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RS: condomínios importam tecnologia para a produção leiteira

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/06/2015

6 MIN DE LEITURA

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Uma área de treze hectares em Linha Tigrinho Baixo, no interior de Nova Bréscia, sediará o primeiro condomínio de leite associativo a entrar em operação na América Latina. O empreendimento de ordenha robotizada deve entrar em funcionamento no segundo semestre do ano, e é um dos quatro que integram o Projeto Associativo de Produção Leiteira - Condomínios Leiteiros da Dália Alimentos. O investimento total de R$ 20 milhões, custeado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. "Não se tem notícia de projeto parecido na América Latina", afirma o presidente do Conselho de Administração da Dália Alimentos, Gilberto Antônio Piccinini.

Além de Nova Bréscia, Arroio do Meio e Roca Sales, no Vale do Taquari, e Candelária, no Vale do Rio Pardo, terão unidades do projeto. Com capacidade para 262 vacas - 210 delas em lactação -, cada condomínio vai abranger em torno de 15 famílias produtoras de leite, as quais irão dividir despesas e lucro da produção. "A responsabilidade dos produtores é colocar os animais, fornecer a silagem para alimentação e fazer a gestão do negócio. Cada um terá uma cota no condomínio, de acordo com o número de vacas", explica o presidente do condomínio do leite de Nova Bréscia e um dos integrantes da iniciativa, Admir Lorenzon (62).

A robotização do processo, realizada com máquinas importadas da Suécia, substituirá a mão de obra humana - apenas quatro funcionários darão suporte ao sistema. Para Lorenzon, a novidade toca em pontos importantes para os agricultores, como a qualidade de vida e a sucessão rural. "Entre os 16 produtores que participarão do nosso condomínio, a maioria não seguiria muito tempo com a produção de leite se continuasse em sua propriedade. Há uma grande dificuldade para encontrar mão de obra, e as vacas não conhecem calendário", brinca, ao observar que, para quem trabalha com a produção leiteira, não há feriado nem fim de semana.

Piccinini reforça a opinião de Lorenzon e ressalta que a preocupação em viabilizar a continuidade da produção dos pequenos agricultores foi uma das motivações para o projeto, que vem sendo traçado há cerca de cinco anos. "Com o condomínio, os produtores podem mostrar para os filhos que é possível fazer investimentos, melhorar o processo de sucessão familiar, a qualidade de vida e a renda."

Outro ponto positivo salientado por Piccinini é o modelo associativo do condomínio leiteiro. Os produtores utilizarão a estrutura da Dália, mediante pagamento de aluguel, e gerenciarão o negócio de forma conjunta. "O mais importante de tudo é unir os pequenos produtores em um projeto inovador como esse, que é o que existe de mais moderno no mundo, nessa área."

PRODUÇÃO COM QUALIDADE

Além de um incremento no preço por conta do volume da produção, a expectativa é de que o sistema de ordenha robotizada contribua para o aumento da produtividade e da qualidade do leite - já que o contato com pessoas será o mínimo possível. Conforme Piccinini, o confinamento dos animais, a alimentação adequada e a realização de várias ordenhas por dia pode garantir uma ampliação de mais de 30% na quantidade de litros. "Com o controle de doenças, a sanidade animal vai melhorar e a vida útil da vaca também aumenta", comenta. "O produtor terá um leite melhor, a cooperativa ganhará e o consumidor também."

Ordenha robotizada: saiba como vai funcionar

O sistema de ordenha robotizada ocorrerá quase inteiramente sem intervenção humana. Os funcionários que atuarão no local serão responsáveis pelo trato dos animais e a limpeza das "camas" das vacas - colchões de borracha, cobertos com serragem. No mais, todo o processo ocorrerá automaticamente e dentro do galpão.

As vacas serão identificadas com chips. A partir da leitura deles, portões se abrirão direcionando os animais para a ordenha ou à alimentação. Tudo o que o animal fizer, a quantidade de comida ingerida e do leite fornecido, além de informações de qualidade, será registrado. "Se o leite for ácido, isso será indicado pelo sistema e, na próxima ordenha, ele será encaminhado para outro resfriador", explica o técnico Marcel Liotto, encarregado pelo condomínio leiteiro de Nova Bréscia. "Além disso, as máquinas não aceitarão tetos machucados", complementa.

Com um tempo médio de sete a dez minutos, a ordenha será feita por robôs DeLaval - serão três em cada condomínio. A vaca se aproximará da cabine e os tetos serão captados por um braço mecânico, após o reconhecimento feito por laser. De acordo com Liotto, em média, serão de duas a três ordenhas por dia, em horários "definidos" pela própria vaca.

