RS: cooperativas podem se unir para ficar competitivas

A princípio a idéia me parece muito boa, ainda mais num momento em que, mais do que nunca, é necessário unir forças para que o sistema cooperativo sobreviva. Como já foi dito neste site, que "o capital descobriu o leite", e como normalmente o capital somente visualiza o lucro, é necessário que iniciativas que pensem com mais carinho em toda a cadeia sejam fortalecidos.

Para isto a Piá tem credencial, produtos renomados e uma história de fomento peculiar. Se estes valores forem preservados, com certeza a iniciativa terá sucesso.

Saudações!
Jorge Antonio Loebens.

Espero que a idéia da Piá seja um exemplo para todas as cooperativas do Rio Grande do Sul, para que este seguimento possa sobreviver contra os gigantes da cadeia do leite. Além disso, os dirigentes das cooperativas devem ter sensibilidade para não abandonarem os cooperados, os quais têm nas cooperativas o seu porto seguro; além disso, sabemos que em região sem cooperativa não existe abalizador de preço para esta atividade, muito importante para sobrevivência do produtor no campo.

Que não fique só na tentativa, também não adianta criar todo um sistema e amanhão ou depois entregar para o capital externo. Urge uma política governamental a qual dê suporte adequado e eficaz com relação a toda cadeia produtiva de leite, começando pelo produtor, o grande responsável por essa atividade e pouco valorizado!

O mercado atual exige uma nova estratégia para o segmento cooperativista; a aglutinação poderá surtir efeitos positivos desde que seja feita com muita consciência, amadurecimento das idéias de todos os envolvidos no processo, sabendo claramente onde querem chegar para que pequenos gargalos não coloquem em risco todo o processo. Já existem outras movimentações neste sentido como a " MINAS LEITE " no sul de Minas, que já efetua as suas vendas em conjunto com sucesso. No Pontal do Triângulo existe um grupo de cooperativas que também estão se reunindo há algum tempo com a ajuda de um acessor contratado, que também presta serviços para o Sebrae, no sentido de amadurecimento e conscientização, preparando o grupo para também começarem as negociações em conjunto.

Saudações.

Saudações!

Todas as cooperativas já passaram e/ou passam por muitas dificuldades, mas não com sabedoria. É necessário que se ajustem às necessidades desse mercado dinâmico (globalizado), altamente competitivo.

Exercer o princípio da cooperação é muito importante, mas também usar da sabedoria pra se defender das inconformidades que as questões econômicas e financeiras nos remetem costantemente.

A criação ou formação de parcerias, centrais de cooperativas, já foram muito produtivas no passado; acabaram por enfraquecer com o tempo, em virtude de problemas administrativos a principio, entre outras coisas.

Ainda acredito que pode ser um bom momento para se tentar reestabelecer essa idéia, adicionar as forças, fortalecer o cooperativismo.

Acho que é a única maneira de sobrevivermos, Cooperativas e Cooperativados. É preciso manter o sistema cooperativo, mas sem modernizá-lo não é possível. O mercado de hoje não é o mercado da época em que as Cooperativas dominavam o setor. Tudo ficou mais dinâmico, mais profissional, bem mais exigente, e portanto, mais perigoso, com menor aceitação de erros. É preciso mais mobilidade por parte das Cooperativas, soluções mais rápidas e possibilidades dinâmicas nas soluções de problemas que interfiram na produção recebida. De nada adianta o setor se desenvolver no campo se a Cooperativa, como um todo, permanecer engessada dentro de estatutos arcaicos. Organizar políticas de preços, fidelidades, contratos, fomentos, etc. Também a questão da comercialização com os supermercados - para mim, o maior vilão em toda a história - deveria ser revista, avaliada, e é claro, modificada.

Fernando Bueno Simões Pires
Produtor de leite em Livramento-RS