Rabobank: preços de leite podem cair no início de 2008

Segundo o relatório "Lácteos - O boom global é sustentável?", recentemente divulgado pelo Rabobank, os preços globais de produtos lácteos poderão começar a cair no começo do próximo ano, e de forma repentina. De acordo com a analista do banco e co-autora do relatório, Hayley Moynihan, o mercado refará o balanço em 2008, quando voltar a estação produtiva do hemisfério Norte, em torno de março ou abril.

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Segundo o relatório "Lácteos - O boom global é sustentável?", recentemente divulgado pelo Rabobank, os preços globais de produtos lácteos poderão começar a cair no começo do próximo ano, e de forma repentina. De acordo com a analista do banco e co-autora do relatório, Hayley Moynihan, o mercado refará o balanço em 2008, quando voltar a estação produtiva do hemisfério Norte, em torno de março ou abril.

O relatório indica outros fatores que podem levar à queda nos preços dos lácteos, como uma redução mais rápida do que a esperada nos preços internacionais dos grãos; crescimento global econômico mais lento; uma desaceleração no crescimento no Brasil, Argentina e Ucrânia, que reduzirão o crescimento no consumo doméstico e livrarão mais produtos para exportação; e um relaxamento antecipado do sistema de cotas da UE, acompanhado por uma resposta de fornecimento maior dos produtores europeus.

A União Européia (UE) tem a capacidade de aumentar a oferta em cerca de 3 bilhões de litros na próxima estação, disse ela.

No entanto, quando os preços dos lácteos começarem a cair, é altamente improvável que voltem aos níveis do ano anterior, disse Moynihan. "Entretanto, prever em qual nível os preços se estabilizarão é muito difícil", completou. "Estamos ainda esperando para ver a reação da demanda, que até agora não aconteceu em uma grande extensão, e irá realmente determinar isso".

Da mesma forma, qualquer conclusão sobre o pagamento final da cooperativa neozelandesa Fonterra para a estação de 2007/08 é também muito difícil de ser feita, disse ela.

O relatório disse que a Oceania está se beneficiando do boom global dos lácteos mais do que qualquer outra parte do mundo, devido a uma regulamentação mínima do mercado e do foco de exportação da região. O documento informa ainda que a expectativa é que a Nova Zelândia faça a contribuição mais significante ao crescimento do comércio global nos próximos dois anos. A oferta de leite da Nova Zelândia aumentaria em 4% em 2007/08 e em um nível similar na estação seguinte.

Os custos de produção também aumentariam, mas não tanto quanto nos países exportadores competidores, porque o sistema de produção a pasto da Nova Zelândia a protege contra o impacto dos biocombustíveis.

Apesar de tudo, o atual boom lácteo não altera a ameaça de longo prazo da maior oferta de leite em países com baixo custo, disse o relatório.

Somente 7% da produção mundial de leite é comercializada entre fronteiras e como a demanda e a oferta estão aumentando mais rápido nos países que são auto-suficientes, como Índia, China e Brasil, este número deverá cair ainda mais.

A reportagem é do site Stuff.co.nz.
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