Com relação ao bem-estar animal, Liotto defende que ele pode ser maior no sistema de confinamento do que no campo. "A grande vantagem é de que o animal não se estressa, porque não precisa caminhar, não há barro. Assim, a vaca não perde energia, que vai para a produção", explica.

Administrações Municipais

A construção dos quatro condomínios de leite está sendo feita pela Dália Alimentos. As cidades que vão receber as unidades foram definidas a partir do interesse de produtores locais e das Prefeituras, que entraram com a doação da área de terras e a terraplanagem.

Roca Sales - Jones Wünsch, secretário da Fazenda

"Esse empreendimento vem a acrescentar muito na nossa agricultura, que hoje representa cerca de 45% do retorno de valor adicionado. E, no setor primário, o leite é o terceiro colocado, sendo que, com esse empreendimento, estima-se uma produção em torno de cinco mil litros de leite/dia, o que contribuirá com uma receita estimada de R$ 1,8 milhão ao ano. Além disso, o retorno também será da produção de milho picado para silagem, que servirá para alimentação dos animais. Com isso, teremos receita aproximada de R$ 350 mil/ano. O município realizou um investimento inicial de R$ 280 mil, acreditando na força da agricultura. Os produtores vão trabalhar de forma associativa e isso será capaz de unir desenvolvimento econômico e bem-estar social para as famílias. O sistema implantado é pioneiro na região e servirá de modelo para outros investimentos".

Arroio do Meio - Paulo Heck, secretário da Agricultura

"Consideramos o projeto muito importante, pois traz novas tecnologias ao setor primário. No futuro, vai facilitar a sucessão na propriedade. O município entrou com R$ 300 mil para a aquisição da área de terras. Já fizemos 1,2 mil horas de terraplanagem, mas não está bem finalizada. Agora, estão colocando a estrutura de pé, mas é preciso fazer ainda acesso interno, fossa, serviço de máquina. Mas está dentro do cronograma. A mão de obra é um problema hoje, quando não se tem sucessão. Os produtores vão estar produzindo e sem precisar colocar a mão de obra deles. A agricultura representa 17,5% da economia do município. Com o investimento, a tendência é de estabilização do índice. Hoje a produção diária é de 65 mil litros/dia e a tendência é de que aumente". 

Nova Bréscia - Gilnei Agostini, prefeito de Nova Bréscia

"É um avanço grandioso na área da tecnologia, pois traz muitas vantagens. Não podemos ficar parados no tempo. É um orgulho para Nova Bréscia. É um modelo de associativismo nacional e internacional. No futuro, dará um retorno interessante ao município. Hoje, a agricultura representa 80% da economia e deverá ter um incremento com o projeto. O mais importante de tudo é que os agricultores não vão deixar de produzir em suas propriedades, investindo em outras culturas."

Saiba mais

Além do pavilhão central onde ficarão as vacas, os condomínios leiteiros contam com um galpão para máquinas, equipamentos e implementos; um galpão para a criação de terneiras; quatro silos; três casas residenciais para moradia dos funcionários e uma balança rodoviária.

Situação atual das obras

Nova Bréscia - Linha Tigrinho Baixo: é a obra mais adiantada, com pavilhão de confinamento em fase de acabamento e instalações hidráulica e elétrica. Deve alojar os animais no mês de agosto.

Roca Sales - Linha Barão do Triunfo: pavilhão de confinamento recebeu o telhado e uma das moradias está concluída.

Arroio do Meio - Passo do Corvo: começo da construção das três casas e conclusão das fundações do pavilhão de confinamento.
Candelária - Linha Boa Vista: início da construção das três casas e das fundações do pavilhão de confinamento.

As informações são do Jornal O Informativo do Vale.

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HELIO MOREIRA

EM 24/06/2015

Parabéns pela iniciativa , gostaria se possivel conhecer o programa em detalhes e o estatuto do mesmo .
IRAUTO GOMES DE MELO

GARANHUNS - PERNAMBUCO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/06/2015

ESTAR DE PARABÉNS PELA A INICIATIVA O CAMINHO PARA DRIBLAR A MÃO DE OBRA É ISSO MESMO TER O SISTEMA ROBTIZADO.
FRANCISCO LIMA

QUIXERAMOBIM - CEARÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/06/2015

Muito boa esta organização.



  Se possível, gostaria de conhecer o projeto em detalhes e como seria valores e tempo para o pagamento pagamento do financiamento e quais as garantias.



   Desejo todo sucesso para vocês.

   Obrigado.
KLÉBER RESENDE

BOM SUCESSO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 24/06/2015

Bom dia



Parabéns pela iniciativa.  Seria possível ter acesso ao projeto de implantação?



Obrigado



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