Apesar dos argumentos do governo estadual em defesa dos incentivos concedidos à Nestlé, o clima está tenso na indústria leiteira local. Segundo a coluna de D. Nunes no Correio do Povo/RS, reproduzida em parte abaixo, ao pagar seus impostos, a indústria leiteira alimenta seu algoz.
"Há intenção de mobilizar empresas e entidades para uma cobrança pública ao governo. Em maio, um decreto reduziu em cinco pontos percentuais o ICMS sobre o café solúvel.
No Rio Grande do Sul, não há fábricas, visto que 80% do mercado é da Nestlé. Aliás, o principal mercado da Nestlé nesse produto é o Rio Grande do Sul. O novo decreto reduziu em 40% o ICMS sobre o leite pré-condensado, e o setor argumenta que só essas duas medidas já garantem uma rentabilidade superior à das demais empresas, cuja margem de lucratividade, em geral, não chega a 1%.
Além disso, ao acessar o Fundopem, as empresas locais têm incentivo sobre o ICMS incremental. A Nestlé, que ainda não produz no RS, receberá sobre o total.
O setor teme que a Nestlé forme preços. Inicialmente, pagaria mais ao produtor, amparada na blindagem de caixa com os incentivos fiscais. O prejuízo seria das concorrentes, enfraquecidas financeiramente. Em seguida, o risco seria do produtor: sem opção, teria que aceitar qualquer preço".
RS: chegada da Nestlé gera polêmica no setor
Apesar dos argumentos do governo estadual em defesa dos incentivos concedidos à Nestlé, o clima está tenso na indústria leiteira local. Segundo a coluna de D. Nunes no Correio do Povo/RS, reproduzida em parte abaixo, ao pagar seus impostos, a indústria leiteira alimenta seu algoz.
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