RS: produção deve aumentar 70% para suprir demanda

Com a instalação de novas indústrias de laticínios e maior demanda por matéria-prima, a produção leiteira no Rio Grande do Sul deve saltar dos atuais 6 milhões de litros de leite por dia para 10 milhões. O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, acredita ainda que deverá haver um incremento de 500 mil cabeças para suprir a demanda de leite no estado.

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Com a instalação de novas indústrias de laticínios e maior demanda por matéria-prima, a produção leiteira no Rio Grande do Sul deve saltar dos atuais 6 milhões de litros de leite por dia para 10 milhões. O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, acredita ainda que deverá haver um incremento de 500 mil cabeças para suprir a demanda de leite no estado - o rebanho atual do estado é de cerca de 1,4 milhão de vacas leiteiras.

Tudo depende dos produtores, das indústrias e do poder público, que devem correr atrás de melhoria de infra-estrutura. "Tanto as empresas que já estão aqui e têm projetos de expansão, quanto as de fora, devem se dar conta de uma falta de matéria-prima que está gerando uma ociosidade de cerca de 30% na capacidade das indústrias", alertou o diretor do Departamento de Planejamento e Fomento Agropecuário, da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Agronegócios, Fernando Heemann.

A alternativa para aumentar a produção seria a importação de novilhos de países com excedente de cabeças e tradicional exportação, como Argentina e Uruguai.

Em 2006, a indústria leiteira do Rio Grande do Sul obteve um faturamento de R$ 3,5 bilhões.

O consumidor tem sido o principal responsável pela animação dos empresários e produtores do setor leiteiro no Rio Grande do Sul. Para Heemann, a grande demanda de mercados consumidores como o Rio de Janeiro, São Paulo e o Nordeste, que registra consumo maior de leite em pó e produzem em quantidade muito pequena, se deve ao resultado de programas sociais e ao aumento do salário mínimo.

"Esse maior poder aquisitivo, aliado ao rigor do inverno, tem favorecido o consumo mesmo nesse período de entressafra, o que aumenta o preço do leite nas gôndolas", afirma Heemann.

As informações são de Lívia Araújo, do Diário do Comércio e Indústria/SP.
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L. Aguiar
L. AGUIAR

ARAXÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/07/2007

Eu acho que a falta de leite no mercado não tem como causa somente o aumento do salário mínimo e os problemas climáticos. Desde o governo Sarney a atividade leiteira não tem tido o apoio necessário, faltou crédito e uma política séria para o setor.

O uso do setor agropecuário como âncora verde no plano Real fez com que houvesse uma grande desestabilização do setor, principalmente o da pecuária de leite. Isso fez com que muitos produtores mudassem de atividade. Em regiões como Minas e Goiás muitos produtores colocaram reprodutores de corte em suas matrizes, principalmente Nelore e Guzerá, pois seu bezerro tem maior valor de mercado.

E como hoje faltam animais leiteiros para reposição dos rebanhos, é provável que esta reposição do preço do leite não seja o bastante para haver uma recuperação necessária para a normalização do mercado. Pois a importação de matrizes de países de clima temperado foi uma experiência nada agradável para alguns produtores desta região, que entraram nesta aventura nos anos 90.

É quase certo que esta recuperação do preço do leite continue por algum tempo, pois a produção de matrizes demanda tempo e o mercado mundial de leite não é favorável a importações.

Lucas F. Aguiar
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