RS: Conseleite projeta aumento para novembro

O preço consolidado para o leite padrão, entregue em outubro, ficou em R$ 0,5097, o que representa uma aumento de R$ 0,03 se comparado ao mês de setembro. Como parâmetros para o mês de novembro, o Conseleite projeta um novo aumento de R$ 0,03, ficando o preço-referência em R$ 0,5431.

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O Conselho Estadual do Leite (Conseleite) esteve reunido ontem (24) na sede da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) para discutir os valores de referência do leite ao produtor levantados pela Universidade de Passo Fundo (UPF). O preço consolidado para o leite padrão, entregue em outubro, ficou em R$ 0,5097, o que representa uma aumento de R$ 0,03 se comparado ao mês de setembro. Como parâmetros para o mês de novembro, o Conseleite projeta um novo aumento de R$ 0,03, ficando o preço-referência em R$ 0,5431.

Conforme Amauri Miotto, diretor-tesoureiro da Fetag, os números indicam uma retomada visando a recuperação de preços pago ao produtor. A expectativa da Fetag é de que essa recuperação de preços seja confirmada pelas indústrias em reunião programada para essa terça-feira, na sede da Federação.

Para o coordenador da Comissão do Leite, Jorge Rodrigues, o momento é de retração na produção leiteira. Segundo ele, houve um desestímulo ao produtor em função dos baixos preços praticados. "O produtor secou vaca, mandou animais para o abate, descartando matrizes, e, com isso a produção não deve se recuperar, mantendo-se reduzida até, no mínimo, janeiro do próximo ano" afirma Rodrigues.

A comissão levou à reunião do Conseleite a avaliação do comportamento do mercado e da realidade do setor produtivo. O coordenador da comissão salienta que houve queda na produção do mês de setembro, superior a 15%, "e que essa queda não se reverte antes de dois meses, pelo menos. Essa falta de produto deve se refletir no mercado, e aumentar os custos para o consumidor final", afirma Jorge Rodrigues.

Para Jorge Rodrigues, o momento é do produtor ter cautela. "A tendência dos próximos meses não é de elevação de preços e sim de uma recuperação dos valores perdidos. Então a cautela se faz necessária nos investimentos e o produtor deve negociar antecipadamente seu produto com a indústria," conclui.

As informações são da Fetag e do Sistema Farsul, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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Roberto Cunha Freire
ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 28/11/2008

Pelo menos começa a surgir uma luz no fim do túnel, mas com certeza nesse intervalo morreram muitas matrizes, secaram muitas vacas e também muitos, mas muitos colegas produtores rurais de leite deixaram a atividade, porque assim como eu, não veem nenhum alente no sentido de mudar esse estado de coisa que se consolidou por anos e anos que é a modalidade do nosso preço ser apurado levando-se em conta somente o preço do leite longa vida vendido no atacado.

Vejo a minha atividade como produtor rural de leite e investidor na área chegando ao fim cansei de ser otário, vou depois de 20 anos melhorando o meu rebanho genéticamente, modernizando a minha fazenda, em termos de equipamentos, instalações, o reflexo na nossa região da zona da mata leste mineira é aparente, hoje só perdemos em termos de IDH para o Vale do Jequitinhonha. É chegada a hora de nós produtores rurais de leite reivindicarmos junto as nossa lideranças, Deputados Estaduais, Deputados Federais, FAEMG, CNA, Cooperativas de leite e Sindicatos rurais que lutem por uma metodologia de apuração de preços do leite que fornecemos que nos contemple levando-se em consideração o preço médio de uma cesta de produtos dos derivados do leite que é extraído do leite in natura que fornecemos. Do jeito que é, é exploração, covardia ou simplesmente enriquencimento até ilícito se pensarmos com clareza em cima de nossa classe que é sem dúvida propulsora do desenvolvimento sócio ecnômico de muitas regiões do nosso estado de Minas Gerais e do Brasil.

Esse clamor, junto às nossas lideranças, tenho certeza está engasgado na garganta de muitos colegas que com seu suor do trabalho diário fazem com que o leite e seus derivados estejam nas mesas todos os dias disponíveis para a população do nosso imenso país
Fazenda Salto Grande do Jacui Ltda
FAZENDA SALTO GRANDE DO JACUI LTDA

SALTO DO JACUÍ - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/11/2008

Muito bem, falaram que em setembro a produção teve queda de 15%; sou produtor do noroeste do estado, nós estamos enfrentando vinte dias de estiagem e nas previsões para os proximos dez dias não tem chuva. Então eu acho que iremos ter muita dificuldade com as pastagens e a nossa produçao deve cair 10 a15% novamente. Estamos muito preocupados com os custos e com a queda de produçao. Onde vamos parar?
Airton Agostinetto
AIRTON AGOSTINETTO

PELOTAS - RIO GRANDE DO SUL - ESTUDANTE

EM 26/11/2008

Demorou, mas finalmente vemos boas notícias para o setor leiteiro; embora o preço esteja bem abaixo do satisfatório, podemos afirmar que há uma tendência de aumento para os próximos meses, como aconteceu nos anos anteriores. Mas caso esse pequeno aumento não se estenda pelos próximos meses, faz-se necessário uma mudança em relação a produção de leite no Brasil, a fim de diminuir os custos de produção para que então os produtores possam manter seu negócio sem ter maiores prejuízos como já está acontecendo com produtores que possuem gado confinado.

Talvez a solução para o pequeno produtor seja o investimento em gramíneas tropicais que são plantas que oferecem um baixo custo para manutenção e possuem um teor razoável de proteína.
Qual a sua dúvida hoje?