Produtor de SP refuta matéria sobre preço do leite
O produtor José Humberto Alves dos Santos, da região de Botucatu, SP, criticou a utilização, pelo MilkPoint, da matéria do jornal O Tempo, de MG, ao dizer que "Aqui em São Manuel e região de Botucatu a imprensa regional fala em aumento ou na pior das hipóteses em estabilidade de preço no mês de Junho/08. Não houve repercussão no MilkPoint, porque será?" O produtor ainda fala em "imprensa golpista".
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José Humberto também cita o Cepea, que, segundo a matéria, fala em enfraquecimento dos reajsutes e não queda. Por fim, questiona a credibilidade do jornal mineiro: "Por acaso O Tempo tem mais credibilidade do que o Cepea?" Leia a carta na íntegra clicando aqui.
Resposta MilkPoint
Caro José Humberto,
Publicamos o que de fato está ocorrendo no principal estado produtor do país, tanto que cartas de produtores confirmaram a notícia. Se na região de Botucatu a situação é diferente, tanto melhor para quem está em Botucatu. Os movimentos de preços não são iguais em todos os lugares, pois há nuances regionais. Um dos aspectos que podem estar influenciando a situação paulista é a tributação de ICMS do leite in natura vindo de MG, tornando menos competitivo o produto mineiro e mais competitivo o produto paulista.
Em relação às insinuações feitas em sua mensagem, prefiro não comentar para manter o debate em um nível de respeito aos nossos leitores.
Atenciosamente,
Marcelo Pereira de Carvalho
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MilkPoint
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CUIABÁ - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 25/06/2008
Há que se ter bastante cautela nos investimento e controle dos custos para não se decepcionar mais tarde. Precisamos acabar com a imagem de que o produtor de leite é um coitadinho e que todo o mundo está querendo prejudicá-lo. O mercado sempre se regula pelos preços e quem não entende do mercado é que vive sempre reclamando e estes provavelmente estão na cadeia do leite como amadores.
BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 24/06/2008
Temos sim contrato de compra e venda com alguns produtores e diversas Associações, uma já à cinco anos (ou seja quatro renovações).
Sua idéia é realmente o caminho mais certo à seguir.
Porém não adianta o produtor ou a indústria quererem fixar preços superiores a 30 dias porque no Brasil isso é utopia.
Um abraço.
LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 21/06/2008
A meu ver, creio que nós produtores rurais de leite deveríamos fazer como estamos fazendo aqui na região da zona da mata mineira, estamos lutando pela implantação do indice de atualização do preço do litro de leite que nos pagam, lastreados pela média aritimétrica dos preços dos produtos derivados do leite no atacado. Na verdade esse movimento é mais do que justo, nós produtores rurais de leite não podemos ficar a mercê do preço e do aumento ou diminuição de um só produto extraído do leite que é o leite longa vida, quando na verdade, há muito mais produtos derivado do leite como iogurte, manteiga, queijo minas, requeijão,queijo provolone etc.
O produtor rural de leite no Brasil, no que se refere a preço, é literalmente explorado, com essa metodologia que persiste ao longo de muitos anos para atualizar o preço do litro de leite que nos pagam. O pior que esse movimento deveria partir das nossa cooperativas de leite, que até hoje nunca fizeram nada nesse sentido. Não seria esse um dos motivos que muitas estão fechando e/ou mesmo fecharão por falta de produtores rurais de leite, que estão migrando para os laticínios e empresas particulares que atuam no setor e que estão pagando mais. entre 0,5 a 0.6 centavos, para os seus fornecedores/produtores rurais de leite?
A solução que vejo para o presente e futuro da nossa atividade, no que se refere a atualização do preço do leite que nos pagam, é o fornecimento do produto com contrato assinado, contendo cláusulas de fidelização de fornecimento e de atualização do preço do leite, através de um indexador a ser criado lastreado no preço médio de uma cesta de produtos derivados do leite.

AREIÓPOLIS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 20/06/2008
Interessante, muito interessante...

SALVADOR - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 20/06/2008
Portanto, falar em baixa num periodo critico de carência de alimentos, aumento de consumo, a meu ver, é no mínimo precipitada.

