Richard James Walter RobertsonRichard J. W. Robertson é Médico Veterinário e Produtor de Leite. Atualmente, é também credenciado no Sebrae como Consultor/Instrutor. A atividade leiteira é desenvolvida na Fazenda Buriti Alegre, no município de Rio Verde de Mato Grosso - MS. |
Graduado na UFV - Universidade Federal de Viçosa em 1988. Especialista em transferência de embriões bovinos (Budapest - Hungria) em 2001 e consultor Educampo/Lat. Imbaúba em 2004. Aulas de Inglês em 2008. Atualmente é credenciado no Sebrae como Consultor/Instrutor. Desenvolveu trabalhos voluntários de associativismo em comunidades rurais em 2001/2002. Tem perfil favorável para trabalho em grupos (liderança, simpatia, boa comunicação interpessoal, empatia, etc). Foi presidente do Rotary Club (Rio Verde/MS).
MKP: Como é a sua propriedade leiteira?
A atividade leiteira é desenvolvida na Fazenda Buriti Alegre, no município de Rio Verde de Mato Grosso - MS. A produção é de 1.150 litros/ha/ano, com raças diversas, tendendo a direcionar para Girolando 5/8. O sistema de produção é a pasto (semi-extensivo, tentando migrar para o intensivo). Bezerro ao pé, duas ordenhas nas águas e uma na seca. A produção foi iniciada em 1994/95.

MKP: Quais são as principais dificuldades que você tem na atividade?
Pouca especialização da região. Custos muito altos em função da baixa produtividade. Preços do leite são muito sazonais e os produtores pouco especializados/organizados, o que favorece o controle dos laticínios sobre o preço (a organização entre as indústrias daqui é muito boa mas a dos produtores é irrisória). Este ano planejava expandir minha atividade, implantando o projeto Balde Cheio, mas esbarrei em uma crise atípica. Vou tentar executar meu projeto para o próximo ano.
MKP: O que está melhorando no setor?
Após a crise deste ano, muitos produtores estão abandonando a atividade e vendendo o rebanho. É claro que, a médio prazo, isto pode diminuir a oferta, favorecendo a situação dos que "insistirem" em permanecer (eu só acho viável desistir se o "dever de casa" estiver sendo bem feito para, a partir daí, se chegar à conclusão que a atividade não compensa). No meu caso, tenho muito a melhorar ainda (intensificar o pastejo, aumentando a produtividade). Não penso ser sensato desistir, analisando a situação a curto prazo, pontualmente. Penso que o produtor está percebendo que precisa se profissionalizar. O exemplo é quem permanece. Ao observar "os perseverantes", o produtor evolui e toda a cadeia melhora.
MKP: O que acha que falta no setor?
União e organização entre os produtores. Confiança em suas lideranças, assumindo cada um seu papel, ao invés de concentrar responsabilidades em seus líderes. Maior educação no campo, viabilizando o acesso à informação (evitando o êxodo rural dos jovens). Políticas públicas não assistencialistas para fortalecer o setor indefinidamente. Outros inúmeros como infraestrutura básica (ferrovias, rodovias e estradas vicinais), políticas de preços mínimos baseados em volume e qualidade, etc.
MKP: Qual personalidade admira no setor?
Rodrigo Alvim, Maurício Palma Nogueira, Sebastião Teixeira Gomes, toda a equipe do MilkPoint e tantos outros que carregam enormes bandeiras, praticamente sem apoio.
MKP: Qual empresa admira no setor?
Nestlé, pela qualidade de seus produtos e campanhas de marketing para o leite, e as cooperativas, por seu importante papel social.
MKP: Dica de sucesso ou frase preferida
Dica de sucesso:
Venda a si mesmo constantemente, acreditando que você é o produto certo.
MKP: Quais os serviços do MilkPoint você utiliza mais?
Busca de informações de mercado e radares técnicos.
Como o MilkPoint lhe auxilia no dia-a-dia?
Uma visão mais ampla do mercado auxilia na tomada de decisões e esclarecimento a outros produtores.
