Com o apoio do MPF (Ministério Público Federal), que enviou à Justiça um parecer contra os argumentos da Nestlé, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pode reverter a compra da Garoto pela multinacional, seis anos após a efetivação do negócio.
O conselho sempre considerou que a concentração de mercado era excessiva com a transação. Há dois anos, a Nestlé conseguiu anular a decisão do órgão na Justiça. Mas com o parecer do MPF, a discussão foi reaberta.
"Desde o primeiro dia, a Nestlé sabia que podia ser obrigada a vender a Garoto. Dá para reverter o caso. E vai reverter", afirmou o procurador-geral do órgão, Arthur Badin. Procurada, a Nestlé diz que não comenta assuntos que estão em discussão na Justiça.
De olho no mercado de chocolates brasileiro, concorrentes como a Cadbury já manifestaram ao Cade o interesse pela Garoto, segundo fontes ligadas às empresas. A Kraft quer simplesmente impedir a Nestlé de ter dois terços do mercado.
Segundo reportagem de Patrícia Cançado e Ricardo Grinbaum, do O Estado de S.Paulo, perder a Garoto num momento como esse seria prejudicial para a Nestlé. Há seis anos, a Garoto tinha 22% de mercado, contra 33% da Nestlé. No ano passado, a participação da Garoto já era de quase 27%, enquanto a da Nestlé caiu para 24%, segundo a Nielsen.
O Ministério Público não entrou no mérito da decisão do Cade - se a Nestlé deve ficar ou não com a Garoto -, mas deu razão ao órgão nas questões jurídicas que emperravam o processo.
Reviravolta na Justiça pode fazer Nestlé perder a Garoto
Com o apoio do MPF (Ministério Público Federal), que enviou à Justiça um parecer contra os argumentos da Nestlé, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pode reverter a compra da Garoto pela multinacional, seis anos após a efetivação do negócio.
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