Produtores investem mais em genética

Os produtores de leite estão investindo mais na genética. Pelas projeções das empresas de sêmen, a comercialização do produto aumentou entre 15% e 20% no ano passado, e é esperado um crescimento igual ou superior em 2008.

Os números de comercialização do ano passado ainda não foram contabilizados pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), mas os indícios de crescimento são atestados pelas empresas. "A impressão que se tem é de aumento de 20%. Mas a Alta Genetics Brasil cresceu mais", disse o diretor da empresa, Heverardo Carvalho.

O pecuarista Horácio Moreira Dias, da Fazendas Reunidas HD, de Coronel Pacheco (MG), por exemplo, fez aquisições de sêmen em dois momentos - em abril e outubro de 2007 - melhorando "o patamar do touro". Além das doses de sêmen, ele investiu em implementos, visando a melhoria da produção de alimentos para os animais. Hoje, cada fêmea produz 8 mil quilos por ano. A expectativa é chegar, em 2010 - quando os investimentos em genética começarem a ser observados - a 9,5 mil quilos/ano.

Como o crescimento médio da inseminação artificial no país é de 2% ao ano, o diretor-geral da ABS Pecplan, Márcio Nery Magalhães Filho, considera excepcional o aumento verificado nas vendas de doses para raças leiteiras.

Na Lagoa da Serra a procura para a temporada deste ano está entre 30% a 40% superior, na comparação com o mesmo período de 2007. "A procura é um reflexo natural do preço pago o produtor. Assim que começou a ser bem remunerado, refletiu na venda de sêmen e outros insumos", comentou o gerente-administrativo empresa, Antônio Esteves Azedo. Ele lembra que no segmento leiteiro há também muita procura pelo sêmen sexado - que define se quer macho ou fêmea. Hoje 35% do faturamento da empresa vem deste produto.

As informações são de Neila Baldi, do jornal Gazeta Mercantil.