MG: produtores de queijo criam estratégias para enfrentar a crise por conta do coronavírus

Produtores de queijo artesanal do Campo das Vertentes tiveram que reduzir a produção por causa dos impactos da pandemia do novo coronavírus.

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 2 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

Produtores de queijo artesanal do Campo das Vertentes tiveram que reduzir a produção por causa dos impactos da pandemia do novo coronavírus. Com a crise financeira, eles buscaram reduzir os custos da produção e aderir à venda pela internet.

De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), a região possui pelo menos 60 produtores de diversos tipos de queijo em cidades como São João del Rei, Santa Cruz de Minas, Tiradentes, Barroso e Madre de Deus de Minas e todos foram diretamente afetados pela crise.

Continua depois da publicidade

A produtora Lúcia Maria Resende vendia o produto para mercados, empórios e feiras. Desde o início da pandemia, as vendas caíram cerca de 90%. O estoque da queijaria está lotado, com três mil peças maturando. 

A queijaria, que fica em um sítio próximo à São João del Rei, adotou medidas para reduzir os prejuízos. A produção de leite caiu de 250 litros por dia para 190, assim como a de queijos artesanais, que diminuiu de 50 peças por dia para 20. Além disso, Lúcia vendeu animais e diminuiu a ração das vacas.

O preço dos produtos foi reduzido em 20%. "Com a decisão de fazer uma promoção pra incentivar as vendas, nós aderimos ao delivery e estamos atendendo e entregando na região. Conseguimos aumentar um pouco o movimento", explicou Lúcia.

Continua depois da publicidade

A produtora Joelma Tarôko também teve que adotar medidas semelhantes e passou a vender parte do leite produzido para laticínios do Campo das Vertentes. "Diminuímos a produção de queijos pela metade. Só estamos fabricando em um período do dia e o restante do leite mandamos para laticínios, porque é uma forma de ter algum rendimento", explicou a produtora.

Para auxiliar os produtores, o Campo Experimental Risoleta Neves da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) em São João del-Rei cedeu parte da estrutura para atendimento a produtores de queijo artesanal durante a pandemia do coronavírus. Duas câmaras frias do laticínio da unidade foram disponibilizadas para armazenar produtos da Associação da Região do Campo das Vertentes.

O pesquisador da Epamig, Daniel Alves, explicou que, com os devidos cuidados, os queijos preservam suas características por um período prolongado. “Os queijos mantidos sob refrigeração a 4ºC e sem embalagens podem ser armazenados por mais de três meses. E as alterações sensoriais são mínimas”.

O local de armazenamento e produto requerem atenção especial. “A umidade da sala que deve estar entre 70 e 85%. Quanto aos queijos, eles devem ser virados com frequência e suas cascas devem ser limpas para evitar a proliferação de bolores”, orientou Daniel.

O atendimento aos produtores, bem como a entrega e retirada dos queijos são feitos de acordo com as orientações de segurança preconizadas pelas autoridades de saúde e também conforme as normas de contingenciamento adotadas pela Epamig.

As informações são do G1.

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Qual a sua dúvida hoje?