desde já o Sr. Vianna, terá que ter presente que de maneira nenhuma poderá estar sujeita a sistemas pastoris, mas sim rigorosamente a sistema do Free Stall.

Visto assim, porque não?? Asi, é perfeitamente "produtiva e economicamente possível, as 4 vacas por ha e os 33.000 litros de leite anuais.
Ricardo Eirea -Uruguai
Fabio Lessi Coghi
FABIO LESSI COGHI

TANABI - SÃO PAULO

EM 17/11/2008

Muito bom o sul do Brasil estar neste patamar de produçao. Por isso que os produtores estao vendendo seu leite a R$ 0,26 o litro.
Qual a sua dúvida hoje?