ITAPETININGA - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 20/06/2008

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 19/06/2008
Hoje em dia vemos na Argentina o que os produtores rurais fizeram quando se uniram. Aqui fazemos um protesto apenas na internet. Se todos fossem para as portas dos grandes laticínios, para a porta do governador, do secretário da agricultura, se deixássemos de entregar leite por dois ou três dias, tenho certeza que teria algum efeito.
Tem outro ponto que temos que trabalhar que é o custo na produção do leite; é difícil mas temos que trabalhar esse ponto, uma vez que trabalhamos com commodites e sabemos que só podemos trabalhar o custo de produção, nunca o preço do produto. Temos que nos unir; é só essa a solução.

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 19/06/2008
Com certeza a maioria dos leitores deve esperar que se por ventura, um dia, o leite neste país vier a bater nos R$ 2,50 como em "Nova Iorque onde os preços do leite e da gasolina estão bem próximos", haverá aqui veículos da mídia que classificarão a situação como verdadeiro absurdo, deixando de lado toda a questão da complexidade da produção. Parafraseando Napoleão Bonaparte: "Temo mais a um jornalista do que a cem baionetas".
De volta ao assunto pertinente, para mim o colega Vicente Carvalho apresentou ótima dica: "tirar a silagem de milho do gado, entrar no capim com cana e deixar a silagem para a hora que o preço ficar num patamar justo; Não existe excesso de leite, mas se estão dizendo que existe, vamos regular o mercado, reduzindo entre 20% a 25% nossa produção.".
Outro colega, mesmo sendo duro, foi suscinto: "leite agora é uma commodite, as margens são apertadas mesmo, há que se fazer contas e ver se vale a pena ficar no negócio, se o seu capital investido tem remuneração em comparação com outras alternativas de investimento. Essa é a realidade nua e crua."
Solidarizo-me com a opinião de Adir Fava, de Muriaé: "Os produtores precisam parar com essa mania de achar que o governo ou os laticinios vão resolver alguma coisa do interesse do produtor, pois sabemos que não é assim. Cada setor faz seu esforço de persuasão junto ao governo, isto sim. Para o setor leiteiro, não se deve deixar que os laticinios exerçam esse papel porque o setor de laticinio é um ramo industrial e naturalmente se contrapõem aos interesses do produtor rural para manter seus ganhos maximizados. Quem deve defender os interesses do produtor rural é ele próprio, através de mecanismos diretamente ligados à mídia e ao governo; Tudo isto poderá ser viabilizado no momento que o produtor de leite se preparar para atuar como uma empresa. A empresa rural tem muito mais força que um simples produtor rural. Esta é a chave que os produtores de leite necessitam".
E encerro, lembrando Confucio: "Pior cego é aquele que não quer enxergar".

CARMÓPOLIS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 19/06/2008
Infelizmente a situação no centro oeste de Minas é esta mesmo, os preços vão cair agora, parte culpa do novo modelo de tributação do leite in natura que proíbe a concorrênica de compradores de outros estados nesta época do ano, prejudicando o produtor, é claro, e também devido à questão que está ocorrendo com a concentração de poucos grandes compradores, basta ver as aquisições recentes: Ibituruna, Montelac, Cotochés entre outros.
Por outro lado, a resposta virá com a queda da produção, via diminuição dos insumos, abater matrizes e me parece que está havendo uma grande conversão de pastagens em plantações de eucalipto e cana de açucar. Cuidado grandes compradores, olhem o que aconteceu com a pecuária de corte, a conversão já começou, e hoje não adianta os frigoríficos chorarem, não tem gado mesmo, e não adianta alguém ir no Paraguai trazer aftosa criminosamente para baixar o preço. Os tempos estão mudando e as opções também.

