RS: Fetag teme desestímulo à produção
O preço pago ao produtor pelo litro do leite padrão, fornecido em junho, sofreu redução de R$ 0,0155 em relação à projeção inicial feita pelo Conselho Estadual do Leite (Conseleite). A estimativa para este mês é que a cotação fique em R$ 0,5943 o litro, praticamente mantendo o valor do mês passado, já que é apenas R$ 0,0011 acima do fechamento de junho.
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Além disso, o preço apontado ontem pela UPF (Universidade de Passo Fundo) está R$ 0,05 abaixo do praticado no mesmo mês de 2007. "Estamos preocupados com esta estagnação, principalmente se levarmos em conta que os custos de produção estão bem maiores neste ano. Tememos que a cultura passe por período de desestímulo", projetou o assessor de política agrícola da Fetag, Airton Hochscheid.
O temor é que haja desistência por parte de produtores, devido ao aumento dos custos, sem que a remuneração acompanhe esse crescimento. Para Hochscheid, uma eventual redução na quantidade de leite oferecida poderá comprometer as necessidades da indústria, que deverá aumentar a procura com a instalação de novas unidades lácteas no Estado até o fim do ano. "Nossa capacidade de produção está entre 8 milhões e 8,5 milhões litros por dia e deveremos ter uma demanda, até dezembro, entre 11 milhões e 12 milhões litros/dia."
Para o presidente da Comissão de Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, a reunião de ontem não surpreendeu. "É consenso do setor que, no momento, devido aos custos de produção, é importante pelo menos manter os preços", avaliou. Segundo ele, a tendência é que os valores não sejam alterados de forma significativa nos próximos meses porque o mercado está equilibrado.
As informações são do jornal Correio do Povo/RS.
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RIO GRANDE - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 24/07/2008
Nós mesmos trançamos a corda que mais tarde nos enforca. Aqui no Rio Grande temos vários investimentos novos no setor lácteo, como: Nestlé, Embaré, CCGL, Bom Gosto, várias indústrias já existentes aumentando muitas vezes o volume de leite beneficiado. Especialistas afirmam que é preciso no mínimo duplicar nossa produção atual para atender a demanda desses novos investimentos. Como ousam falar em redução?
Sou apaixonado pela pecuária leiteira, mas a conclusão que chego é que vale mais a pena investir na pecuária de corte.

MOCOCA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 23/07/2008

MURIAÉ - MINAS GERAIS
EM 22/07/2008
Ainda, se é verdade que os custos de produção estão elevados, também é verdade que existe muita gente se aproveitando deste momento negativo para pagar preços cada vez menores. A lógica da cadeia é ingrata. É o único produto no mundo que é vendido com 40 dias de prazo, sem que o vendedor saiba qual o preço que irá receber.
Penso que permanecer em uma atividade tão prostituida é uma grande burrice. Vamos sair disso enquanto é tempo! Pensemos nisso!
Um abraço a todos.
Wellington de Almeida
MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 22/07/2008
Já reduzi o uso de concentrado, eu sei que vai cair a produção, mas não tem jeito de ser diferente.
PORTO ALEGRE - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 22/07/2008
Afortunadamente, temos aqui no RS vários exemplos de que também a pequena propriedade pode realizar altos volumes de produção, com aumento da produtividade, só que apenas uma minoria de produtores dispõe dos conhecimentos de como fazê-lo. A grande massa, principalmente dos "tiradores de leite", não tem acesso a tais conhecimentos, e para esses, o preço do leite necessita cobrir os custos de sua ineficiência, do desperdício e mau uso dos parcos insumos empregados. Destaca-se o uso incorreto dos alimentos concentrados, o maior componente do custo de produção.
A meu ver, na imensa maioria dos casos, há muito espaço para ajustes técnicos na dieta da vaca em lactação, que facilmente resultam em um aumento da margem líquida, por litro, superior a qualquer 1 ou 2 centavos, como referido no artigo. Isto evitaria um repasse de custos à outra ponta da cadeia de produção, no caso o consumidor, cujo poder de compra está cada vez mais limitado.
Então, cabe aqui uma pergunta, já que para essa imensa maioria de produtores "ainda não caiu a ficha": o que é mais oneroso para a indústria: uma assistência técnica eficaz a produtores de potencial, ou um aumento generalizado no preço do leite captado?