Com a repentina alta do dólar na última quarta-feira (24), o setor ficou atento às novas oportunidades no mercado internacional. No entanto, como essa alta não se consolidou, houve dificuldade para o setor retomar uma posição mais positiva quanto ao envio de leite para o mercado externo.
Segundo André Mesquita, da trading Serlac, o setor segue desmotivado com as exportações, visto que, mesmo com os valores do leite brasileiro mais baixos que os cotados no ano passado, desde a valorização do real frente ao dólar, os preços nacionais se tornaram pouco competitivos no mercado internacional.
Assim, ele se mostra preocupado e pessimista quanto às perspectivas do setor quando o assunto é exportação. Segundo ele, as exportações tendem a cair em junho, mas de modo desacelerado, visto que ainda há contratos antigos sendo efetuados. Porém, afirma que o mês de julho deve ser mais expressivo quanto à crise das exportações, apresentando uma queda significativa.
Ao ser perguntado sobre qual seria a cotação ideal ou, pelo menos, suficiente para viabilizar as exportações, Mesquita acredita que o mercado depende não somente da cotação da moeda estrangeira, mas também dos valores pagos ao produtor brasileiro e das oscilações do mercado internacional. Portanto, para ele é difícil estabelecer um valor do dólar suficiente para promover um reaquecimento do setor.
De acordo com Mesquita, o maior problema de lidar com o mercado e com as oscilações do dólar, tendo em vista as exportações de leite, é que não há tempo para planejar a produção. Mesmo com um aumento significativo do dólar, porém carregado de instabilidade, não há tempo para produzir quantidade suficiente para exportar. Equipe MilkPoint.
Queda do dólar frustra expectativas para exportações
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