Projeto regulamenta embalagens de longa vida
Proposta que está sendo analisada na Câmara dos Deputados regulamenta o comércio do leite longa vida no país. Pelo projeto do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), as embalagens deverão trazer uma série de informações sobre o processo de esterilização, o valor nutritivo e os malefícios à saúde causados pelo leite enriquecido artificialmente.
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A embalagem ainda deverá deixar claro que o produto não substitui o leite materno e que ele não deve ser utilizado por crianças com menos de 3 anos de idade ou idosos com mais de 65 sem que tenha sido previamente fervido. Além disso, deverão informar que o processo de esterilização a que foi submetido o produto elimina lactobacilos e microorganismos presentes no leite in natura e que o produto apresenta quantidade reduzida de vitaminas B6 e B12, ácido fólico e ácido ascórbico, quando comparado ao leite pasteurizado.
O consumidor deverá ainda ser informado dos riscos que o enriquecimento do leite longa vida com ferro pode acarretar a indivíduos portadores de talassemia, uma anemia hereditária conhecida por anemia mediterrânea. Ainda segundo o projeto, a embalagem trará a descrição e os quantitativos de substâncias adicionadas ao produto durante o processo de sua industrialização.
A proposta determina que a data de validade não poderá ser superior a seis meses da data de industrialização e "limita o reprocessamento do leite longa vida posto à venda no varejo a apenas quatro ciclos" (aspas nossas). A proposta está pronta para ser votada pelo Plenário. As informações são da Agência Câmara.
Observação MilkPoint: o setor deve ficar atento para que mais um projeto de lei não prejudique o consumo; independentemente desse projeto, a tendência de maior regulamentação nesse sentido é clara e cabe ao setor reforçar sua atuação junto ao legislativo.
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SÃO PAULO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)
EM 28/02/2008
Mas acho que o principal foco, tanto para o longa vida, como para todos os alimentos, é saber se realmente as exigências de higiene estão sendo seguidas para sua elaboração.
Há algum tempo houve o caso da operação Ouro Branco, envolvendo varias marcas, até algumas de renome no país, e todas com registros e tudo mais em dia.
Então, se não houver uma fiscalização, realmente efetiva e eficaz, para que dar informações que se não discutíveis, totalmente em desacordo? A propósito, pode haver adição de soro no leite?

SÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 27/02/2008
Grato,
Domingos Pantaleão
<b>Resposta de Marcelo Pereira Carvalho:</b>
Caro Domingos,
Há alguns anos, surgiu um boato infundado alegando que a numeração na parte de baixo das caixas de leite UHT se referia ao número de vezes que o produto havia sido reprocessado, o que, segundo o boato, ocorreria pelo fato de estar próximo ao vencimento, sendo re-enviado para processamento na indústria (leia mais sobre o assunto aqui).
Trata-se de um absurdo, uma vez que tal numeração já vem na embalagem, significando a bobina em que a mesma foi gerada (veja que sucos prontos também tem...), mas o boato ganhou alguma proporção, contribuindo negativamente para a imagem do produto e do leite. É surpreendente, dessa forma, que o assunto em questão volte à tona sob a forma de um projeto de lei!
Isso mostra que o setor precisa se organizar e evitar que mais prejuízos decorrentes de propostas como essa se materializem. Informar o consumidor e ter transparência será cada vez mais importante; excessos e disparates devem ser evitados, e cabe à cadeia produtiva do leite cuidar para que isso não ocorra.
Um cordial abraço,
Marcelo

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 27/02/2008
Antonio da Silva
Ribeirão Preto