A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Leite ouviu na manhã de ontem (16), no Plenarinho da Assembléia Legislativa, depoimentos de representantes da indústria de lacticínios. Eles descartam a existência de cartel na venda do produto. Falaram à comissão o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios, Pedro Berteli e os gerentes dos laticínios Tradição, Flávio de Souza; Italac, Eder Ferreira, e da Primalat, Geraldo Coleto. Participaram da Comissão os deputados Jesualdo Pires, Ribamar Araújo, Valter Araújo, Tiziu Jidalias e Luiz Cláudio.
Após um breve relato dos objetivos do sindicato da indústria leiteira, Pedro Berteli fez considerações sobre o preço praticado no mercado do produto em Rondônia. Segundo ele, o preço pago pelos laticínios instalados no estado não difere muito do restante do País. Berteli disse que, eventualmente, o preço aqui é até mais elevado, do que em outras regiões que apresentam custos maiores de produção para os produtores do leite "in natura", e são de melhor qualidade. Berteli afirmou que os proprietários e representantes da indústria láctea sempre pautaram seu relacionamento com os produtores de maneira respeitosa e negou que o setor industrial pratique ou tenha a intenção de cartelizar o mercado. "Apenas acompanhamos o mesmo preço e realizamos o pagamento na mesma data para não pagar menos, o que ocasionaria a diminuição de volume comprado".
Os representantes dos laticínios avaliam que as matérias veiculadas na Imprensa sobre a CPI têm trazido prejuízos. Os parlamentares rebateram declarando que a CPI quer apenas saber dos mecanismos de negociação para entender a penalização que os produtores rurais sofrem com o preço baixo do leite pago pelos laticínios. Os deputados da CPI voltaram a questionar com relação ao calendário de pagamentos e sobre o preço do produto. Eles querem saber por que o pagamento só é realizado no dia 20 do mês seguinte, alongando-se para o produtor num período de 40 dias entre a entrega do leite e o recebimento do pagamento.
O presidente do sindicato dos laticínios afirmou conhecer o funcionamento do Conseleite do Paraná e que ele apenas dá um preço referência, balizando o mercado. Sobre a aquisição do produto em regiões distantes do processamento industrial, os representantes dos laticínios afirmaram que apenas trata-se da necessidade de adquirir o produto. "O laticínio Tradição, por exemplo, processa cerca de 500 mil litros de leite e não fica restrito com a produção próxima ao laticínio, indo adquirir o produto em municípios até distantes para completar sua demanda", disse Bertelli.
Os deputados também discutiram a participação da Câmara Setorial como parceira do Conseleite que é uma entidade paritária. O presidente da CPI, deputado Jesualdo Pires, disse que a CPI está amadurecida e que o Conseleite pode ser criado em março de 2009. Inclusive, o representante da Câmara Setorial, Jobel de Oliveira, informou que na semana passada foi realizada uma reunião onde a proposta de criar o Conseleite foi aprovada por unanimidade.
As informações são da ALE/RO - DECOM, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
RO: sindicato descarta a existência de cartel
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Leite ouviu na manhã de ontem (16), no Plenarinho da Assembléia Legislativa, depoimentos de representantes da indústria de lacticínios. Eles descartam a existência de cartel na venda do produto. Falaram à comissão o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios, Pedro Berteli e os gerentes dos laticínios Tradição, Flávio de Souza; Italac, Eder Ferreira, e da Primalat, Geraldo Coleto.
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ROBERTO CUNHA FREIRE
LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 20/12/2008
É isso mesmo, cada região do Brasil tem a sua peculiaridade de logistica, clima, relevo, abastecimento de matérias primas para fazer rações animais, etc. Os Senhores Deputados estão certos, porém sugiro que ao montarem os preços do litro de leite que pagam os produtores rurais - pelo leite in natura que fornecem -, os laticínios e cooperativas e agora também aí em RO, devam-se levar em consideração os preços médios de uma cesta de produtos derivados do leite in natura e não somente o leite longa vida, como é praticado por longos e longos anos no Brasil.
Isso é uma exploração em cima dos produtores rurais de leite, que afinal acabam absorvendo todas as mordomias dos Presidentes e Diretores de cooperativas e de laticínios. Deviam fazer como os EUA esta fazendo agora com os executivos das Fábricas de automóveis, se não der resultado por que manter os salários desses Presidentes e Diretores elevados? É chegado a hora de nós produtores rurais de leite conhecermos os esqueletos que estão escondidos atras desses armários, até porque também acho injusto o Governo Federal, Estadual e Municipal darem ajuda para alavancarem a economia para a Construção Civil, Bancos, Fábrica de Automóveis e para o nosso segmento ainda não vi nada anunciado, creio que as nossa lideranças sindicais, Deputados, deveriam fazer o mesmo, afinal somos a mola propulsora de muitas cidades pelo interior do Brasil, levamos o desenvolvimento econômico e social, além é claro de ajudar a combater o exôdo rural.
Está na hora de acordarem os tecnocratas de plantão para a nossa situação que já perdura a mais de 12 meses ininterruptos.
Isso é uma exploração em cima dos produtores rurais de leite, que afinal acabam absorvendo todas as mordomias dos Presidentes e Diretores de cooperativas e de laticínios. Deviam fazer como os EUA esta fazendo agora com os executivos das Fábricas de automóveis, se não der resultado por que manter os salários desses Presidentes e Diretores elevados? É chegado a hora de nós produtores rurais de leite conhecermos os esqueletos que estão escondidos atras desses armários, até porque também acho injusto o Governo Federal, Estadual e Municipal darem ajuda para alavancarem a economia para a Construção Civil, Bancos, Fábrica de Automóveis e para o nosso segmento ainda não vi nada anunciado, creio que as nossa lideranças sindicais, Deputados, deveriam fazer o mesmo, afinal somos a mola propulsora de muitas cidades pelo interior do Brasil, levamos o desenvolvimento econômico e social, além é claro de ajudar a combater o exôdo rural.
Está na hora de acordarem os tecnocratas de plantão para a nossa situação que já perdura a mais de 12 meses ininterruptos.