RS: redução do preço não gerou aumento no consumo

A desaceleração nas exportações de leite, somada ao aumento de produção e às barreiras tributárias impostas ao produto gaúcho pelo Estado de São Paulo, está chegando ao supermercado. De julho para cá, o leite tipo C está 7% mais barato. No entanto, os pontos-de-venda não perceberam o aumento no consumo.

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A desaceleração nas exportações de leite, somada ao aumento de produção e às barreiras tributárias impostas ao produto gaúcho pelo Estado de São Paulo, está chegando ao supermercado. De julho para cá, o leite tipo C está 7% mais barato. No entanto, os pontos-de-venda não perceberam o aumento no consumo.

"Se o valor do litro caísse 30%, nossas vendas do produto subiriam 3%. Ninguém toma ou deixa de tomar leite por causa do preço", explica Antônio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha dos Supermercados (Agas).

Há três motivos para a queda do preço do leite. No ano passado, os produtores ganhavam até R$ 0,25 a mais pelo litro vendido à indústria. E os investimentos na cadeia leiteira ofereciam boas perspectivas. Assim, os produtores apostaram no aumento da produtividade, diz o secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios e Derivados do Estado (Sindilat/RS), Darlan Palharini. "O acréscimo na produção variou entre 15% e 20% e o consumo não acompanhou", afirma Palharini.

"O setor não esperava contratempos como a guerra fiscal. O governo paulista decidiu taxar produtos lácteos vindos de outros Estados com alíquota de até 18%, enquanto os laticínios locais são isentos", diz o secretário do Sindilat/RS. "Como São Paulo é um dos principais compradores do leite gaúcho, e o Rio Grande do Sul não consome toda a sua produção, essa diferença teve de ser absorvida pela indústria. Além disso, as exportações de leite cresceram em velocidade menor", diz Palharini. Resultado: mais caixinhas nas prateleiras e preços em queda.

Bom para o consumidor, ruim para o produtor, que vem ganhando de 10% a 20% a menos, e já se mexeu: está reduzindo a produção para evitar o excesso, o que começa a estabilizar o preço. Ou seja, dificilmente o leite ficará ainda mais barato.

As informações são do Jornal Zero Hora/RS, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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