RS: Fetag programa mobilizações

A Comissão Estadual do Leite da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) decidiu nesta segunda-feira (27) iniciar mobilizações no Rio Grande do Sul a partir do dia 6 de novembro. O motivo foi o não-comparecimento das indústrias na reunião dessa tarde, na sede da Federação, fato que provocou um forte descontentamento junto à direção da entidade, bem como às lideranças de diversos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de regiões produtoras.

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A Comissão Estadual do Leite da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) decidiu nesta segunda-feira (27) iniciar mobilizações no Rio Grande do Sul a partir do dia 6 de novembro. O motivo foi o não-comparecimento das indústrias na reunião dessa tarde, na sede da Federação, fato que provocou um forte descontentamento junto à direção da entidade, bem como às lideranças de diversos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de regiões produtoras.

O presidente da Fetag, Elton Weber, repudiou a atitude dos laticínios diante da política de preços praticada e de não se fazer presente ao encontro para conversar com os dirigentes, que representam mais de 82% dos produtores no RS. Já o diretor-tesoureiro da Fetag, Amauri Miotto, também lamentou o desrespeito das indústrias e afirmou que os produtores não agüentam mais produzir com prejuízo.

Notas apresentadas durante a reunião da Comissão demonstram pagamentos que ficam abaixo de R$ 0,30 por litro, e não há a confirmação por parte da indústria que este quadro se reverta no próximo mês. A Federação lamenta que embora os parâmetros estabelecidos pelo Conselho Estadual do Leite (Conseleite) indiquem que a diferença máxima entre o maior e o menor preço pago ao produtor deveria ser de 25%, levando em conta qualidade e quantidade, o que se constata atualmente é que essa diferença ultrapassa 120% entre um produtor e outro (R$ 0,27 - R$ 0,64).

Neste sentido, a Fetag encaminhou e está tramitando na Comissão de Agricultura e Cooperativismo da Assembléia Legislativa uma minuta de projeto de lei, definindo parâmetros para pagamento do produto e prevendo a divulgação antecipada do preço a ser pago pelas indústrias ao produtor para o leite a ser entregue durante o mês. Atualmente, o produtor fica sabendo o preço do produto 45 dias após sua entrega.

Levantamento da Federação também mostrou que no varejo o preço do leite teve aumento nos últimos dias, comprovando que o produtor está ficando mais uma vez com o prejuízo e que a atual situação coloca em risco a cadeia leiteira do Estado.

As informações são do jornal Correio do Povo/RS, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
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Luis Fernando Spies
LUIS FERNANDO SPIES

CAMPINA DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/10/2008

Eu acho um absurdo essa situaçao que estamos vivendo. As empresas lácteas comprando o leite a R$ 0,27 e vendendo a R$ 1,50 ou até R$ 2,00 p/litro. E isso tudo, se não bastasse, o preço que pagamos pelos insumos, é realmente alarmante essa situação.
Luciano Paiva Nogueira
LUCIANO PAIVA NOGUEIRA

SETE LAGOAS - MINAS GERAIS

EM 28/10/2008

Este absurdo aumento de preços no varejo mesmo com redução de quarenta por cento no preço pago ao produtor não é privilégio do RS. Em Minas Gerais temos notado pelo menos estabilidade no preço do leite mesmo após as reduções ao produtor.

Creio que o CADE deveria investigar esta situação.
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