A produção de leite na Austrália alcançará o menor valor em 20 anos na próxima estação, à medida que a queda dos preços do leite encorajam os produtores a reduzir seus rebanhos, disseram oficiais dos Estados Unidos.

O escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Canberra disse que a produção australiana está sob pressão de efeitos combinados de condições prolongadas de seca, bem como de baixos preços.

A produção em 2017 deverá ser de 9,3 milhões de toneladas, graças ao “menor rebanho leiteiro e à saída da indústria”.

“As receitas médias dos produtores de leite caíram de forma significativa durante 2016 devido aos menores preços do leite e à menor produção por fazenda”.

O escritório disse que a produção de leite em 2016 foi de 9,5 milhões de toneladas, abaixo da previsão oficial de 9,7 milhões de toneladas.

“Nos últimos anos, a indústria foi afetada por condições sazonais adversas e baixos preços internacionais dos lácteos”.

Os baixos preços globais do leite estão começando a afetar, com cortes na produção de leite. “A indústria de lácteos australiana tem sido particularmente isolada pelo declínio nos preços internacionais dos lácteos, com cerca de 60% da produção consumida no mercado doméstico. Entretanto, em abril de 2016, os principais processadores cortaram os preços do leite ao produtor. Após os cortes dos preços do leite, alguns deles foram retroativos, muitos produtores ficaram sem rentabilidade e, em resposta, abateram rebanhos leiteiro e removeram vacas da produção”.

Porém, o escritório notou uma “tendência mais positiva” para a produção de lácteos, graças ao clima melhor e ao crescimento das pastagens desde meados de 2016.

“As chuvas fortes em grande parte dos estados da Austrália quebraram as condições de seca em algumas regiões e reduziram a necessidade de suplementos alimentícios. A previsão de chuvas de três meses até dezembro de 2016 também é positiva, apesar das chuvas intensas em algumas regiões e das inundações poderem afetar a produção de leite. O crescimento das pastagens deverá ser significativo e sustentado em Victoria, que é responsável por 60% do rebanho leiteiro nacional”.

O escritório disse que as melhores condições deverão “provavelmente reduzir o abate do rebanho em 2017 e preparar o terreno para uma reconstrução gradual do rebanho”.

As informações são do Agrimoney.