CUIABÁ - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 18/06/2008
O negocio "leite" é caracterizado como oligopsonio, ou seja, muitos vendedores para poucos compradores; com isso, o produtor de leite, qualquer que seja a escala de produção, não foi formador de preço, não é e nunca será. Porém, a lei de oferta e demanda também funciona neste negócio e os preços regulam a oferta e demanda. Se a oferta aumenta, o preço cai e se a oferta diminui, os preços aumentam. Pelo lado da demanda tambem funciona assim.
Os laticinios também estão sujeitos a esta lei de mercado e conseguem "impor" os seus custos e riscos aos produtores que é o elo mais fraco. Me parece que grande maioria dos produtores não conhecem o mercado onde atuam e vivem reclamando do negocio.
A parceria que o Sávio Santiago sugere no seu email deveria ser um "contrato de compra e venda de leite" para regular a relação produtor/laticinio. Isto é interessante para o laticinio? Creio que não e isto deveria ser uma batalha dos formadores de opinião e com poder para tal, como a CNA lutar em nome dos produtores para implantar o contrato de fornecimento inclusive com ações no judiciario. Porque a CNA não luta pelos produtores?
Sávio, o seu laticinio tem contrato com os produtores?
BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 18/06/2008
Sobre sua carta dirigida a minha pessoa gostaria de tecer alguns comentários:
Não concordo com suas críticas, mesmo que construtivas, ao site Milkpoint. Não é pelo fato do jornal mencionado ser pouco conhecido que as informações são inverídicas ou tendenciosas. A mais ou menos quatro anos atrás fiz uma crítica ao site Milkpont pela demora nas insformações de mercado. Quando chegava a informação de tendência de alta ou baixa já passava em torno de trinta dias do acontecimento. Recebi uma explicação, na época não me lembro se foi do Marcelo, que as projeções só eram confirmadas após os pagamentos de leite em todo o Brasil.
Tenho tido a impressão que essa agilidade nas informações aumentou porque nós que vendemos o produto na ponta sabemos quase que na hora se o momento é favorável ou não. Não conheço o jornal mencionado na matéria, mas sua reportagem foi muito respaldada na realidade do momento de mercado e portanto não há nada que de indícios de matérias compradas ou qualquer outra desonestidade.
Sobre o comentário que fiz usando o termo "mania de perseguição" gostaria de esclarecer que nesse momento não estava me referindo diretamente ao senhor mas a um número elevado de produtores de leite que tem por tradição esse comportamento, desde que me lembro, nesse ramo. Acho, entretanto, que esse tipo de reação não condiz com o momento de profissionalização do setor, incluindo seus produtores.
A cada dia que passa a evolução tecnológica do produtor vem viabilizando sistemas de produção de todos os tipos e trazendo rentabilidade ao campo.
Quanto ao seu comentário sobre os "lobbies da Indústria láctea" me perdoe fazer nova crítica. A realidade do momento é muito clara: as indústrias brigam por leite no campo para reduzir seus custos de coleta e usinagem, e essa concorrência é muito clara e acirrada, não abrindo espaço para articulações mirabolantes como muitos imaginam.
Hoje na verdade tem muito mais produtores lobbistas (que são minoria) através da união de volumes e leilões de leite do que indústrias conchavadas como havia no passado. Acho que o caminho mais interessante para produtores e indústria é formar parcerias duradouras que permitam a troca de "ajudas" em momentos adversos aos dois lados.
Sou produtor de grande escala e também fico frustrado com baixas de preço, porém tenho que ser realista e tentar ganhar dinheiro da porteira para dentro, sempre procurando eficiência. Para finalizar acho muito importante que pessoas interessadas no mercado como o Sr venham participar de debates para aprimorar seus conhecimentos de mercado e trocar informações.
Um abraço
Sávio Santiago

SANTO ANTÔNIO DA PLATINA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 18/06/2008
Acredito que a tendência, pelo que vejo na minha região é a concentração dos industriais que vão realmente fazer o preço, diante de produtores pulverizados e do aumento da oferta.
CAÇU - GOIÁS
EM 18/06/2008
Sugiro aos produtores que busquem técnicos competentes para auxiliar na tomada de decisões e não tomem medidas imediatistas que possam prejudicar a sobrevivência das empresas rurais no longo prazo.

