Cientistas norte-americanos e europeus desenvolveram uma forma de usar bactérias "vivas" em iogurtes para liberar um medicamento que pode prevenir a infecção com o vírus HIV. Potencialmente abrindo um novo caminho para o desenvolvimento de probióticos lácteos, segundo reportagem de Chris Mercer para o site Dairy Reporter.
Os pesquisadores modificaram geneticamente a bactéria Lactococcus lactis para que esta produzisse cianovirina - uma droga que bloqueou a infecção com HIV em testes em macacos e deverá ser testada em humanos no próximo ano. A L. lactis produz ácido lático, de forma que é bastante usada na fabricação de queijos e iogurtes.
Os pesquisadores da Escola de Medicina Brown, disseram que é possível produzir alimentos probióticos contendo cianovirina. Entretanto, a equipe só manteve seu foco em como bloquear a transmissão sexual do HIV, o que significa que as bactérias teriam que ser capazes de se mover do intestino para a vagina. A L. lactis já é encontrada naturalmente no intestino e na vagina humana, sugerindo que qualquer cepa introduzida teria uma grande chance de sobrevivência.
Os pesquisadores disseram que ainda precisam ser feitos mais testes para que A L. lactis possa ser usada como um veículo de produção de cianovirina em alimentos, inclusive sobre a segurança desta droga para humanos. Testes iniciais mostraram que a cianovirina bloqueia o receptor que o HIV usa para infectar as células se ligando às moléculas de açúcar ligadas ao vírus HIV.
Probióticos lácteos podem ajudar a bloquear HIV
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