Importações de produtos importantes no comércio exterior brasileiro mantêm um ritmo expressivo de alta nos primeiros dez dias do ano, segundo divulgou ontem (12) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Embora o período e o volume de operações sejam ainda muito pequenos para indicar tendências, chamaram a atenção de especialistas, que andam em busca de indícios sobre uma das maiores incógnitas econômicas do país este ano: o comportamento das importações, que vinham crescendo aceleradamente, mas enfrentarão, em 2009, quedas de preços e na demanda interna por mercadorias.
Nas duas primeiras semanas de janeiro, com seis dias úteis, as importações superaram as exportações em US$ 12 milhões, um pequeno déficit atribuído pelo governo à compra de uma aeronave, no valor de US$ 150 milhões. Sem essa operação, a balança comercial teria registrado um superávit de US$ 138 milhões, nota a Secretaria de Comércio Exterior. Outros itens importantes também tiveram aumento expressivo.
As compras de leite também aumentaram 115% e as de bebidas e álcool, 55%, mas, nesses itens, é muito pequena, ainda, a média de importações diárias, bem abaixo de US$ 2 milhões. As compras anuais de leite e derivados ultrapassam US$ 250 milhões.
Os principais produtos de importação, equipamentos mecânicos e elétricos e eletrônicos, tiveram quedas nos valores médios, em relação ao ano passado. "A importação ainda é a grande dúvida de 2009", comenta um dos principais analistas do setor, o vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro.
As exportações, em valor, caíram ainda mais, 18,3% quando comparada a média diária dos primeiros dias úteis do ano com a de janeiro de 2008. Além do açúcar, com aumento de 129,3%, quase 10% acima dos valores de dezembro, poucos dos principais itens de exportação tiveram crescimento em relação ao início do ano passado: minérios (14%), soja (19,5%), papel e celulose (16%).
Apesar disso, Castro diz acreditar ser possível que a queda nas importações se acentue durante o ano, com a retração da demanda e dos preços do combustível, a ponto de permitir um superávit, em 2009, maior do que estimam os analistas. O Banco Central prevê um superávit de US$ 17 bilhões em 2009, mas há projeções no mercado que apontam para até US$ 13 bilhões.
A matéria é de Sergio Leo, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
Ritmo de importação surpreende especialistas
Importações de produtos importantes no comércio exterior brasileiro mantêm um ritmo expressivo de alta nos primeiros dez dias do ano, segundo divulgou ontem (12) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Nas duas primeiras semanas de janeiro, com seis dias úteis, as compras de leite aumentaram 115% e as de bebidas e álcool, 55%.
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