RS: cooperativas pretendem se unir em centrais

As cooperativas agropecuárias gaúchas estão se unindo em centrais e formando alianças para ganhar força e diversificar a produção de alimentos industrializados. O maior empreendimento nessa linha, em curso no Estado, é a volta da industrialização de leite pela Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL).

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As cooperativas agropecuárias gaúchas estão se unindo em centrais e formando alianças para ganhar força e diversificar a produção de alimentos industrializados. O maior empreendimento nessa linha, em curso no Estado, é a volta da industrialização de leite pela Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), depois de ter vendido em 1996 os ativos do segmento para a Avipal (hoje nas mãos da Perdigão). A central tem 37 associadas e este mês inaugura uma planta de leite em pó em Cruz Alta, com investimento de R$ 120 milhões e capacidade inicial de processamento de 1 milhão de litros por dia.

No segmento de grãos, a Cotrimaio, a Comtul, a Coopermil e a Coasa, também vinculadas à CCGL, formaram em 2000 a Central Agroindustrial Noroeste (Coceagro), que concentra os investimentos das associadas na região.

A Central de Cooperativas do Nordeste do Estado (CCN), com sede em Lagoa Vermelha, reúne 15 associadas que faturam R$ 700 milhões por ano e conseguem, juntas, melhores condições para comprar insumos e vender grãos, diz o presidente Aquelino Dalla Libera. "No médio prazo, a central também vai responder às necessidades de investimentos industriais das cooperativas", afirma. Há um mês, ela fechou acordo com a cooperativa Santa Clara, que não faz parte da central, para envasar leite longa vida.

"A situação atual é diferente da dos anos 70, quando a verticalização era total", compara o vice-presidente da CCGL, Darci Hartmann. "Agora as centrais e cooperativas devem buscar sinergias para valorizar seus ativos fixos e não faria sentido, por exemplo, montarmos uma fábrica de rações", comenta. A CCGL tem ainda dois terminais no porto de Rio Grande para 520 mil toneladas de granéis sólidos e líquidos, que geram receita de R$ 50 milhões a R$ 60 milhões por ano e dão lucro, diz.

Conforme Hartmann, o resultado das operações portuárias ajudou a compor o capital para a construção da planta de Cruz Alta, que em 2009 deve faturar de R$ 350 milhões a R$ 400 milhões.

As informações são do jornal Valor Econômico.
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Roberto Cunha Freire
ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 10/08/2008

Belo exemplo a ser seguido, porém creio que deveria partir das cooperativas a iniciativa de se criar uma nova metodologia de aferiçao do preço do litro de leite que se paga para o seu produtor rural de leite/cooperado. Nos dias atuais e com a informaçao em tempo real, nós produtores rurais de leite, sabemos muito bem que é com o nosso dinheiro que sao encobertas as incompetencias administrativas de algumas cooperativas, porém se mudar a metodologia para atualizar o preço do litro de leite que nos pagam, levando-se em consideraçao a média dos preços dos derivados do leite, tenho certeza que nós produtores voltaremos a fornecer leite para as cooperativas e nos manteremos fieis as mesmas; porém precisamos de um voto de confianca.

E claro que da maneira que está nao dá, pois estamos sendo massacrados pelas industrias e laticinios com essa metodologia de apuraçao do preço do litro de leite levando-se em consideraçao somente o leite longa vida, isso é um absurdo que ninguem ousou tocar e por essa e por outras razoes que as cooperativas estao tendo que se unir para tentarem se manter vivas e atuantes, caso contrario irao simplesmente falir, por nao conseguirem competir com a iniciativa das industrias e laticinios de pagarem mais aos produtores rurais de leite, provocando sem dúvida uma grande fuga das cooperativas que simplesmente se manterão silente nesse aspecto e nao apresentaram nada de novo para nos produtores rurais de leite que sempre fomos seus parceiros, alias razao das suas existencias.

Antes tarde do que nunca; é hora de pensarem no produtor rural de leite/cooperado, ou seja, na sua remuneracao, pois todos sabem que dinheiro nao gosta de bobo e nao seremos bobo em fornecer nossa producao para quem nos remunera pior.
Fernando Antonio de Azevedo Reis
FERNANDO ANTONIO DE AZEVEDO REIS

ITAJUBÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/08/2008

Estou no sul de minas, aqui num raio de 40 km temos quatro cooperativas de leite, concorrentes, a captação é pequena em duas delas, na faixa de 12.000 l/dia cada, a outra está na faixa de 35.000 l/dia e a maior com 90.000 l/dia. Quem perde é o produtor, pois a concorrência neste caso só faz aumentar os custos, pois são plataformas subutilizadas e captando pouco leite.

Poderia ser diferente!
Qual a sua dúvida hoje?