RO: Fetagro propõe legislação para fixar preço do leite

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Leite ouviu, na última terça-feira (11), representantes da Fetagro, Lázaro Aparecido Dobre e o superintende em Rondônia da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Everaldo Silva Santos. Como sugestão aos deputados, Lázaro Dobre indicou uma legislação que obrigue a fixação do preço do leite e o incentivo à pesquisa para a criação de plantéis do gado leiteiro adequados a Rondônia.

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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Leite ouviu, na última terça-feira (11), no Plenarinho da Assembléia Legislativa, representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetagro), Lázaro Aparecido Dobre e o superintende em Rondônia da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Everaldo Silva Santos. Como sugestão aos deputados, Lázaro Dobre indicou uma legislação que obrigue a fixação do preço do leite e o incentivo à pesquisa para a criação de plantéis do gado leiteiro adequados a Rondônia.

Questionado sobre a identificação de possível sonegação de impostos na comercialização, o presidente da Fetagro apresentou à CPI, cópia de dois cheques para pagamento da compra do produto. Na avaliação que fez sobre a cadeira produtiva leiteira em Rondônia, o representante da Fetagro defendeu a aplicação de políticas públicas pelos órgãos governamentais, maior apoio às entidades que prestam assistência técnica aos pequenos produtores rurais e apontou para a concorrência desleal no processo de comercialização.

O representante da Fetagro disse que são intensas e contínuas as ações de capacitação e de conscientização à associação e ao cooperativismo. Para Lázaro Dobre, é fundamental a criação de um mecanismo que balize o preço da comercialização do leite entre os produtores e os laticínios. Ele citou o exemplo do estado do Paraná, onde o governo instalou o Conselho do Leite, estabelecendo mecanismos que corrigem as distorções que prejudicam os produtores rurais e facilitam as negociações entre os atores do setor.

Em relação ao custo de produção do leite, Lázaro Dobre afirmou que faltam instrumentos para a correta avaliação e fixação e que isso é muito prejudicial para a economia de Rondônia. Ele foi enfático ao defender um maior apoio à assistência técnica, considerando tímidas as políticas públicas atuais. Lázaro declarou que enquanto a EMATER (Associação de Assistência técnica e Extensão Rural/RO) tem um técnico para atender 500 produtores rurais, a Fetagro defende a relação de 1 técnico para 60 ou, no máximo, 80 produtores. "Os técnicos fazem muito, mas sem condições de infra-estrutura, não há como fazer melhor. Já se avançou muito, mas ainda há também muito que fazer."

Há cinco meses à frente da superintendência da Conab em Rondônia, Everaldo Santos informou que a Conab não realiza atividades com o produto e não tem o leite como item de comercialização no Estado. Ele citou que apenas no estado do Rio Grande do Sul, a Conab compra leite em pó de quem o produz para repassar às instituições cadastradas na distribuição de doações de alimentos às famílias carentes. Nessa operação com produtores de leite em pó, a aquisição do produto é feita através do sistema de "formação de estoque".

A próxima reunião da CPI está marcada para o dia 18, às 10hs, quando serão ouvidas lideranças dos produtores rurais.

A matéria é de Ivalda Marrocos, publicada no site tudorondonia.com, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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Osvaldino Alves Eliseu
OSVALDINO ALVES ELISEU

ARIQUEMES - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/11/2008

Eu quero saber quando o preço do leite de Rondônia vai ficar em um preço bom?
Iduardo M. Jaconi Jr
IDUARDO M. JACONI JR

JI-PARANÁ - RONDÔNIA - MÉDICO VETERINÁRIO

EM 14/11/2008

Boa tarde, eu sou um acadêmico de veterinária e filho de produtor rural, tenho acompanhado de perto o andamento do negócio leite, minha opinião é a seguinte: primeiramente parabéns ao Lázaro Dobre por defender os produtores rurais, é uma questão delicada que tem que ser levada a sério e ele esta fazendo isto.

Rondônia cresce a cada dia em um ritmo assustador, temos 80% de nossos lotes até 100 hectares, ou seja, pequenos produtores fazem a economia rural deste estado, temos hoje uma média de 4,2 kg/vaca/dia, o nível técnico do produtor é muito pequeno, a EMATER faz o que pode, mas não da conta de atender as necessidades técnicas dos produtores. Quando o produtor tiver acesso a um técnico, seja um veterinário ou um zootecnísta, nosso estado será assim como somos em carne, um estado de significancia em nosso país.
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