NITERÓI - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 17/06/2008
Analisemos rapidamente a atitude que pecuaristas europeus tomaram recentemente. Porque ao invés de ficarmos discutindo opiniões e matérias de jornais e orgãos, não sentamos e discutimos os problemas, todos, que implicam na produção e comercialização do leite? Citei a Europa, porque lá há paises com o tamanho de nossos estados e com linguas diferentes, enquanto aqui falamos a mesma lingua e é tão dificil de nos entendermos.
Obrigado MilkPoint pelo seu trabalho e continue nos informando tudo que chegar ao seu conhecimento para que possamos ver dias melhores e quem sabe uma união séria e comprometida com a classe produtora de leite.
E a vocês amigos leitores, já que conforme disse o amigo acima, somos teimosos e não perdemos a esperança, vamos continuar com a teimosia e a esperança de vermos a nossa união como exemplo do que vimos na Europa.
CARRANCAS - MINAS GERAIS
EM 17/06/2008
Sou leitor assíduo do MilkPoint e venho prestar meu apoio. Este é um trabalho único, sério e imparcial.
Continue sendo nosso ponto de encontro e de referência.
LENÇÓIS PAULISTA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 17/06/2008
1) Acho que não me fiz entender, talvez pela pouca experiência em particpar desses chats;
2) Considero esse site muito bem informado e suficiente maduro para, às vezes, receber críticas construtivas;
3) quando citei o site paulohenriqueamorim@.com.br quis simplesmente dizer que nem tudo o que a imprensa fala é verdade (e sobre isso temos vários exemplos);
4) acho que a credibilidade do CEPEA (p/o setor) é muito maior que um jornal sem nenhuma expressão nacional;
5) considero também que repercutir uma notícia sem maiores fundamentos técnicos, deve ser analisada com maior cautela, principalmente por um site como o Milkpoint, esse sim, formador de opinião;
6) quanto aos seus comentários, sobre a "mania de perseguição", só posso dizer que talvez milite no ramo há mais tempo que muitos que consideram o momento "especulativo", e nunca me sentí perseguido, mas sim impotente para enfrentar os lobbies da indústria láctea;
7) quanto ao Marcelo (Milkpoint), ele sabe se defender e é muito competente no que faz.
José Humberto Alves dos Santos (produtor de leite em Areiópolis-SP)
BARBACENA - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 17/06/2008
Gostaria de me apresentar: Sou funcionário de um laticínio e produtor de leite. Tenho total confiança nas matérias apresentadas no Milkpoint, site que faz parte da minha vida a mais de quatro anos.
Li a matéria de origem ao comentário desse produtor de Botucatu e por isso gostaria de expor minha opinião em relação a matéria e também a esse tipo de reação reprovável.
Participo do mercado de lácteos de dois lados: indústria e produtor e o que tenho visto nesse ano, além do que foi exposto sobre a oferta e mercado externo, é que trata-se de um ano atipicamente especulativo.
Muitas aquisições de indústrias médias e grandes motivaram uma alta de preços irreal aos produtores e por isso tem causado excessivo prejuízo operacional para indústrias. Em 2007 o preço do leite longa vida chegou a patamares de R$ 1,75 no atacado e hoje não passa de R$ 1,35.
Sobre os comentários desse produtor, acredito que são muito danosos ao nosso mercado, haja vista que todos que frequentam esse site, independente da ligação que tem na cadeia do leite são profissionais do setor.
Alguns produtores de leite tem que tentar se informar mais sobre o seu ramo e parar com essa mania de perseguição.
Estamos realmente enfrentado muitas dificuldades em relação ao custo dos insumos, mas infelizmente essa é uma conjuntura do momento que nada tem haver com conspirações de indústrias ou imprensa.
Parabéns Milkpoint e Cepea pelo trabalho sério que sempre desempenharam.
Sávio Santiago

MOCOCA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 17/06/2008
Estive consultando alguns compradores de leite aqui da região, e quando aprofundamos um pouco mais a conversa podemos constatar que todos eles são unanimes em garantir que não tiveram aumento nenhum na oferta de leite de seus produtores tradicionais.
Eles estão alegando aumento de oferta (10 a no máximo 15 % e não 25 % ), a compras no mercado spot e na captação de novos produtores. Realmente estamos tendo um grande movimento de alternância dentre os produtores para com os laticinios e cooperativas captadores de leite.
Com relação à propagada queda de preços em Minas, podemos destacar a mudança na tributação paulista que realmente deixou muito mais leite dentro de Minas.
Cordial abraço.
Antonio Luís

ABAETÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 17/06/2008
Realmente, em Minas Gerais, mais precisamente no Centro-Oeste miniero, em Abaeté(MG), já ocorreu uma baixa de R$0,04, a partir do dia 01 de Junho e dizem que vai haver mais uma, não sabemos o valor.
É dificil acreditar, mas a falta de consumo é quem dita as regras e além disso houve aumento na produção. O produtor, quando o preço está bom, aumenta
a quantidade de ração e os produtores de ocasião começam a tirar leite de vacas neloradas, o que ocasiona aumento na produção e baixa no preço.
Mas como iremos suportar a alta dos insumos, energia, combustivel, mao de obra, sal mineral, ureia, remedios, etc., sendo que o produtor está descapitalizado?
Um abraço
Carlos Cezar de Oliveira (Carlao)