Os agricultores gaúchos ainda sofrem as conseqüências da estiagem de 2005, na forma de dívidas que só serão quitadas em 2008 e de falta de dinheiro para a lavoura deste ano. Com isso, três mudanças visíveis ocorrem neste início de ano, a retomada da criação de gado leiteiro, o avanço do plantio do milho e a aposta na cultura do girassol.
"Estas mudanças não alteram significativamente o mapa da produção estadual, mas indicam um desejo de terem alternativas. A diversificação é uma lição que ficou da estiagem", constata o engenheiro agrônomo Fernando Müller, da Cooperativa Agrícola Mista Regional General Osório (Cotribá), de Ibirubá.
A família de Nereu Bellini perdeu 75% da soja do ano passado, mas conseguiu sair da crise sem dívidas porque a produção leiteira garantiu a renda necessária para os críticos meses de agosto e setembro.
Em Ibirubá, Carlos Alberto Dickel, 42 anos, dono de uma área de 27 hectares, não esconde a pressa em diversificar a propriedade. Além do dinheiro da sua plantação de girassol, espera a liberação de um crédito de R$ 7,2 mil para comprar 6 vacas holandesas. Acredita que o cultivo de diferentes produtos, associado à criação e ordenha de animais, pode dar a renda para o sustento dele, da mulher e das quatro crianças. "Só com soja ninguém mais sobrevive na pequena propriedade rural", define. Matéria de Elder Ogliari, publicada domingo no Estado de São Paulo.
RS: leite volta a ser alternativa a produtores
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