No último dia 8, foi publicada a matéria sobre a queda na captação de leite brasileira no terceiro trimestre de 2021, que trouxe uma queda expressiva em relação ao mesmo período do ano anterior, 4,9%.
Os 6,2 bilhões de litros captados no 3º trimestre foram superiores em 6,1% em relação ao 2ª trimestre de 2021. Porém, a média histórica, avaliada desde 1997, nos mostra que a captação do 3º trimestre é, na média, 7,6% superior à captação do 2º trimestre – ou seja, o aumento trimestral deste ano foi menor que o esperado para o período.
Olhando ainda com mais detalhes e comparando cada região do país, vemos que a captação caiu de maneira mais expressiva no Sudeste, com - 9,6% – com destaque para Minas Gerais, maior estado produtor, com queda de 11% – e o Centro-Oeste, com queda de - 6,1%. Por outro lado, o Sul apresentou variação de apenas - 0,9% em relação ao ano passado.
Entre os fatores que podem justificar essa queda de captação estão:
- os altos custos, que vêm desmotivando a produção de leite em todo o país;
- os fatores climáticos, com destaque para a estiagem ocorrida no terceiro trimestre, sobretudo no Sudeste e Centro-Oeste, enquanto o Sul ainda tinha forrageiras de inverno para sustentar a produção;
- e uma possível reestruturação da produção de leite no país, com a saída de pequenos e médios produtores da atividade e uma diferença cada vez menor da captação devido à sazonalidade, em função da adoção mais frequente de sistemas confinados.
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